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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Como lidar com a repetência escolar?


Seu filho está prestes a repetir de ano ou repetiu algumas vezes e passou a ser classificado como “aluno-problema”? Não sabe como lidar com a situação? Tire suas dúvidas: 

1 – Por conta do insucesso na vida escolar, devo mudar meu filho de escola?
Em primeiro lugar, encarar a repetência pode levar a um amadurecimento, se forem detectadas as causas e a partir delas for montado um plano de ação para ser executado, sob uma avaliação constante. Se esta análise não for realizada, corre-se o risco da situação se repetir de forma idêntica, porém com uma carga maior de ansiedade e frustração. 

Em muitos casos, querendo evitar a repetência, os pais procuram escolas que reclassificam e impedem que o filho encare as dificuldades, as frustrações e as resolva. Ele continua com as mesmas dificuldades. Muda-se o cenário, ele fica com a “falsa sensação” de que passou de ano, mas o problema continua e a insegurança que o acompanha também.

2 – Qual é a melhor medida a ser tomada?
Diante de uma repetência, precisamos procurar todas as causas, ter uma visão global de tudo que aconteceu, para depois procurar alternativas que possam nos encaminhar para uma solução. Solução essa que direcione os pais e o estudante a encarar e a enfrentar a realidade e não fugir dela; que leve a uma alternativa de crescimento em maturidade e de resgate do que ficou perdido. 

Às vezes, a melhor alternativa é continuar na própria escola, refazer o ano, pois o fato de enfrentar e resolver os problemas no local onde aconteceram fortalece a autoestima e a autoconfiança. Outras vezes não, porque o desgaste foi muito grande ou porque o aluno não se adequou ao perfil da escola e uma mudança pode favorecer um começar de novo, de uma nova forma, em um novo contexto.

Como a minha consultoria educacional pode ajudar?
A consultoria educacional faz uma análise do perfil do aluno, da escola e do contexto como um todo, e pode orientar os pais na escolha da solução mais adequada. Se necessário, também pode encaminhar para um projeto personalizado para o estudante amadurecer e assumir sua vida escolar, além de aprender a se organizar e a adquirir prazer e produtividade no estudo. Esse projeto é denominado Autonomia Escolar e pode acontecer paralelamente à escola. Dessa forma, ele refaz o ano, mas de uma maneira diferente.

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Ensine coragem, não ideia da perfeição


“E se ensinarmos as meninas a serem corajosas, em vez de serem perfeitas?”. Esse é o título de um excelente texto reflexivo do psicólogo Sergio de Dios González, publicado no portal La Mente Es Maravillosa e traduzido pelo site Psicologias do Brasil. Compartilho com vocês alguns trechos:

"Se queremos ensinar-lhes algo, vamos ensiná-las que a perfeição não existe. Que ao longo de sua vida terão que enfrentar medos, e que os bravos não são aqueles que não os têm, mas aqueles que os deixam de lado e os superam. Aqueles que fazem isso de novo e de novo enquanto assistem, com o canto dos olhos, como esses medos se tornam pequenos.

Vamos ensiná-las que a perfeição não existe, mas que os medos se multiplicam quando avançamos: no espaço inicial, geralmente há muito menos a perder do que nos quadrados intermediários. Vamos contar-lhes que há vitórias que têm preços que não valem a pena pagar, porque não vale a pena ser a mais popular se, como resultado, o preço é o assédio, escárnio ou insulto.

Mostre-lhes que, antes de tomar qualquer opinião, é melhor submetê-lo a julgamento. Vamos fazer isso mesmo que isso suponha que eles o façam com nossas opiniões e tenhamos que dedicar tempo para expô-los. Não mostramos a elas que a vulnerabilidade nos enfraquece, porque a armadura com as pessoas que amamos apenas nos afasta delas.

Vamos ensiná-las que elas têm grande poder. Romper com um casal ao primeiro sinal de abuso, arrombar uma porta e intervir se sentirem que alguém está em perigo, dizer não quando receberem um convite que suspeitem. Ensinemos-lhes que a liberdade não implica anarquia e que aqueles que a temem não o fazem para nosso próprio bem, não importa o quanto eles sejam acompanhados por muitas vozes com cartazes e cartas escritas em caneta.

