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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Qual o maior prazer?



Qual é a relação entre aprendizado e prazer em sua vida? Confira texto reflexivo sobre o assunto, assinado por Eliana Gavioli:

Música, sexo, gastronomia, turismo, leitura, consumismo seriam as respostas mais comuns a esta pergunta, mas com certeza podemos nos surpreender com a variedade de respostas obtidas. As pessoas realmente conseguem tirar prazer das mais variadas atividades. 

Acontece, que em geral, por mais prazerosas que sejam estas atividades, elas sempre implicam em restrições de toda ordem. Umas mais e outras menos, mas sempre está presente algum fator estraga-prazer, tentando, de alguma forma, restringir o nosso prazer. 

Para algumas, é preciso ter idade para poder começar. Para outras, depois de certa idade já não tem a mesma graça. Existem aquelas que exigem uma boa saúde, e aquelas que sem companhia, perdem totalmente o encanto. Atividades existem que são muito dispendiosas e outras que não se deve realizar em qualquer lugar. E outras ainda são limitadas no tempo de duração.

Com tantas restrições, parece que a vida vai ficando muito curta e os momentos de prazer escassos e fugazes. Assim é preciso descobrir uma maneira inteligente e criativa, para tentar tirar da vida o que ela tem de melhor. 

É extraordinária a experiência de assistir ao processo de desenvolvimento de uma criança. As tensões do dia se desvanecem, assim que adentramos em casa, ao contemplar o balbuciar das primeiras palavras ou assistir ao ensaio dos primeiros passos. É interessante observar que, ninguém está absolutamente preocupado, com o fato de as palavras serem pronunciadas de forma errada ou que o passo possa terminar em um tropeço, que de imediato é amparado por mãos amorosas.

O prazer de aprender acontece de uma forma intensa, completa e inebriante, tanto para a criança, quanto para os pais. Em nenhum momento, os pais se preocupam com a possibilidade do filho falar errado pelo resto da vida ou viver aos tropeções. 

No entanto, este prazer começa a diminuir consideravelmente, quando as novas aprendizagens começam a implicar em fatores determinantes para o futuro sucesso ou fracasso da criança.

É neste ponto que a porca torce o rabo, afinal, quem é que não quer ver o filho formado, bem empregado e realizado? Assim, quando a criança, traz pela primeira vez a famigerada lição de casa, o prazer de aprender começa a ir pro brejo. 

Todos nós passamos por isso, e às vezes levamos toda uma vida para resgatar aquele que pode ser o maior prazer experimentado pela espécie humana. Sim, porque analisado à luz das restrições, aprender é o campeão disparado, entre todos os outros prazeres. 

Desde o primeiro sopro de vida, e mesmo antes disto, até o último suspiro, podemos aprender. Pessoas aprendem até durante um estado de coma profunda.

Mesmo sem saúde, com a perda da visão, da audição e da fala, podemos aprender. 

Aprendemos através da influência de um professor, em meio a um grupo ou sozinhos, como autodidatas. Aprendemos sem a necessidade de recursos, pois podemos aprender observando a natureza ou o comportamento das pessoas. Podemos aprender sempre, desde a hora em que acordamos e até enquanto dormimos. E aprendemos em qualquer lugar.

O processo de aprendizado parte de um estado de ignorância sobre algum assunto, e através do esforço despendido em direção ao conhecimento, nos dá convicção acerca da nossa própria capacidade, além de coragem para enfrentar novos desafios. O conhecimento obtido não ocupa espaço, não exige esforço para ser mantido, nos dá uma maior qualidade de vida e quase sempre implica em ganhos monetários que ao serem investidos, permitem que possamos usufruir de todos os outros prazeres. 

Então, a pergunta que fica é: Como anda a sua relação com o processo de aprendizado e todo o prazer que ele pode te proporcionar?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Projeto Alfabetização Emocional


O Espaço Educacional realizou o Projeto Alfabetização Emocional (PAE) com crianças do Centro de Criança e Adolescente (CCA) Santa Teresa de Jesus. Confira detalhes sobre a proposta e os ótimos resultados:

O Projeto Alfabetização Emocional nasceu para materializar a importância da inteligência emocional em nossa vida, não importa a faixa etária.

Ele representa o conceito de Educação para a Vida, pois o aprender e o ensinar só acontece quando estamos envolvidos emocionalmente na situação e, da mesma forma que pode estimular o nosso aprendizado, pode também bloquear.

