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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Lições valiosas sobre a importância da empatia na escola



Confira abaixo lições valiosas sobre a importância da empatia na escola. O texto é do HuffPost Brasil:

Uma sala de aula com alunos e professores pode ser a faísca de muitas revoluções pessoais, em vez do automático ensino-aprendizado esperado pela sociedade.

Ser uma faísca transformadora da realidade é o grande desafio das escolas, cada vez mais pressionadas a formar alunos que gerem resultado e correspondam à produtividade exigida do mercado de trabalho. Quando o olhar é transferido para o desempenho, dificilmente se consegue focar na pessoa, no indivíduo.

"Você tem que ser o melhor, você tem que passar no vestibular, você tem que responder a uma sociedade e a escola muitas vezes esquece que, para educar, a gente precisa mais do que papel e lápis", afirma Sônia Ribeiro, líder da Escola Comunitária Luiza Mahin, em um evento sobre empatia promovido pela iniciativa Escolas Transformadoras.

"Como é que a gente pode ser empático se a gente não olha o outro porque a gente não sabe se olhar?", questiona Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria.

Em momentos como o que vivemos, a empatia na educação se torna um elemento crucial: Sem ela, a comunicação e os laços entre professores, alunos e colegas de classe ficam frouxos, sem espaço para a compreensão ou para a solidariedade.

A empatia permite que enxerguemos a perspectiva de outra pessoa – e isso pode ser extremamente benéfico para nossos relacionamentos e ajuda a aliviar nosso estresse.

"Empatia é sentir no lugar do outro, é sentir pelo outro, sentir com ou como o outro", assinala Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação e professor da Universidade de São Paulo.

"Se o educador não for capaz de se colocar no lugar do educando, dificilmente eles vão criar o vínculo necessário para que o processo de educar se realize", alerta Helena Singer, diretora nacional de inovação do Sesc.

"Vamos parar com essa história de a educação ficar atrás do mercado de trabalho. É por isso que a empatia desapareceu", decreta a psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão.

Singer lamenta:

"A estrutura escolar não favorece a empatia com o sentimento daquele que é estudante, seja criança, adolescente ou adulto. É perfeitamente possível escolarizar sem empatia e eu acho que essa é uma consequência grave."

Silvia Lignon Carneiro, fundadora da Escola Transformadora Amigos do Verde e do Instituto Sementes ao Vento, de Porto Alegre (RS), tem um palpite:

"O fato é que a gente está em uma sociedade competitiva muito dura, e durante a vida a gente vai perdendo essa nossa sensibilidade."

Entre sensibilidades perdidas e dificilmente procuradas, a empatia mostra seu poder na rotina. Ribeiro, de Salvador, lembra do dia em que esqueceu de preparar o lanche para o filho levar para a escola. Ele estuda no mesmo estabelecimento onde ela trabalha. Então ela foi até a sala de aula entregar o suco para o garoto, mas ficou receosa porque apenas ele receberia o lanche, enquanto as demais crianças ficariam olhando. O menino recebeu o suco e o bebeu.

"À noite, a gente conversando, eu disse a ele ‘fiquei com vergonha’. Sem eu sinalizar qual tinha sido a minha vergonha, ele falou ‘eu também’. Aí eu disse, ‘de quê?’. E ele disse ‘do suco’. Eu questionei, 'do suco?' 'Sim, porque quando fui bebendo, eu pensei ‘por que só eu?’.

Foi nessa hora que, emocionada, Ribeiro percebeu que o trabalho da escola estava dando certo. "Uma criança de 5 anos se incomodar como o fato de que, naquele calor de Salvador, só ele está bebendo suco, é empatia."

O evento reuniu pesquisadores, educadores e jornalistas para discutir sobre o cultivo da empatia nas escolas. O Escolas Transformadoras é uma comunidade global que tem como objetivo identificar, conectar e apoiar escolas com práticas inovadoras e fortalecer a visão de que todos podem ser transformadores da realidade.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Psicólogos de Harvard revelam: Pais que criam "boas" crianças fazem estas 5 coisas



Psicólogos da Universidade de Harvard vêm estudando o que torna uma criança bem criada nestes tempos de mudanças. Confira cinco dicas listadas pelos especialistas e publicadas no site O Segredo:

1 - Passe tempo com seus filhos

Passar o tempo com seus filhos significa deixar tudo de lado por um tempo, ler um livro, chutar uma bola, caminhar com ele, ou apenas jogar um jogo à moda antiga. Em termos mais simples, isso significa que você interage com sua criança. Estas são as coisas das quais vão se lembrar. Elas vão se esquecer do que você comprou. Só querem passar mais tempo com seus pais.