Vamos ensiná-las que, se combinarem seu poder com coragem, elas se tornarão pessoas dignas e, enquanto se tornarem essa pessoa, serão pessoas dignas. Porque ele conta, conta tanto que, se você parar para pensar sobre isso, tudo acontece enquanto morremos, enquanto vivemos … e nisso, enquanto rico em perspectivas, algo acontece e essa felicidade tem uma estranha simpatia pelas pessoas que a merecem."

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Embaixadores da Educação: Perfil Cognitivo colabora com projeto educacional


É com muita alegria que compartilho com vocês este agradecimento que recebi da Guilhermina Abreu, co-fundadora do Embaixadores da Educação. Gratidão por ter contribuído com este projeto por meio da ferramenta de autoconhecimento Perfil Cognitivo

"Querida Jamile,

Escrevo essa carta porque na correria dos projetos, às vezes, esquecemos de dizer obrigada e sobretudo porque ontem durante nosso encontro percebi que você Jamile e o grupo Mulheres do Brasil não têm dimensão da importância que a passagem de vocês teve na nossa história. Nas nossas palestras Brasil afora, sempre citamos vocês com gratidão e esquecemos de contar para quem mais interessa o que aconteceu depois que nossas histórias se cruzaram.

Nós criamos o Embaixadores da Educação em 2013, logo que nos formamos no ensino médio, motivados pela frustração com a realidade das escolas públicas por lá termos estudado a vida inteira. Nós sonhávamos que a escola poderia ser um espaço para impulsionar agentes de transformação.

Resolvemos parar de reclamar do sistema educacional e agir. Nos reunimos em uma praça de Belo Horizonte e começamos a discutir como poderíamos contribuir um pouco para transformar essa realidade. Desenhamos o projeto e fomos colocar a mão na massa.

Com zero recursos, atuando como um coletivo jovem não formalizado e com muita vontade de fazer a diferença, passamos a realizar o projeto nas escolas aos sábados e nos reunir em praças aos domingos para discutir melhorias.

Nesse contexto, conhecemos o Mulheres do Brasil em 2015, quando vocês foram visitar a Escola do Sebrae em Belo Horizonte. Depois da visita, vocês nos convidaram para ir a São Paulo apresentar o Embaixadores. Contamos o que fazíamos nas escolas. Então veio a proposta do MDB de mandar você, Jamile, para Minas Gerais para ver nossa metodologia em campo e o passo à passo da execução que estávamos realizando nas escolas públicas.



Você veio no primeiro semestre de 2016, nos acompanhou por seis meses e a partir daí surgiram vários marcos na história do Embaixadores dessa conexão:

1) Quando você nos disse que nossa metodologia era muito boa e, por isso, precisaríamos formar multiplicadores para impactar mais alunos de escolas públicas: (ninguém tem filho feio né?) E nós achávamos muito legal o projeto que criamos, mas uma opinião externa de alguém especialista no assunto foi de fundamental importância para termos confiança de seguirmos com o projeto. Depois da reunião com você, tivemos coragem de pela primeira vez convocar voluntários multiplicadores para crescer o projeto.

2) Depois de assistir o nosso trabalho em campo, você nos ajudar a sistematizar a nossa metodologia: na verdade, quando criamos o Embaixadores da Escola nós nem sabíamos o que significava a palavra metodologia, nós só queríamos criar uma solução para um problema para o qual estávamos putos e um processo que fosse mais divertido que o da educação formal. Você nos ajudar a organizar no papel tudo aquilo que tínhamos criado foi muito importante para passarmos esse conhecimento para os multiplicadores.

3) Você mapeou o Perfil Cognitivo dos fundadores do Embaixadores da Educação e, a partir disso, conseguimos entender como a gente se complementava no trabalho e os impactos desse diagnóstico reverberam até hoje de maneira positiva na gestão da organização, uma vez que melhorou as nossas relações enquanto equipe. Passamos a aplicar também o teste do Perfil Cognitivo nos multiplicadores e formar times equilibrados com pessoas com predominância do lado esquerdo e direito do cérebro. Você também nos ajudou com a formação da primeira turma de multiplicadores.