O aprender nos acompanha desde a infância até a maturidade. Estar vivo é manter o brilho nos olhos para aprender em qualquer situação. 

A vida é composta de experiências com erros e acertos, que acionam imediatamente nossas emoções. E estas emoções precisam ser expressadas de diferentes formas para que aprendamos a lidar com elas de forma saudável. 

Aprender a olhar para dentro de si mesmo e acessar pensamentos e sentimentos (Inteligência intrapessoal) e aprender a se colocar no lugar do outro, com empatia, (inteligência interpessoal) é desenvolver a nossa inteligência emocional.

O nosso desafio é trabalhar a alfabetização emocional da infância à maturidade.

Aprendendo com as emoções (resultados)


Medo (dobradura ou origami)
Curiosidade
Aprender com curiosidade, desconstruindo o medo de errar.


Alegria (Cartaz da alegria - recorte e colagem)
Entusiasmo
Brilho nos olhos e motivação em uma situação colaborativa de aprendizado.
Raiva (argila ou massinha - modelagem com as mãos)
Determinação
Persistência para conseguir o que se deseja.

Tristeza (instrumento musical personalizado)
Acolhimento
Capacidade de acolher e expressar a tristeza para transmutar.

Afeto (mandala - dança circular)
Colaboração e união
Aprender a tecer relações com afeto e a construir uma rede de colaboração e união entre as pessoas.

Eu, o outro e a energia das emoções (O que meu nome fala de mim? / Ikebana)
Autoestima, doação e desapego
Aprender a compartilhar, a doar e a desapegar.
Complementos



quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Como lidar com os erros


Como você lida com os erros que comete? Você não os aceita? Pois saiba que encará-los e transformá-los em oportunidade de aprendizado é o caminho para crescer. Esse é o assunto de um texto publicado no site Itaú Mulher Empreendedora. Confira a reflexão:

Errar faz parte! Errar é humano! É errando que se aprende! Quantas e quantas vezes ouvimos essa frase durante a nossa vida, desde crianças. Mas apesar disso, depois de adultos, o erro passa a nos assustar e paralisar. Vivemos uma época em que se cultua o sucesso, as pessoas compartilham o que deu certo, mas, por vergonha, não mencionam os erros cometidos no meio do percurso. É preciso mudar essa postura. Afinal, não há empreendedor que não tenha errado em algum momento. A grande questão é a forma como se encara o insucesso.

Para entender melhor essas questões, conversamos com a educadora Georgya Correa, que há 11 anos fundou, com as sócias Rosa Bertholini e Elaine Naldi, a escola Teia Multicultural. “Valorizamos a educação integral do indivíduo para desenvolver os aspectos emocionais, físicos e cognitivos. Assim, ao invés de apresentar conceitos que devam ser repetidos, fazemos perguntas e os alunos chegam às suas respostas, investigam, descobrem, experimentam, desenvolvendo esses conteúdos de maneiras bem diversas, com prática e registro sistematizado”, conta. Confira, aqui, o que esta expert em educação pensa sobre os erros e acertos da vida.

Você concorda com o ditado: “É errando que se aprende”?

Georgya Correa: Sim. É no exercício do experimentar, perceber o que deu errado, o que não funcionou ou aonde erramos que podemos nos rever, repensar nossos conceitos e nossa prática, transformar o que estava inacabado, incompleto ou errado. Somos todos seres inacabados, em constante aprendizagem e transformação. Quando tomamos consciência dessa verdade e aceitamos nossas imperfeições, podemos melhorar.

Isso é possível de se observar facilmente no dia a dia das crianças, mas também na rotina dos adultos. Estamos sempre aprendendo, revendo, buscando outras maneiras para conseguir chegar aos nossos objetivos. Na nossa história como empresárias, por exemplo, constatamos a importância de repensar estratégias. Quando inauguramos a Teia e nos submetemos à aprovação na Diretoria de Ensino, a Educação Infantil foi aprovada, mas o Ensino Fundamental não. Funcionamos com mandato de segurança e chegamos quase a desistir. Mas resolvemos persistir, rever algumas coisas, reorganizar outras e entramos com o pedido para autorização novamente. Fomos aprovadas e hoje servimos como modelo e fomos indicadas como uma escola Integral e Inovadora pelo MEC.

Até que ponto errar é humano e os erros norteiam o nosso aprendizado? Quando podemos notar que extrapolamos e é hora de parar?

