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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Reflexões sobre educação



O Singularity University Global Summit 2017, realizado em agosto deste ano nos Estados Unidos, tratou sobre o futuro dos negócios, da tecnologia e da humanidade. Compartilho com vocês as reflexões sobre educação e vida profissional:

1 - Ensinamos da mesma forma há cem anos. Sistema educacional é resistente a uma mudança disruptiva. Que tal conteúdo personalizado, com aprendizado interativo e aplicado?

2 - Nossas premissas sobre o mundo podem limitar nosso pensamento. E isso faz toda a diferença. 

3 - Organizações não mudam até que todas as pessoas mudem.

4 - Líderes exponenciais não tentam mudar o mundo. Eles tentam mudar a si mesmo.

5 - As instituições de ensino que existem hoje, em sua maioria, foram criadas com pressupostos de 60 anos atrás. O Ensino Médio é a chave para mudar todo o sistema educacional.

6 - O principal problema da educação é cultural. Há cem anos é igual. Muitos falam de customizar ensino para crianças, mas a chave é customizar ensino também para os professores. Um a um. Até a mudança ocorrer.

7 - O futuro da educação é "learning by doing" (aprender fazendo).

8 - Ser exponencial é atualizar e se atualizar de tudo constantemente.

9 - O Vale do Silício tem uma palavra para descrever fracasso. Chama-se experiência. 

10 - Hoje existe abundância de capital, conhecimento, habilidades e tecnologia. Não há desculpa para não fazer as coisas. Não há limites. A única limitação é a nossa convicção e comprometimento de simplesmente ir e fazer.

11 - Em poucos anos, todos trabalharão para aprender, em vez de aprender para trabalhar.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Erros e aprendizado



Vamos continuar a falar sobre erros. Compartilho mais alguns tópicos do texto de Alex Bretas sobre errar e valorizar os erros que cometemos, além de minhas reflexões sobre o assunto:

ERRAR É UM TAPA NA CARA 
"O erro nos faz perceber de maneira mais rica a realidade. O real tem uma força desmedida e incomparável. Nada se assemelha ao poder, que emerge na confrontação apreciativa da realidade, de enxergarmos o que é, e isso significa sempre dizer, o que está sendo. O erro é a sua mente, ou as concepções antigas dela, dando de cara com o real. Doloroso? Sim. Mas fundamental."

Minhas reflexões: Realmente é um “tapa na cara”, porque me obriga a olhar para o que está acontecendo verdadeiramente. Assisti a uma palestra que mostrou como a mente “mente” e isso é verdadeiro. Como desviar das concepções deformadas da mente? Primeiro, olhando além das aparências e enxergando os estragos que a mente, com todas as distorções, pode fazer em minha vida. Não é fácil, mas fundamental para prosseguir no aprender, desaprender e reaprender sempre.

TODO PONTO DE VISTA É A VISTA DE UM PONTO
"O que se considera 'errado' só é visto assim segundo determinado ponto de vista. Não nos esqueçamos nunca: a realidade é sempre vista por alguém. Certa vez, li uma história de duas pessoas que se encontraram pela primeira vez em um baile de máscaras. A “química” foi imediata e elas passaram a noite juntas. No outro dia, ao acordarem e conversarem, foram compartilhando suas histórias de vida, até chegarem a uma conclusão assustadora: eram irmãos. De repente, tudo que viveram foi absolutamente condenado no interior da mente de ambos, que nunca mais se viram. Terem vivido uma paixão foi um erro? Na cabeça deles, sim, e dos grandes. Mas só foi porque o caldo cultural com o qual elas foram banhadas desde o berço lhes dizia isso. Se começarmos a enxergar os erros a partir de diferentes perspectivas, cada qual com seus ingredientes culturais e históricos, talvez isso nos faça perceber que nenhum erro é total."

Minhas reflexões: Cada ponto de vista, ou seja, aquilo que foi visto por alguém, traz como bagagem a sua história de vida, as habilidades e desafios que utilizou, o contexto em que viveu na família, na comunidade, no país e no mundo, em cada momento histórico e cultural. Levando em conta o tempo cronológico, o CHRONOS e o tempo de cada um, o KAIRÓS, cada erro nos mostra um novo olhar para o que aconteceu e isso é vida que se renova.

HÁ BELEZA NO ERRO
"Provavelmente, você já se deparou com alguém falando sobre a técnica kintsugi, uma arte de cerâmica que utiliza ouro para reparar vasos quebrados. Vejamos o que a ceramista sul-coreana Yee Sookyong, adepta da técnica, diz a respeito: Para mim, um pedaço de cerâmica quebrada encontra outro pedaço, e eles começam a confiar um no outro. As rachaduras entre eles representam as feridas. O trabalho é uma metáfora da luta da vida, que faz das pessoas mais maduras e belas quando superam suas dores.

Conceitualmente, essa forma de arte aproxima-se do significado de wabi-sabi, uma visão de mundo de origem japonesa que afirma: “nada dura, nada é completo, nada é perfeito”. Em seu ótimo artigo sobre wabi-sabi, Jamie Brisick finaliza citando uma passagem do escritor e músico canadense Leonard Cohen: 'existe uma rachadura, uma rachadura em tudo. E é assim que a luz consegue entrar'."

Minhas reflexões: Realmente, quanta beleza existe em tudo que revela LUZ e SOMBRA em minha vida. A dualidade faz parte de tudo que faço e, quando consigo integrar os opostos, vem um sentimento de conexão, de aceitação e de entrega para aprender, errar, acertar e deixar fluir. Em tudo existe uma beleza oculta que, para ser descoberta, preciso olhar pelas rachaduras, pelas imperfeições. E este olhar é muito particular, muito meu, porque, se fosse o seu, iria revelar outro ponto de vista. E aí está a riqueza da diversidade que descobre infinitas possibilidades. 

ERRAR É HUMANO
"Na linha do que diz a definição de wabi-sabi, cometer um erro é a maneira mais fácil, e ao mesmo tempo mais contundente, de chamar a atenção para nossa impermanência, incompletude e imperfeição. Isso é um lembrete de humanidade pulsante. Nossa sede de acerto logo após errar, porque as pessoas humanas também acertam muito, é sim um reflexo do nosso ego, mas é, simultaneamente, nosso desejo de servir à sociedade, de contribuir para o bom funcionamento do universo. Que tenhamos presença de espírito para, na ânsia de querer acertar, não condenarmos o erro, porque é ele que nos lembra, imediatamente, do quão humanos somos. E, sendo humanos, inconclusos por excelência, que saibamos nos ajuntar com outras pessoas para nos completar, e que tenhamos bom-humor para aceitar a existência, impossível de ser corroída, do erro em nossas vidas."