De lá pra cá crescemos: o Embaixadores se formalizou em 2017 passando a ser uma organização da sociedade civil. Realizamos o dobro de escolas em 2017 em relação a 2016 e o dobro de escolas em 2018 em relação a 2017. Recebemos apoio da S.A.P para sistematizar nossos processos, passamos a integrar a rede de empreendedores sociais da Redbull e agora estamos melhorando nosso modelo da gestão com a Ambev. Passamos a receber investimento social de algumas empresas. Esse ano, fomos selecionados pelo Bem Maior como um dos 50 projetos sociais brasileiros de maior potencial no país.

Além disso, no ano passado, criamos um novo programa: O Crie O Impossível. Reunimos 4 mil alunos de escolas públicas do ensino médio no estádio do Mineirão para falar sobre sonho grande e empreendedorismo para a vida.

Esse ano vamos realizar o Crie O Impossível no Mineirão em Belo Horizonte para 10 mil alunos de escolas públicas e, no Itaquerão em São Paulo, para 10 mil alunos de escolas públicas. Você tem noção, o significado pra gente que começou nosso projeto se reunindo na praça por não ter sede, fazendo vaquinha pra pagar passagem de ônibus, de realizar o maior evento para alunos de escolas públicas do país esse ano?

Estamos crescendo aos pouquinhos com muita ajuda de quem compartilha do nosso propósito de formar uma nação de jovens realizadores e transformar uma cultura, uma pessoa de cada vez.



Por isso, queremos dizer para você, Jamile Coelho, muito obrigada por ter apoiado o Embaixadores da Educação com todo seu coração e alma e para o grupo Mulheres do Brasil em nome da Luiza Helena Trajano: muito obrigada por permitirem e viabilizarem essa conexão que nos gerou tanto valor.

Anotem: O Embaixadores da Educação será a organização social que mais despertará jovens brasileiros de escolas públicas para o protagonismo nos próximos anos e vocês são parte dessa história. Obrigada. De coração.

Com carinho,

Guilhermina Abreu

Co-fundadora Embaixadores da Educação"

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Livro "A Menina Que Guardou o Sorriso" retrata a importância da Educação Emocional


"E assim, sem sorriso, ela saiu para um passeio. Aos poucos percebeu que tudo estava diferente. As ruas pareciam sem vida. O céu estava cinzento. A escola estava vazia. Não havia cores, nem luzes, tampouco graça naquele dia. Pensou no sorriso, escondidinho lá no armário. Então, ela decidiu que voltaria o mais rápido possível e colocaria o sorriso de volta no rosto. Será que ela conseguiu?"

O livro A Menina que Guardou o Sorriso (Companhia Editora Nacional), escrito por Paula Bravo e com ilustrações de Jefferson Galdino, é uma excelente leitura com foco na educação emocional.

Compartilho o vídeo de apresentação da autora e da obra. Vale a pena conferir: 


Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

5 dicas para estimular seu filho a aprender e estudar com "brilho nos olhos"



Quer saber maneiras de estimular seu filho a aprender e estudar com "brilho nos olhos"? Confira abaixo um resumo de cinco dicas fundamentais. E deixo também meu convite para você clicar AQUI e assistir ao vídeo da minha aula completa sobre o assunto.

1 - ESTILO DE APRENDIZAGEM PREDOMINANTE

Descobrir qual a é forma de aprender e estudar que tem a ver com o perfil e incentivar o filho a explorar formas diferentes de lidar com aquilo que quer aprender. Fazer experiências e conversar sobre elas, destacando o que achou fácil ou difícil, chato ou legal. 

Auditivo: explorar vídeo-aulas. 

Visual: mapas mentais, painel virtual ou presencial no quarto com tudo que está aprendendo. 

Sinestésico: vivenciar técnicas de estudo e diferentes formas de construir seu aprendizado. Construir um protótipo, fazer com post-its um brainstorming (junção de ideias espontâneas) sobre o tema e depois organizar o assunto.

2 - APRENDER COM PRAZER

Relacionar o que está aprendendo com atividades prazerosas. Se está estudando o Egito, por exemplo, busque um filme para assistirem juntos e comentarem. Vale também apostar em documentários, museus interativos. Mas tudo isso precisa estar relacionado às áreas de interesse ou inteligências mais fortes. Há sempre um caminho de interesse para explorar aquilo que está sendo aprendido ou estudado. 