Georgya Correa: Acredito realmente que o erro faz parte da construção, do aprendizado, do crescimento. Mas é essencial aprender com os erros, caso contrário a insistência se torna rebeldia, perde o sentido. A melhor maneira de verificar se estamos no caminho certo é observar os resultados. Analisar se eles estão de acordo com o nosso propósito, com aquilo que acreditamos e almejamos.

Como fazer dos erros um aprendizado realmente eficaz?

Georgya Correa: Tendo, em primeiro lugar, abertura para olharmos para nós mesmos, com tranquilidade, para perceber o que sabemos e onde temos dúvidas e precisamos de ajuda. Essa ajuda pode vir de um estudo, um amigo, um orientador. Percebendo o erro, sem se culpar, apenas aceitando os limites pessoais, procurar ultrapassá-lo. Para ultrapassá-lo é preciso experimentar um novo caminho, talvez outra maneira de fazer a mesma coisa. Algumas vezes, como na escrita de uma criança recém alfabetizada que escreve “caza”, a palavra escrita está certa, o erro está apenas em uma letra! Ou seja, é importante relativizar os erros e fracassos, olhar sobre outra perspectiva.

Então, fica a dica: ao invés de “jogar a toalha” diante do fracasso, aproveite a oportunidade para repensar as estratégias, rever suas escolhas e reavaliar o seu negócio. O erro pode – e deve - ser uma ótima oportunidade de aprendizado. E para a sua empresa crescer e amadurecer, faça um exercício de perseverança. Cair e levantar inúmeras vezes, encarar o não de frente, recomeçar e recomeçar, como fazem as crianças.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

É possível potencializar o aluno? - Entrevista com Jamile Coelho para revista Mestres +


Como melhorar o aprendizado? A proposta do Espaço Educacional é buscar o autoconhecimento por meio do Perfil Cognitivo para saber as habilidades e dificuldades de cada um, ajudando a construir um projeto de estudo personalizado. Jamile Coelho, diretora do EE, deu uma entrevista sobre o assunto à revista Mestres +. Confira trechos da reportagem:

Na teoria, os estudantes são relativamente iguais nas instituições escolas. Recebem a mesma atenção, assistem às mesmas aulas e enfrentam as mesmas cobranças. Na prática, a verdade é bem diferente. Cada aluno tem características peculiares e responde de uma maneira específica aos estímulos. Alguns aprendem com maior facilidade escutando o professor falar em sala de aula, outros reagem melhor quando têm apoio de algum material visual e, por fim, há aqueles que têm maior desenvoltura por meio da interação. Esses são, de maneira resumida e simplificada, os três perfis (auditivo, visual e cinestésico) que integram o Perfil Cognitivo dos indivíduos.

Basicamente, é a partir destes modelos que as informações são processadas pelo cérebro. Claro que um deles sempre predomina nas potencialidades. Mas, se são tantos alunos numa mesma sala de aula, com os perfis de cada indivíduo, como diferenciá-los e potencializar as suas habilidades?  A situação ficou complexa, certo?

Pois é a partir de agora que tudo passa a fazer sentido, como explica Jamile Coelho, que dirige o Espaço Educacional, de São Paulo. A instituição busca analisar os alunos em suas diferentes necessidades. São alunos novos, a partir dos seis anos, até os mais maduros, na terceira idade. O objetivo é identificar o indivíduo. E, a partir destas informações, conseguir ampliar o aprendizado. "É fundamental que o estudante se conheça. O ideal é que a escola faça isso. Porque, somente olhando o perfil cognitivo de cada um, será possível realmente trabalhar as habilidades e potencializar o ensino", destaca.

Com mais de 45 anos de experiência na área de educação, Jamile afirma que parte da dificuldade das escolas em tornar o aprendizado atrativo é por não conseguir estabelecer essa relação com o aluno. "Imagine uma sala de aula em que o professor está explicando um determinado conteúdo. Para os alunos auditivos (que representam em média 20%), esse modelo serve perfeitamente. Ele escuta e grava a informação. Só que os outros 80% acabam tendo dificuldades porque precisam de outros elementos para aprender", enfatiza.

No Espaço, o conceito mais valorizado é o de "personificação" do aluno. "As pessoas começam a perceber que todas têm habilidades e dificuldades. Assim, juntas se complementam", diz Jamile. E o resultado desse processo é a qualidade do aprendizado. E para ela, essa é a chave para melhorar o aproveitamento dos alunos e a qualidade do ensino.