Minhas reflexões: A minha vida é uma eterna impermanência, porque tudo está em movimento e em constante transformação. Não vou deixar que o erro, que faz parte do meu caminho de aprendizado, me bloqueie, me impeça de caminhar. Quero aprender a caminhar com mais leveza, quero seguir minha intuição e não me punir, nem sentir culpa quando errar. Muitas vezes, quando eu erro, estou acreditando, naquele momento, no que estou fazendo. Passado um tempo, quando vejo as consequências daquela minha ação, tenho um novo olhar para o que aconteceu e começo a enxergar novas possibilidades, diferentes das que havia escolhido. E, tudo bem, eu me transformo, amadureço e adquiro mais sabedoria para lidar com a vida neste caminhar de aprendizado não-linear.

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Errar é aprender


Nesta semana, compartilho um dos tópicos do texto de Alex Bretas sobre errar e valorizar os erros que cometemos. Confira também minhas reflexões sobre o assunto:

ERRAR É APRENDER
"A forma mais ridiculamente evidente de começar um texto sobre erros é dizer que todo erro pode se desdobrar em um aprendizado. Porém, eu entendo que todo erro já é um aprendizado. Ao sermos capazes de identificar algo como “errado”, seja um erro nosso ou fora da gente, a percepção se transforma. Quando a percepção se transforma, ampliamos nosso terreno conhecido, isto é, aprendemos. Ainda assim, se vamos de fato implementar as consequências daquilo que aprendemos ao errar, ou se vamos insistir na atitude errada, cabe a nós decidir."

Minhas reflexões

Errar, identificar, entender o erro e analisar suas consequências já é um grande aprendizado. Só que hoje, ao fazer esta reflexão, tentei fazer o exercício de falar em primeira pessoa e sabe que não é fácil? 

Me peguei várias vezes voltando a utilizar o “nós” ou “a gente” de forma automática e fazia o caminho de volta. É muito mais fácil usar o ‘nós” do que o "EU". O eu é muito pessoal, expõe, desnuda e me mostra por dentro. E aí novamente aparece o medo, o medo que bloqueia e que impede de caminhar.

Por que então alimentar o MEDO que é o que bloqueia o processo do aprender na vida? Porque o medo ajuda que as pessoas e situações me controlem. Ele bloqueia o meu protagonismo, a minha autonomia e a minha liberdade de fazer escolhas a partir de quem verdadeiramente sou.

Para perder o “medo de errar”, preciso expressar o que sinto, desconstruir crenças e obter a minha permissão interna de continuar errando e acertando, mas aprendendo mais e mais. 

Isto me associa imediatamente ao conceito de “problema”, pois onde existe um problema aconteceu um erro, ou seja, alguma necessidade deixou de ser atendida. 

Quando as pessoas da minha geração - Baby Boomers - falavam em problema, imediatamente vinham ideias negativas na cabeça como dificuldade, sofrimento, porque entrávamos no “drama” e na posição de “vítima” muito facilmente.

À medida que fui vivendo, fui me desconectando desta crença porque comecei a perceber que a cada problema, a cada erro, eu crescia. Comecei a fazer foco no que eu ganhava de conhecimento e de experiência, e aquilo me fortalecia e me estimulava a prosseguir.

Fui aprendendo a conversar com os meus medos. E estes medos aparecem em vários aspectos de minha vida, porque foram sendo construídos por vários grupos sociais dos quais fiz parte: família, escola, religião. E nesta conversa interna, percebi que as pessoas, de forma consciente ou inconsciente, foram nos passando aquilo que receberam, acreditando que estavam fazendo o seu melhor. Portanto, aqui não cabe julgamento.

Só que chegou um momento que ganhei consciência de que eu sou o ponto de partida para que as coisas mudem, que eu posso escolher agir diferente daquilo que é considerado padrão. Eu posso escolher algo que faça sentido pra mim e me desligar deste piloto-automático que me levava às mesmas atitudes como se a vida ainda estivesse acontecendo no passado e não no momento presente. A sensação era de que o controle da minha própria vida não estava comigo. 

Só que o nosso caminho é único, pois cada um tem sua história de vida. Alguns medos venci mais facilmente, outros demoraram mais. E continuo nesta luta continua para não me perder de mim ao fazer escolhas alinhadas com quem eu sou e não com os medos que recebi e que continuo aprendendo a desconstruir no caminho da vida.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

"As crises são o melhor momento para conhecer a si mesmo"



Participei do Festival de Cultura Empreendedora, na semana passada. Compartilho com vocês a reportagem do site da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios sobre a minha palestra "Vença a Si Mesmo", que tem como tema o autoconhecimento:

O autoconhecimento é uma ferramenta chave para um empreendedor ser bem-sucedido, pois é a partir de seus próprios valores que ele será capaz de construir um negócio que lhe inspire diariamente. Essa é a opinião da educadora Jamile Coelho, fundadora e diretora do Espaço Educacional, uma das palestrantes do Festival de Cultura Empreendedora, realizado nos dias 19, 20 e 21 de outubro. O evento, organizado por Pequenas Empresas e Grandes Negócios, Época NEGÓCIOS e Valor Econômico, reúne palestras, workshops e apresentações culturais sobre o mundo dos negócios.

“Quando conseguimos conectar aquilo em que estamos trabalhando com o que verdadeiramente somos, estamos realizando nosso propósito individual e coletivo”, afirmou Jamile, nesta sexta-feira (20/10).

Entretanto, ainda que seja um recurso importante, conhecer a si mesmo e descobrir quais valores e razões nos movem não são tarefas tão simples. Segundo a educadora, conforme a vida vai acontecendo e pessoas e experiências vão surgindo, é praticamente impossível se desvencilhar de influências externas e não se perder em projetos que não nos motivam. É por isso, ela argumenta, que o autoconhecimento é um trabalho que exige uma vida inteira de dedicação.

Para Jamile, o momento mais oportuno para se conhecer ocorre durante as situações de crise e de caos. “No decorrer da vida, nós passamos por crises. Elas nos ajudam a renascer e a entrar em contato com nós mesmos, ampliando nossa maturidade e nos ensinando os reais valores e os propósitos de vida nos quais acreditamos. A crise é um desafio que nos propõe um resgate de quem realmente somos”, diz Jamile.

É por isso que momentos de crise são tão importantes para empreendedores, pois é a partir deles que os empresários são relembrados de suas missões, valores e princípios.

Perfil de empreendedor

Segundo Jamile, para se atingir o autoconhecimento, o indivíduo também deve aprender qual é seu perfil cognitivo. O perfil cognitivo engloba características como estilo de aprendizado (visual, auditivo e sinestésico), estilo de raciocínio (hemisfério esquerdo ou direito do cérebro) e comportamento (organizado, lógico, interativo e habilidoso) e de inteligência múltipla (linguística verbal, lógico matemática, sonora musical, cinestésico corporal, intrapessoal, interpessoal e naturalista).