3 - VOCÊ E O PROFESSOR

Escolha algo que quer aprender e que seu filho domine para que ele seja seu professor. Que tal algum assunto relacionado à tecnologia? Fazíamos no Espaço Educacional, uma vez ao mês, um encontro em que os alunos davam aula para os professores sobre o assunto que quisessem ou que gostassem e era um sucesso. Isso trabalha a comunicação e a autoestima. 

4 - CELEBRE AS CONQUISTAS

Reforce positivamente cada conquista valorizando o processo, o esforço, o empenho e não apenas o resultado. Saia para tomarem um lanche só os dois, algo que mostre uma atenção especial como celebração. 

5 - CANAL DE CONFIANÇA PARA FALAR SOBRE SENTIMENTOS

Crie um canal de conversa para que o filho possa falar do professor que ele não gosta, da matéria que acha chata ou de algo que gosta muito, sem entrar no julgamento. 

Deixe que ele se expresse. Escute e apenas acolha validando esses sentimentos. Compartilhe algo que viveu parecido com aquela situação para criar proximidade e acolhimento. 


Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

quarta-feira, 10 de julho de 2019

Educação Emocional: O aprendizado da bicicleta sem rodinhas


O meu principal objetivo neste momento é levar a Educação Emocional à família e à escola. O texto que compartilho hoje é uma reflexão de uma mãe sobre a conquista da autonomia do filho. Já passou por algo parecido? Confira:

O aprendizado da bicicleta sem rodinhas
Texto de Priscilla Almeida, publicado no site Parents Like Me

Eu sempre achei que para ser presente na vida dos meus filhos tinha que participar ativamente de todas as etapas da vida, como dar a primeira papinha, ajudar a andar, ensinar a andar de bicicleta. E confesso que levaram-se uns 3 anos para eu amadurecer a minha participação na vida de cada um.

Quando o Miguel começou a andar, ele queria andar sozinho, agarrava-se no sofá ou qualquer coisa que estava a sua frente para sentir as pernas tocarem o chão, até encontrar o seu próprio equilíbrio. Eu queria tanto participar daquele momento que prontamente já pegava a mãozinha dele e dizia como deveria andar.

Não imaginava que equilíbrio não dá para ensinar, precisa-se sentir. Ele já sabia disso! Ficava nervoso quando interrompia o processo dele de caminhar com as próprias pernas e eu imatura me distanciava frustrada sentindo que não era boa o suficiente.

Por muitas vezes, quando ele caiu no chão e me procurava para ajudá-lo, eu apenas o repreendia, dizendo: “Filho, você caiu porque não quis a minha ajuda”.

O tempo foi passando e fui percebendo que meus filhos tinham uma forma pessoal de vivenciar as suas experiências e que não eram as mesmas que a minha. Eu precisava lapidar a minha forma de significar a minha participação na vida deles como mãe. Incentivá-los a superar os desafios sozinhos, se assim o queriam, porém deixar um canal aberto para que pudessem compartilhar comigo as alegrias e tristezas.

Aos 4 anos, Miguel ganhou um patinete. Me perguntou como faria para usá-lo e no meio da minha explicação, que ele não prestou atenção, parou para observar um amigo no parque no patinete e foi imitá-lo. Deu certo e comemorei junto com ele. Idas e vindas, veio uma queda e um choro.

Cheguei perto e ele me repreendeu: “já sei o que você vai falar, que eu não pedi a sua ajuda e por isso eu caí”. Confesso que foi um misto de sentimentos na hora em que ouvi. De tristeza porque ele já estava condicionado a ser repreendido por mim e de alegria, porque era a primeira vez que eu de fato não estava indo repreendê-lo e sim me colocar a disposição para ajudá-lo como ele queria.

Ao relatar esta história, eu posso lembrar com nitidez a emoção do abraço dele ao perceber que eu estava ali sem julgá-lo, apenas para apoiá-lo. Inconsciente neste momento eu percebi que o meu papel de mãe era estar presente e compreendê-lo nas mais diversas experiências que a vida proporcionaria.