2 - Fale com eles

De acordo com os pesquisadores de Harvard, “Mesmo que a maioria dos pais diga que o cuidado com seus filhos é uma prioridade de topo, muitas vezes as crianças não estão ouvindo a mensagem.” Passe tempo com eles para descobrir o que está acontecendo em sua vida. Verifique com professores, treinadores. Descubra se há uma mudança em seu comportamento. Permita que seu filho se sinta confortável para vir e falar com você. Seu filho precisa saber que é a prioridade em sua vida. As crianças necessitam de confirmação através de palavras. As palavras são importantes. Converse com elas e compartilhe suas histórias sobre a escola, trabalhos de casa, amigos, e assim por diante.

3 - Mostre ao seu filho como resolver problemas sem estressar sobre o resultado

Um dos maiores presentes que você pode dar ao seu filho é a capacidade de analisar e resolver problemas. Deixe seu filho decidir por si mesmo o que ele quer. Você não pode resolver seus problemas o tempo todo. É saudável lhe permitir experimentar a vida através de suas próprias lentes. Conquistas são importantes e, ao permitir-lhe determinar o que quer, você está o presenteando com a consciência.

Você quer criar um adulto produtivo. Permita que ele venha até você e compartilhe seus problemas, e oriente-o a fazer as melhores escolhas possíveis. É difícil dar um passo atrás como e ver seu filho cometer um erro. Mas faz parte da aprendizagem e da evolução da nossa humanidade.

Rick Weissbourd, que conduziu o estudo, diz: “Estamos muito focados na felicidade de nossos filhos. Estamos fazendo-os se concentrarem apenas em casos de sucesso?” A pressão para a realização pode ter muitos resultados negativos”, diz Weissbourd, que é codiretor do projeto.

4 - Mostre a sua gratidão a seu filho regularmente

Os pesquisadores dizem que “os estudos mostram que pessoas que praticam o hábito de expressar gratidão são mais propensas a serem úteis, generosas, compassivas, felizes, saudáveis e perdoarem com mais facilidade.” Os pais devem dar tarefas aos seus filhos e, em seguida, expressarem gratidão por suas realizações. É importante que as crianças vejam que a gratidão é um dom notável. Sempre que fizerem algo, honre-as e reconheça-as pelo seu desempenho.

Como pais, é nosso devem ensinar nossos filhos a serem compreensivos e compassivos para com os outros. As crianças aprendem pelo exemplo. Leve-as a um abrigo. Permita-lhes testemunharem como têm sorte de terem uma casa. Ajudar seus filhos é não apenas dar-lhes uma chance de serem adultos surpreendentes, mas também remover o preconceito da intolerância e diferenças. Tudo começa em casa.

5 - Ensine seus filhos a expandirem a sua visão

Isso remonta à mostrar-lhes gratidão. Deixe seu filho experimentar o mundo através de sua compaixão. Os pesquisadores dizem que “quase todas as crianças empatizam e se preocupam com seu pequeno círculo de familiares e amigos.”

Ensine seu filho a ser um bom ouvinte, a interagir sem o uso de tecnologia, ser compreensivo com outras pessoas fora de sua família, e não julgar qualquer pessoa com base em sua religião ou nacionalidade. Estamos em tempos cruciais da evolução humana, e esta nova geração tem a capacidade de ser mudar o nosso mundo. Expor seu filho a diferentes culturas ajuda a desenvolver uma pessoa amorosa, gentil e feliz.

Você é responsável por criar almas amorosas. Ajude-as a navegarem neste mundo através da compaixão, amor e bondade.

“Criar uma criança respeitosa, carinhosa e ética sempre foi um trabalho árduo. Mas é algo que todos nós podemos fazer. E nenhum trabalho é mais importante ou mais gratificante.”