Não existe apenas uma combinação de características que defina o perfil empreendedor. “Há diferentes tipos, mas eles normalmente apresentam um caráter habilidoso muito forte, que é não querer exercer funções tradicionais e habituais, e sim criar o próprio jeito deles. Além disso, grande parte deles tem o estilo sinestésico de aprendizagem, que é querer botar a mão na massa para executar processos”, afirma Jamile. Para ela, desenvolver habilidades interpessoais, ou seja, de ouvir o outro, também é uma característica importante.

“É essa diversidade de perfis e pessoas que possibilita que tenhamos diversidade, que criemos espaços para diferentes ideias”, diz.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

A ferramenta de autoconhecimento que pode te levar ao sucesso



Na próxima sexta-feira (20), estarei no Festival de Cultura Empreendedora com a palestra VENÇA A SI MESMO, às 14h15. O evento será realizado no CO.W Berrini (R. Jaceru, 225 - Vila Gertrudes, São Paulo). Confira a reportagem sobre a minha participação, publicada no site da revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Jamile Coelho, fundadora e diretora do Espaço Educacional, explicará a importância do autoconhecimento no Festival de Cultura Empreendedora

Antes de descobrir a sua verdadeira vocação empreendedora, é preciso que se tenha autoconhecimento. E isso vem com aprendizado. Para o perfil cognitvo, existem três maneiras de adquiri-lo: visual, auditivo e sinestésico. Nesta palestra, conheça a ferramenta de autoconhecimento que já colaborou com a vitória de milhares de pessoas.

A primeira edição do Festival de Cultura Empreendedora, iniciativa dos três veículos da Editora Globo especializados em economia e negócios - Pequenas Empresas & Grandes Negócios, Valor Econômico e Época NEGÓCIOS - será realizada nos dias 19, 20 e 21 de outubro.

O evento trará palestras, debates, workshops e mentoria para uma plateia formada por empreendedores. A novidade principal está no fato de as discussões serem acompanhadas da apresentação de filmes, peças de teatro, exposições e stand up comedy.

Participe!

Informações e ingressos em:

domingo, 1 de outubro de 2017

Vale da Morte



Fiquei encantada com a lucidez e a capacidade de chegar ao âmago da questão de Betânia Tanure ao escrever o artigo "Vale da Morte". Resolvi fazer uma síntese com foco na forma como ela sugeriu percorrer esse vale, o caminho de mudança frente a crises, que todos nós passamos na vida pessoal e profissional, em determinados momentos de nossas vidas.

Acabei de ler o livro "A Arte da Aprendizagem Autodirigida", de Blake Boles, e me marcou muito a forma simples e didática do autor ao mostrar prisões e chaves que existem na maioria das situações que vivemos.

Portanto, pretendo unir as duas ferramentas que podem nos auxiliar a entender e atravessar o “vale da morte”, quando as mudanças precisam acontecer e não podem esperar mais.

Como percorrer o “Vale da morte” em uma situação de crise para atravessá-lo com a necessária agilidade e ajudar os que o cercam?

FASE 1- NEGAÇÃO

Prisões: Falta de coragem para encarar o problema

· Ignoram-se os problemas ou o tamanho e a complexidade deles;

· Foca-se no passado;

· Justificam-se as dificuldades.

Chaves: Dados de realidade

· Muna-se de informações, confronte e mostre a realidade;

· Detalhe as consequências de não mudar;

· Ofereça exemplos de quem não se mexeu e morreu.

Postura do líder: “ Pulso firme e mão pesada”

FASE 2 – RESISTÊNCIA

Prisões: Foco no espaço- problema

· Pessoas iradas ou em depressão;

· Colocam a culpa no outro;

· Ignoram os instrumentos oferecidos para a resolução de problemas;

· Não conseguem enxergar o que acontece.

Chaves: Empatia e acolhimento

· Ouvir empaticamente: as manifestações raivosas, as lamentações;

· Minimizar as perdas, sempre que possível, sem ignorar que elas sempre existirão;

· Reconhecer a existência desta etapa;

· Drenar os sentimentos de raiva e tristeza e abrir espaço para a nova fase.

Postura do líder: “Ouvir empaticamente e acolher”

FASE 3 – EXPLORAÇÃO

Nasce um novo espaço a ser explorado:

Prisões: O velho ainda não morreu e o novo não nasceu.

· Deslocamento do espaço-problema para o espaço-solução;

· A energia ressurge , mas de forma desorganizada, quase caótica;

· Surge uma multiplicidade de iniciativas, muitas vezes não alinhadas e sem força de sustentação para a nova etapa.

Chaves: Prioridades, energia direcionada.

· O foco tem que ser em metas de curto-prazo;

· Direcionar esforços;

· Energia para contribuir na construção de um novo ciclo

Postura do líder: “Liderança diretiva para estabelecer prioridades e para orientar a energia produtiva”

FASE 4- COMPROMISSO

· Momento certo para construir um novo propósito que magnetize as pessoas;

· A visão é de longo prazo.

· A liderança deve ser situacional no sentido de reconhecer cada fase, agir considerando-as, sem ignorar os valores que realmente importam.

Postura do líder: “Identificar fase a fase onde está você, seu liderado, sua empresa, seu colega ou mesmo seu chefe está”.

Esta competência do líder os ajudará a percorrer mais rapidamente o vale da morte para que o novo ciclo seja construído.

quarta-feira, 17 de maio de 2017

Multiversidade


Você conhece a Multiversidade? É um projeto inovador na área da educação universitária, do qual Jamile Coelho será mentora. Confira detalhes abaixo e uma reportagem publicada no Catraca Livre sobre o assunto:

Comunidade, autenticidade, escuta e empatia são os caminhos que queremos trilhar. A Multiversidade é um convite para que você crie sua própria educação. Cada um é livre para buscar e se aprofundar naquilo que deseja, colaborando com os outros. Autonomia individual e responsabilidade coletiva são princípios fundamentais.

Acreditamos que o conhecimento não deve ser trancafiado em departamentos, nem as pessoas etiquetadas segundo normas sociais. Abraçamos as novas tecnologias ao mesmo tempo em que abrimos as portas aos saberes tradicionais. Acreditamos na diversidade e na experimentação como elementos essenciais da aprendizagem.

Somente seres humanos capazes de aprender, cooperar e fazer escolhas conectados com seus valores mais profundos é que mudarão o mundo. Queremos suscitar essa transformação.

"A Multiversidade é uma comunidade de pessoas que querem se aprofundar nos assuntos que mais as fascinam. Que querem desenvolver as habilidades que julgam imprescindíveis para fazerem o que querem fazer e para serem quem elas querem ser. Nos apoiamos na ideia de universidade democrática, um conceito que surge a partir da educação democrática — um movimento global de transformação educacional em prol da autonomia e da corresponsabilidade. Acreditamos que todos nós temos plena capacidade de decidir por nós mesmos os rumos da nossa educação. Na verdade, mais do que isso: acreditamos que podemos criá-la, desde que estejamos conectados a pessoas que nos apoiam e inspiram. Temos grupos de aprendizagem autônomos, mentorias e acompanhamentos individuais, imersões de aprofundamento focadas em temas específicos, cursos e aulas livres cocriadas e às vezes até oferecidas pelos alunos, pesquisas baseadas nos temas de interesse dos estudantes, uma rede colaborativa de estágios e eventos abertos como Festivais, Saraus, Feiras, Hackathons, Open Spaces etc", explicação de Alex Bretas

Reportagem do Catraca Livre: 
Curso incentiva a criar tema, datas de estudo e forma de aprender

Uma universidade na qual você tem a oportunidade de escolher o que e como quer estudar, quando quer aprender e o projeto que deseja desenvolver. Ela existe, foi criada no Brasil e se chama Multiversidade.