No dia 22 de maio, ele completou 6 anos de idade e colocou na cabeça que iria aprender a andar de bicicleta sem rodinhas. Meu marido e eu começamos a arquitetar quais os lugares levá-lo, se tiraríamos primeiro uma das rodinhas para ele acostumar e depois ficaria sem as duas, e por aí vai. Ao mesmo tempo, deixamos fluir.

Sexta feira passada fomos ao parque. Todas as crianças brincando nos brinquedos, ele senta na grama próximo a pista e começa a observar os que passeavam de bicicleta. Investiu alguns minutos. Pedia para os amigos pararem a bicicleta para saber o que faziam com as mãos e os pés ao frear. Pediu à uma amiga emprestar a bicicleta e ela se prontificou a empurrá-lo para pegar impulso.

Escutei o meu coração e permaneci no mesmo lugar, só observando lindamente a forma dele tentar andar de bicicleta. Uma, duas, três, dez vezes tentando encaixar os pés nos pedais para movimentá-los, mas sem sucesso. Parou novamente, chega um amigo mais próximo caminhando e ele pede para o amigo andar calmamente na frente dele com intuito de entender como pedalava.

Chama a amiga novamente, pega a bicicleta emprestada e mais um empurrão. Cambaleando de um lado e de outro, frio na barriga, ele encaixa os pés no pedal, movimenta-os em círculos, abra um sorriso imenso no rosto, grita “mãe” e começa a andar de bicicleta.

Por alguns segundos pensei que não havia o ajudado em nenhum momento, mas depois pensando bem, o ato de ter administrado a minha ansiedade, ter escutado meu coração e dado a liberdade para ele aprender do jeito dele, foi a minha melhor participação. Levantei-me, ele abaixou o rosto com um sorriso que não se continha e, eu disse: “estou muito feliz por sua conquista e mais por estar ao seu lado agora”. E nos abraçamos orgulhosos de nossas atitudes.

Eu aprendi que participar muitas vezes é estar presente sem interferir, sorrir com os olhos reforçando que está feliz pela conquista dos meus filhos e buscar compreender a autonomia que eles necessitam para vivenciar o mundo. Também aprendi que muitas respostas que eu busco estão todas ao meu redor, esperando somente eu observá-las com mais atenção e intenção clara.


Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

quinta-feira, 4 de julho de 2019

Perfil Cognitivo: Teste de autoconhecimento é uma mapa do seu potencial


O teste online do Perfil Cognitivo (clique aqui para fazer o teste gratuito) já foi realizado por mais de 6 mil pessoas! A ferramenta alcançou homens e mulheres de todas as faixas etárias, de quase todos os Estados do Brasil e até de outros países. A proposta é difundir o AUTOCONHECIMENTO e empoderar cada um de vocês.

A análise do banco de dados do teste foi realizada por Isabel Villalobos em novembro do ano passado. A primeira visão que o gráfico abaixo nos traz é que todos temos um potencial em todas as áreas do perfil, ou seja, o resultado não é um rótulo, mas um potencial em movimento. Esse potencial é desenvolvido a partir das experiências que, com sabedoria, a vida nos traz.

Confira as conclusões obtidas a partir da comparação entre os resultados de homens e mulheres:



- Nos estilos de aprendizagem, os homens são mais auditivos que as mulheres e, nos estilos de raciocínio e comportamento, são mais lógicos e habilidosos

-Nos estilos de aprendizagem, as mulheres são mais visuais e sinestésicas e, nos estilos de raciocínio e comportamento, elas são mais interativas e organizadas. 

- Vale destacar que homens e mulheres têm em comum um estilo predominante do lado esquerdo e outro do lado direito do cérebro, demonstrando potencial para aprender a resolver problemas acessando o aspecto racional (LE), que nos conecta com a realidade que nos rodeia, e o aspecto emocional (LD), que nos conecta com o nosso mundo interno e de outras pessoas. Aprender a transitar pelos hemisférios cerebrais na solução de problemas, equilibrando razão e emoção, é um exercício que desenvolve a Inteligência Emocional.


Sobre Isabel Villalobos - responsável pela análise do banco de dados do Perfil Cognitivo
Engenheira agrônoma de formação, trabalhou mais de 20 anos com avaliações de impacto ambiental. Há 18, guinou sua atuação para educação, área na qual obteve seu doutorado pela Universidade de São Paulo. 

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.