O objetivo é formar uma comunidade de aprendizes autônomos, que aprendam por conta própria assuntos que os interessem.

Os alunos contarão com o apoio de mentores, facilitadores e colegas de turma para redescobrirem suas paixões por meio de conversas, mapeamentos, workshops, leituras e indicações de contatos.

Há quatro fases no modelo de aprendizagem: experimentação, na qual o aluno busca encontrar um foco de interesse; desenho, em que define o projeto que quer produzir; investigação, na qual executa o trabalho; e entrega, quando apresenta o produto final à comunidade.

“Às vezes, a pessoa está no piloto automático da vida e se distancia daquilo que é realmente importante pra ela”, explica Alex Bretas, um dos fundadores da Multiversidade.

Os temas são livres, assim como os projetos desenvolvidos, que podem ser livros, blogs, startups etc. “Não importa o assunto, a gente quer ajudar a delinear caminhos”, afirma Alex.

Criada em 2016 e colocada em prática no mês passado, a iniciativa é fruto do desejo de Adriana Julião, Camila Farias, Conrado Schlochauer, Jorge Leite e Alex Bretas de ter um espaço permanente para conduzir seus estudos da maneira como preferissem.

As primeiras turmas serão formadas por 15 a 25 aprendizes. Há encontros quinzenais, aos sábados, e os alunos são estimulados a se encontrar em outros dias com colegas e mentores para discutir seus objetivos e projetos.

O curso, ambientado em São Paulo e que vai de 29 de abril a dezembro, deve oferecer “open badges” – microcertificações de reconhecimento pelo aprendizado –, que ficarão disponíveis online.

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Projeto Pró-Eficiência


O Projeto Pró-Eficiência é um trabalho de autoconhecimento estruturado que serve como base de construção para um projeto de vida. 

O PPE tem como estrutura: Perfil Cognitivo; Perfil Comportamental; Metas e Plano de Ação

É voltado para adultos de todas as gerações, ajudando a fazer escolhas na vida pessoal e profissional alinhadas com quem verdadeiramente é e com seu propósito de vida, naquele momento.

O PPE individual responde as seguintes questões:

- A profissão é o local onde passamos o maior nº de horas do dia. Qual o percentual de felicidade e realização em seu dia de trabalho?

- Você já conseguiu descobrir sua missão para que sua profissão adquira um propósito e um significado?

- Você já descobriu seu estilo de liderança no grupo?

- Como você gerencia seu nível de estresse? Possui canais saudáveis para liberar o estresse?

- Como associar habilidade com paixão?

- Como manter acesa a vontade de aprender independente da etapa da vida?

Em grupos em empresas, startups e parcerias, o PPE responde os seguintes questionamentos:

- As pessoas certas estão nas funções certas?

- Como trabalhar os estilos de liderança por habilidades e não por cargos?

- Por que as pessoas cometem sempre os mesmos erros?

- Como desenvolver a inteligência emocional do grupo?

- Como melhorar a comunicação a partir da leitura verbal e não-verbal das pessoas?

- Como equilibrar os hemisférios cerebrais (razão e emoção) na resolução de problemas?

- Como transformar o processo de aprendizagem em algo produtivo, leve e prazeroso?

- Como alinhar sonhos, pessoas e cultura?

- Como promover envolvimento de todos da equipe?

- Como atender as pessoas de forma personalizada de acordo com o seu perfil?

- O que uma geração pode aprender com a outra?

Depoimentos

Aqui estão alguns depoimentos de pessoas que lançaram mão deste projeto:

“O Projeto Pró-Eficiência ampliou meu auto-conhecimento e me direcionou para tomar decisões importantes na vida pessoal e profissional."
Denyse Meirelles Nociti, engenheira 

“Gostei da estrutura do projeto, dos recursos utilizados e a dinâmica de trabalho foi rica e eficiente. O Projeto Pró-Eficiência propiciou reflexão e me ajudou a definir e operacionalizar metas.”

Marina Campello, tradutora

“O Projeto Pró-Eficiência me deu ferramentas para ter noção do meu perfil, explorar minhas habilidades e aprofundar meu autoconhecimento”

Paula Cristina B. Vieira, Diretora de Investimentos do Banco Itaú-Unibanco

“O Projeto Pró-Eficiência me ajudou a descobrir minha missão.” 

Renato Velloso Nobre, Co Owner na empresa BMGenBrasil e professor do curso Inovação na ESPM

“O Perfil Cognitivo me deu clareza para colocar minhas habilidades em prática e trabalhar os desafios.”
Déborah Arruda Mendes, empresária

“O Perfil Cognitivo é organizador, um instrumento de autoconhecimento com profundidade e clareza.” 
Ana Carolina Garcia Gayotto, psicóloga

"Se pudesse definir em uma frase o PPE, eu diria: O PPE é uma excelente ferramenta de autoconhecimento, que ajuda àqueles que a realizam a crescer pessoal e profissionalmente, tomando consciência de tudo o que é preciso fazer para viver melhor!" 

"O que mais gostei no PPE foram os exercícios de autoconhecimento porque eles trouxeram para a minha consciência todos os pontos importantes que estavam perdidos no subconsciente. Com isso, eu consegui enxergar o meu potencial de mudar o que não estava bom e desenvolver o que precisa ser desenvolvido, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional."
Vanessa Morelli Carrieri - advogada da Nestlé

terça-feira, 9 de maio de 2017

Encerramento de um ciclo - Nova fase



Eu, Jamile Coelho, quero compartilhar com todos os novos e antigos amigos que nos acompanham que a casa do Espaço Educacional, na Vila Olímpia, encerrou um ciclo de existência em abril deste ano. O EE com sua metodologia que se apoia no tripé "comportamental, cognitivo e emocional" para a criação de projetos personalizados continuará com uma equipe autônoma, em outro endereço (confira todos os novos contatos no final).

Quando criei o Espaço Educacional há mais de 20 anos, estava em busca de novos caminhos na área de educação, pois sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento, inovação e no “brilho nos olhos” para aprender. 

Durante estes anos, o Espaço Educacional foi um laboratório de aprendizagem, onde sempre trabalhamos de forma colaborativa, sem hierarquia vertical, aprendendo e ensinando crianças, jovens e adultos, com competência, criatividade e afetividade. 

No EE, nasceu o Perfil Cognitivo há 10 anos, uma ferramenta de autoconhecimento que muito ajudou na personalização dos projetos e que, com suas seis áreas de atuação, vem ajudando pessoas de todas as gerações a se conhecerem melhor e a desenvolverem as competências socioemocionais.

O meu momento é de expansão, de fazer foco nas asas e compartilhar tudo o que construí, com muito amor, nestes 47 anos de vida profissional, com o maior número de pessoas possível.

Novos contatos

Endereço: OFFICE CONCEPT, na Rua Comendador Miguel Calfat, 128 - conjunto 116


Celular: (11) 94171-4477

Facebook: Jamile Coelho

Instagran: coelhojamile

Skype: jamile.coelho6

quinta-feira, 9 de março de 2017

Perfil Cognitivo Kids

Perfil Cognitivo Kids

Uma ferramenta para ajudar pais e educadores na missão de educar para a vida



O Perfil Cognitivo Kids será realizado:

Onde? No Espaço Educacional (www.espacoeducacional.com.br)

Como funciona? Com turmas de, no máximo, 6 (seis) crianças em 4 (quatro) encontros, com 1,5 hora de duração cada, de forma lúdica.

Por que mapear o PERFIL COGNITIVO de uma criança?

Para descobrir e orientar:

- como ela aprende (Estilos de Aprendizado);

- como ela pensa e sente diante de uma situação nova ou de um problema, seja na vida escolar ou no cotidiano da família. (Estilos de Raciocínio e Comportamento);

- quais são suas áreas de interesse e os canais para liberar o estresse de forma saudável. (Inteligências Múltiplas).

Em resumo, para identificar seu potencial: habilidades e fragilidades. E, a partir disso, orientá-la para que conquiste autoconfiança e autonomia na vida pessoal e na vida escolar, e inteligência emocional para lidar com frustrações e adversidades.

O que é o Perfil Cognitivo?

É uma ferramenta de autoconhecimento que nos ajuda a ter uma visão panorâmica do nosso potencial, com habilidades e fragilidades. A partir do resultado, aprendemos a explorar nossas habilidades, potencializando-as, e a exercitar aquilo que precisamos desenvolver.

Qual é a estrutura do PERFIL COGNITIVO?

O Perfil Cognitivo responde a três perguntas:

Como eu aprendo? Com os estilos de aprendizado, podemos ajudar nosso filho ou nosso aluno a exercitar a comunicação e a forma de aprender, que pode ser produtiva e prazerosa.

Como eu penso e sinto para agir e resolver problemas? Com os estilos de raciocínio ou de comportamento, aprendemos e ensinamos, exercitando a capacidade para resolver problemas, sempre alinhados com nossos valores. A busca do equilíbrio entre razão e emoção é um processo que nos acompanha a vida toda, que nos auxilia a fazer escolhas inteligentes em qualquer etapa da vida. Daí a necessidade de começarmos a desenvolver isso desde pequeno.

Quais são as minhas áreas de interesse, habilidades ou talentos? Como descobrir canais para liberar o estresse de forma saudável? Com as inteligências múltiplas, uma nova concepção do que é ser inteligente surge e tem muito a ver com as exigências do século XXI. Descobrimos as áreas de interesse da criança, onde se localizam suas habilidades e talentos. Outro benefício é ajudar a descobrir canais saudáveis para liberar o estresse e conquistar qualidade de vida, desde cedo.

E no final?

Os pais ou responsáveis receberão o resultado do Perfil Cognitivo da criança e uma orientação por escrito.

Quer conhecer mais sobre o trabalho personalizado do Espaço Educacional? Então, acesse nosso site (www.espacoeducacional.com.br), mande um e-mail (jcoelho@espacoeducacional.com.br) ou ligue para (11) 3846-6785.

Perfil Cognitivo - Jamile Coelho


Você conhece o Perfil Cognitivo do Espaço Educacional? É um recurso de autoconhecimento que nos ajuda a ter uma visão panorâmica de nosso potencial e de nossas fragilidades. A partir do resultado, aprendemos a explorar nossas habilidades, potencializando-as, e a exercitar aquilo que precisamos desenvolver.

A diretora do EE, Jamile Coelho, fez um exercício de se apresentar por meio dos resultado de seu Perfil Cognitivo. Confira:

Quem sou eu? Hoje, resolvi fazer o exercício de falar de mim mesma e de minha história de vida, tendo como roteiro o PERFIL COGNITIVO, ferramenta de autoconhecimento que criei em 2007.

Como eu aprendo?

Para responder a esta pergunta, parto de três princípios que acredito muito:
- Aprender e ensinar caminham de mãos dadas no processo de aprendizagem.
- O aprendizado acontece em todas as etapas da vida, da infância à maturidade.
- O aprender acontece quando temos brilho nos olhos, curiosidade, alegria e envolvimento emocional.

No Perfil Cognitivo existem três estilos de aprendizado: Visual, Auditivo e Sinestésico.

O meu estilo de aprendizado visual aliado ao sinestésico é muito forte, pois, ao estudar e aprender qualquer coisa nova, sintetizo rapidamente, coloco em Power Point com palavras-chave e imagens (VISUAL) e imediatamente crio uma ação para vivenciar o que aprendi e compartilhar (SINESTÉSICO). Esse vem sendo o meu processo de aprendizado há muitos anos, apenas acrescentando o Power Point, pois há algum tempo eu apenas fazia síntese e mapa mental.

O estilo auditivo é o meu mais fraco e isto eu contorno anotando TUDO, ou seja, me apoiando no estilo visual. Quando conheço alguém, guardo a fisionomia, mas não o nome. Para assimilar o nome da pessoa, preciso de um tempo de convivência, o suficiente para associar o que sinto por ela (estilo sinestésico).

Como eu penso e sinto para agir e resolver problemas?

Para responder a essa pergunta, o Perfil Cognitivo se apoia nos hemisférios cerebrais e nos estilos de Raciocínio e Comportamento: Interativo e Habilidoso do lado direito (LD) do cérebro e Organizado e Lógico do lado esquerdo (LE) do cérebro.

Ao me deparar com um problema, normalmente entro pela emoção buscando entender o que senti diante daquela situação e o que as pessoas sentiram (LD) para depois acessar e analisar o que aconteceu, onde, quando, como, ou seja, para acessar a realidade (LE).

A predominância do Lado Direito do cérebro, ou seja, a INTUIÇÃO e a EMOÇÃO é o que me move, pois tudo que está relacionado em ajudar o ser humano a aprender, a viver bem e a ser feliz me interessa. É também o que desperta o meu interesse e curiosidade por alguma coisa nova e que dá início ao meu processo de criação.

Os estilos Interativo e Habilidoso são os meus predominantes, ambos do lado direito do cérebro.

O interativo é o que me mobiliza a interagir, compartilhar e fazer trocas em busca de uma solução. E o Habilidoso, é o que me leva para ação, é o que está sempre me encaminhando para situações novas, é o que me atiça a curiosidade e me faz querer experimentar algo de uma forma diferente da habitual e transformar teoria em prática.

O estilo Lógico do lado esquerdo do cérebro está relacionado com o mental, que sempre foi muito forte pra mim. Sempre adorei estudar, ler, sintetizar e acho que isso me fez desenvolver esse estilo. A minha vida escolar foi a grande oportunidade para que eu fosse me descobrindo como aluna e como pessoa, enfim, me apropriando das minhas habilidades. A minha história de vida, o meu processo de autoconhecimento foi acontecendo de uma maneira significativa a partir da minha vida escolar.

Agora vou falar do meu estilo mais fraco e que é e sempre foi um grande desafio: o Organizado. O estilo Organizado para mim representa a linearidade e eu sempre tive muita dificuldade em ser linear. Sou não-linear na maioria das coisas que faço, embora me comprometa por dentro e por fora com o que estou fazendo e seja bastante determinada.

O estilo Organizado representa FOCO e eu sempre tive dificuldade em estabelecer prioridades, pois, tudo que tem a ver comigo, eu entro, me encanto e me doo. Esse é um estilo que eu procuro monitorar, pois sei que a falta dele acaba me prejudicando.

Portanto, desenvolver mais o estilo organizado e o lado esquerdo do cérebro buscando um maior equilíbrio entre os hemisférios cerebrais (razão e emoção) é o meu desafio diário.

Quais são minhas áreas de interesse, habilidades ou talentos?

A resposta está nas Inteligências Múltiplas. Vou falar um pouco sobre as minhas inteligências predominantes e sobre a mais fraca.

A inteligência Linguística ou Verbal sempre foi muito forte em toda minha vida, pois sempre adorei ler, escrever e me comunicar. Escrevi em um diário durante muitos anos de minha vida e adorava falar do que vivia e principalmente do que sentia (LD). Sempre fui uma aluna com preferência para a área de humanas. Ler e buscar conhecimento por conta própria me ensinou a ser autodidata. Gostava de apresentar trabalhos e seminários na escola e faculdade. E no curso normal (magistério), ficou muito nítido o quanto tinha habilidade para ensinar, embora desde os meus 13 anos já ajudasse primos e vizinhos que tinham dificuldade na escola. 

Já os números nunca foram o meu forte. Em matemática, tirava notas para “sobreviver”. Mas a VIDA novamente me traz experiências desafiadoras e eu gosto disso. Foi assim que aconteceu com a matemática. A primeira escola que trabalhei em Franca, a convite de minha querida mestra e amiga Iolanda Ribeiro, foi o Pequeno Polegar e fui dar aula de matemática para crianças de 3º e 4º ano primário naquela época. Acontece que nem a tabuada eu sabia de cor. Quando perguntei na classe quem gostava de matemática, pude perceber que a maioria das crianças não gostava, como eu. Então saí em busca de recursos como música, teatro e muito material concreto para aprender e ensinar. Conclusão: no final do ano, essa era a matéria preferida das crianças.

Quando vim morar em São Paulo, na década de 70, me tornei conhecida porque dava curso para professores sobre didática da matemática, ou seja, meu nome era associado à área de matemática, à inteligência Lógico-matemática, que é a minha 8ª inteligência, ou seja, a última. Isso para mim tem como explicação a sabedoria da vida, que nos traz as dificuldades para que possamos superar, aprender, amadurecer e evoluir.

E aprender, superar, amadurecer e evoluir vêm de encontro a mais duas inteligências predominantes: a Intrapessoal e Interpessoal que formam a inteligência emocional. O interesse por autoconhecimento (inteligência Intrapessoal) sempre esteve presente em minha vida. Mesmo com formação em pedagogia, da qual muito me orgulho, pois sou uma educadora nata, sempre busquei cursos para conhecer melhor o ser humano na área de psicologia. Fiz terapias em diversas etapas da minha vida, workshops de autoconhecimento, estudos, cursos e leituras sobre este tema.

A Interpessoal, que é a inteligência dos relacionamentos e da empatia também me ajudou muito a construir tudo que acreditei, pois sempre gostei de incluir, colaborar, compartilhar e trabalhar em equipe.

Acredito que criação do Perfil Cognitivo materializou o meu interesse e minha experiência de vida com as inteligências Intra e Interpessoal.

A minha quarta inteligência predominante é a Naturalista. É impressionante como preciso do contato com a natureza para me energizar. Adoro pássaros! Para mim não tem nada melhor do que acordar e ouvir os passarinhos, principalmente o bem-te-vi e estar sempre cercada de plantas e flores.

Esta experiência de me apresentar por meio do Perfil Cognitivo foi muito gratificante, pois mostra minha forma de aprender, experimentar, compartilhar, enfim, meu jeito de ser.

Quer conhecer mais sobre o trabalho personalizado do Espaço Educacional? Então, acesse nosso site (www.espacoeducacional.com.br), mande um e-mail (jcoelho@espacoeducacional.com.br) ou ligue para (11) 3846-6785.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Espaço Educacional, um projeto de vida



Eu, Jamile Coelho, sempre fui apaixonada por educação, por aprender e ensinar de forma diferente da tradicional. Tive uma experiência na vida acadêmica do Ensino Infantil até o superior, incluindo um supletivo em uma usina próxima à cidade de Franca, onde morava, e adorava o que fazia. Sempre fui muito feliz ao trabalhar em escolas, com diferentes faixas etárias, mas buscava um jeito diferente para explorar e criar diferentes recursos motivacionais que envolvessem os estudantes e despertassem o brilho nos olhos para aprender.

Só que reinventar minha vida profissional sempre fez parte de minha trajetória e ainda acontece até o momento atual. Foi assim que resolvi mudar da vida acadêmica para uma experiência nova, correr atrás de um sonho que eu nem sabia ao certo como concretizar. Dei o primeiro passo que foi largar a escola em que trabalhava e alugar uma sala para atender. E ali, de atendimento em atendimento, foi que a semente do Espaço Educacional começou a germinar.

Qual era o meu sonho? Ao me deparar com o estudante, não importava a faixa etária, era olhar o ser humano que estava ali, descobrir suas habilidades ou talentos e suas dores. Ajudá-lo a descobrir que tinha luz própria e que poderia descobrir uma forma de aprender e estudar “do seu jeito” e que fosse produtiva e prazerosa. Quanto maior a dor, a exclusão, maior era meu interesse em descobrir junto com ele um caminho de volta ao processo de aprender, com curiosidade e alegria.

Só que para que isto acontecesse, era necessário construirmos um vínculo de confiança e de afeto, em primeiro lugar. Depois, percorríamos juntos, um caminho de descobertas em que íamos conversando, experimentando, acertando e errando. E, lidar com os erros com leveza, com humor, criava uma cumplicidade única e divertida.

Como sempre gostei de trabalhar de forma colaborativa, fui formando uma equipe e construí junto com vários professores que por aqui passaram a metodologia do Espaço Educacional, que se firmou em um tripé: comportamental, cognitivo e emocional.

O Espaço Educacional sempre funcionou como um laboratório de aprendizagem, pois tudo que íamos criando, era compartilhado, vivenciado, avaliado e posteriormente aperfeiçoado. E assim, construíamos um projeto de forma personalizada para atender uma determinada necessidade, mas sempre com um diferencial: com muito amor.

Desta forma, o EE virava a segunda casa de todos que aqui chegavam e pelo acolhimento e este olhar diferenciado, as pessoas passavam a fazer parte da nossa história e a gente da história de vida deles.

Este era o contexto que vivia, quando em um processo de Coaching, nasceu o insight da construção do Perfil Cognitivo, a ferramenta de autoconhecimento que vem sendo aperfeiçoada há quase 10 anos com experiências diversificadas, que me reafirmaram que o aprendizado acontece na vida, em qualquer situação, e não necessariamente, na escola. E, isso foi o que sempre acreditei: educação para a vida, autoconhecimento e inovação.

Quer conhecer mais sobre o trabalho personalizado do Espaço Educacional? Então, acesse nosso site (www.espacoeducacional.com.br), mande um e-mail (jcoelho@espacoeducacional.com.br) ou ligue para (11) 3846-6785.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Estudo relaciona atrasos na linguagem a brinquedos eletrônicos



Você deixa seu bebê brincar no celular, tablet ou computador? Cuidado! Um estudo relacionou brinquedos eletrônicos a atrasos na linguagem. Confira detalhes sobre esse ponto negativo da tecnologia no desenvolvimento da criança, no texto publicado no site Catraca Livre:

Os impactos do contato com a tecnologia na primeira infância são diversos e variam de criança para criança e, principalmente, de contexto para contexto. A recomendação da Sociedade Brasileira é que nenhum contato seja permitido até os dois anos, principalmente durante as refeições ou antes de dormir.

Um novo estudo, realizado pela pesquisa Anna V. Sosa e publicado em 2016 no periódico JAMA Pediatrics, associa a relação direta entre a hiperexposição aos brinquedos eletrônicos, como tablets, jogos de celular e computadores, a atrasos de aprendizado e linguagem.

A partir da observação das formas de brincar da criança e dos níveis de interação com os pais, a pesquisa investiga como a relação entre esses dois elementos influenciam a aquisição de linguagem da criança. O estudo aponta que o ambiente de linguagem em que a criança está inserida na Primeira Infância pode influenciar a aquisição da sua fala, além de afetar a leitura e o futuro sucesso acadêmico.

A pesquisa foi realizada em 2016, com 26 famílias e bebês de 10 a 18 meses. Os pesquisadores concluem que a interação com brinquedos eletrônicos esteve associada a redução na qualidade e quantidade de linguagem recebida pela criança, quando comparados com livros e brinquedos tradicionais. Por esse motivo, o estudo conclui que não recomendável incentivar o contato com jogos eletrônicos no momento em que a criança está desenvolvendo a linguagem.

O texto ressalta também a importância do incentivo à leitura nesta fase do desenvolvimento da criança. "Os pais devem ser encorajados a ler para seus filhos e engajá-los em atividades que proporcionem interações reais entre pais e filhos". A pesquisa chama a atenção ainda para o bombardeio excessivo de publicidade dirigida não só às crianças mas também aos pais, que podem ser facilmente iludidos por brinquedos autointitulados educativos que prometem incrementar o desenvolvimento".

Confira um resumo dos principais resultados alcançados:

Para promover o desenvolvimento da linguagem, os pais podem investir tempo para ler para os filhos e brincar junto, olho no olho.

Brincar com livros ou brinquedos tradicionais é melhor do que brincar com eletrônicos, no sentido de promover um nível qualitativo de comunicação entre pais e filhos.

Quando estão brincado com brinquedos eletrônicos, as crianças vocalizam menos, quando comparado ao modo que elas verbalizam e interagem quando estão em contato com brinquedos tradicionais.

Intitulado "Association of the Type of Toy Used During Play With the Quantity and Quality of Parent-Infant Communication" (Em uma tradução livre, "Associação entre o tipo de brinquedo utilizado durante a brincadeira com a quantidade e qualidade da comunicação entre pais e filhos"), o estudo está disponível online e em inglês, para quem quiser se aprofundar na discussão, clique aqui para ler.

*Com informações de Radar da Primeira Infância

Quer conhecer mais sobre o trabalho personalizado do Espaço Educacional? Então, acesse nosso site (www.espacoeducacional.com.br), mande um e-mail (jcoelho@espacoeducacional.com.br) ou ligue para (11) 3846-6785.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O Despreparo Da Geração Mais Preparada – Por Eliane Brum



Você já ouviu comentários de que as novas gerações estão preparadas em relação às tecnologias e novidades, mas muitas vezes despreparadas para enfrentar dificuldades e problemas típicos do dia a dia? Confira o excelente texto reflexivo sobre o assunto de Eliane Brum, publicado no Portal Raízes e na Revista Época:

“A crença de que a felicidade é um direito tem tornado despreparada a geração mais preparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles que: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por este mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de serem felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens, no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos grandiosos, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender o fato de que na vida há faltas e isso não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

Quer conhecer mais sobre o trabalho personalizado do Espaço Educacional? Então, acesse nosso site (www.espacoeducacional.com.br), mande um e-mail (jcoelho@espacoeducacional.com.br) ou ligue para (11) 3846-6785.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

10 tendências de personalização do ensino em 2017



A personalização de ensino é uma das propostas do Espaço Educacional e assunto de diversas discussões e reflexões sobre educação. No texto do site Porvir, publicado originalmente em personalizelearning.com, veja 10 novas ideias para atender às necessidades e interesses de cada aluno sem criar um modelo único que atenda a todos:

1 - Design universal de aprendizagem

Professores precisam entender como alunos acessam a informação, se engajam com o conteúdo e expressam o que sabem ou o que entenderam. 

2 - Inovação e criatividade

professores e alunos vão encorajar a inovação, encarar mais riscos, aprender a partir dos erros e sair da zona de conforto. 

3 - Preparação para o futuro

Alunos usam seus planos de aprendizagem pessoal para explorar o projeto de vida para determinar quais experiências são necessárias para que estejam aptos ao ensino superior, à carreira e à vida. 

4 - Letramento digital

Alunos podem até ter mais conhecimento sobre tecnologia do que os professores, mas não sabem usá-la de modo apropriado. Professores precisam apoiá-los a pensar criticamente e a agir de maneira segura no mundo digital. 

5 - Política de educação baseada em competências

O conceito defende que deve ser privilegiada a demonstração de domínio dos objetivos de aprendizagem em detrimento do tempo em sala de aula. 

6 - Colaboração global

Professores precisam ter compreensão intercultural e estimular a colaboração para trazer o mundo aos estudantes. 

7 - Aprendizagem baseada em projetos

Projetos com foco no aluno tornam o aprendizado mais personalizado porque dão voz e escolha sobre o que e como eles desejam aprender. 

8 - Aprendizagem profissional

Professores também são estudantes. A formação profissional encoraja o crescimento pessoal quando permite que os professores desenvolvam objetivos específicos. 

9 - Equidade e justiça social

As escolas precisam ser laboratórios para uma sociedade mais justa do que aquela em que vivemos hoje. Currículos precisam encorajar que alunos "compartilhem sua voz", com o mundo para que eles se tornem agentes de transformação. 

10 - Cultura de aprendizagem

Significa unir pessoas, sistemas e processos com os valores e comportamentos de sala de aula, escolas e comunidade para que todos cresçam, mudem e aprendam ao longo da vida.

Crédito: Barbara Bray e Kathleen McClaskey/Personalize Learning LLC

* Publicado originalmente em personalizelearning.com

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Como as crianças da Finlândia respeitam as regras brincando


A Finlândia é reconhecida pela melhor educação primária do mundo. Na escola, as crianças respeitam as regras brincando. Todos os dias, do ensino infantil ao médio, elas têm ao menos 15 minutos para recreação a cada hora. Confira detalhes sobre o assunto no texto produzido por The Hechinger Report e reproduzido pelo Porvir:

É hora do almoço na escola experimental de formação de professores da University of Eastern Finland, em North Karelia, um luxuoso distrito com floresta e lago próximo à fronteira com a Rússia.

Crianças da quarta série correm para a lanchonete só com meias nos pés, rindo, distribuindo abraços, ensaiando passos de dança e pulando. Uma menina fica de ponta-cabeça no corredor. Um professor elegante aparece no caminho e cumprimenta as crianças de modo informal. Ele é Heikki Happonen, diretor da escola e professor com carreira na educação infantil.

Como chefe da associação finlandesa de oito faculdades de educação de universidades federais, ele é, na prática, o professor-chefe da Finlândia, país que apesar de ter seus desafios e recentes deslizes em avaliações internacionais, responde pela melhor educação primária do mundo, de acordo com o relatório de competitividade global 2016-2017 elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.

Segundo Happonen, a cena do corredor retrata um dos segredos do histórico sucesso da Finlândia na educação infantil.

O cérebro das crianças trabalha melhor quando elas estão se movimentando, diz o professor-chefe. Elas não apenas se concentram melhor na aula, como também se saem melhor ao “negociar, socializar, formar grupos e amizades”.

A Finlândia lidera o mundo ao descobrir que brincar é o mecanismo que mais ajuda no aprendizado das crianças. Elas aprendem no país por brincadeiras até os 7 anos e têm a garantia de receber intervalos de 15 minutos para recreação externa a cada hora durante todos os dias de aula (independentemente das condições climáticas) até o ensino médio.

Outro segredo crucial: o ambiente de aprendizagem, tanto o físico quanto o emocional.

“As crianças precisam se sentir na escola como se estivessem em casa, como se ela os pertencesse”, diz Happonen. “Elas são muito inteligentes, percebem e apreciam uma atmosfera de confiança. Nós as oferecemos um ambiente em que compreendem que ‘Este é um lugar onde sou muito respeitado, eu me sinto segura e confortável aqui. Eu sou uma pessoa muito importante’. Meu trabalho é proteger esse ambiente para as crianças. É para isso que venho trabalhar todos os dias”.

Happonen planejou por conta própria o moderno prédio nórdico da escola, formado por uma rede de salas de aula tradicionais unidas por corredores espaçosos, luz suave cinematográfica e cores quentes, uma suntuosa (para padrões americanos) sala de professores para café e trabalho colaborativo (incluindo uma sauna), além de cantinhos e sofás confortáveis para crianças relaxarem e se apoiaram com um colega ou um livro.

Conectando todas as peças, ao lado de um moderno laboratório de ciências, de uma lareira e sofás macios, está uma biblioteca aberta e modular para livros e revistas para as crianças aproveitarem.

Trata-se do ponto focal da escola. Em uma visita recente, uma professora da Espanha ficou quase sem palavras depois de alguns minutos dentro da escola. “É tão bonita”, ela disse. “Na Espanha, nossas escolas são como prisões. Mas isso é como um sonho”.

Happonen aponta para barcos coloridos de madeira entalhada à mão pendurados na parede de seu escritório, destacando diferentes formas, tamanhos e tipos de embarcações.

“Eu vi esses barcos em uma loja”, ele recorda. “Eles eram tão bonitos, decidi que tinha que comprá-los, mas não sabia por quê. Eu acabei pendurando em meu gabinete para que pudesse vê-los o tempo todo”.

“Então percebi o que eles são”, continuou. “Eles são crianças. Eles representam o fato de que todas as crianças são diferentes, eles começam de diferentes lugares e viajam em rotas diferentes. Nosso trabalho como professores é ajudar as crianças a navegarem por tempestades e aventuras, de maneira que cheguem bem e com segurança à sociedade e ao mundo”.

Alguns aspectos das escolas primárias da Finlândia podem ser específicos de sua cultura e intransferíveis para outros países. Mas muitas outras características são na verdade “boas práticas universais” para sistemas de educação infantil no Harlem, em Tóquio, Xangai, Paris, Los Angeles, Dubai, Cidade do México, África do Sul e outros lugares.

Essas práticas incluem aprendizagem inicial por meio do brincar, financiamento escolar justo, formação de professores altamente profissional, abordagem de gestão baseada em evidências e em educação integral, afeto e respeito pelas crianças e professores, ambientes de aprendizagem de baixo estresse e altamente desafiador, forte educação inclusiva e tratamento de todas as crianças como indivíduos talentosos e valorizados sem sacrificar sua infância com excesso de tarefas ou escolas superlotadas.

Por que qualquer uma de nossas crianças, especialmente aquelas de baixa renda, merecem menos que isso?

Nos Estados Unidos, décadas de tentativas atabalhoadas de reformar a educação levam a pouco ou nenhuma melhora nas escolas. Como um dos líderes do movimento reformista, Chester Finn, do Thomas B. Fordham Institute, declarou recentemente, “se você analisar que apesar de todas as reformas e todo o investimento que fizemos durante os últimos 25 anos nós continuamos com desempenho estagnado e passos lentos como resultados principais, é bem desencorajante”.

Qualquer familiar, professor ou legislador que esteja em busca de inspiração para que possamos trabalhar juntos para melhorar a educação de nossas crianças pode começar vindo à escola dos sonhos da Finlândia que fica na floresta.

William Doyle é produtor executivo de Transition of Power: The Presidency, do canal The History Channel. Doyle também é bolsista 2015-2016 da Fulbright e bolsista residente de 2017 da Rockfeller Foundation.

Este conteúdo foi produzido por The Hechinger Report, um veículo independente e sem fins lucrativos focado em desigualdade e inovação em educação. Reproduzido no Porvir mediante autorização.