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sexta-feira, 25 de julho de 2014

Jornada da Inovação e Espaço Educacional


Neste mês de férias, a direção e vários professores do Espaço Educacional participaram da Jornada da Inovação em busca de práticas inovadoras, como DESIGN THINKING, para começar o segundo semestre com muita criatividade e sinergia.

A ideia é que a Jornada da Inovação continue dentro do EE. Vamos repensar o ambiente físico para favorecer a aprendizagem e abrir espaço para inovação. Lançaremos um novo projeto coletivo com o nome de DESCONSTRUA, para construir de forma inovadora. Na recepção interativa, alunos, professores, pais e funcionários vão poder colocar suas sugestões em post-its no painel, participando de forma ativa deste processo.

Vamos repensar as salas de aulas, transformando-as em ambientes de aprendizagem. Divisórias vão cair e, com as sugestões de todos, nossa jornada de transformação terá seqüência.

O Design Thinking será uma de nossas ferramentas na construção dos projetos para explorar a riqueza do ser humano que traz sua bagagem de experiências e habilidades para construir algo inovador. 

As ferramentas colaborativas digitais,  como trello, lino, mind maps, entre outras, estarão presentes nas aulas, em que uniremos a riqueza do presencial com o virtual. Aprendemos que presencial e virtual precisam andar de mãos dadas.

O trabalho continuará sendo personalizado com a ferramenta Perfil Cognitivo para exploramos o estilo de aprendizado do aluno (visual, auditivo ou sinestésico) e utilizarmos os hemisférios cerebrais (razão e emoção), resolvendo assim problemas e desenvolvendo os temas estudados por áreas de interesse e habilidades, baseando-se nas inteligências múltiplas de Gardner.

Dessa forma, estaremos desenvolvendo as competências socioemocionais - autoconhecimento, autonomia, criatividade, colaboração e valorização do ser humano - que sempre estiveram presentes em nossa missão: Educar com competência, criatividade e afetividade.

Tudo isso porque acreditamos que educar é antes de tudo um ato de amor.

Veja depoimento sobre a Jornada da Inovação no blog do Gustavo Torres

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Sugestão de Leitura: "Eu Sou Malala"



A sugestão de leitura é o livro "Eu Sou Malala". A pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional, selecionou trechos do livro e fez sua análise (em negrito). Confiram:

Ganhei o livro de meu filho e minha nora no Dia das Mães e, quando comecei a ler, não queria mais parar. Eu me encantei com a história de uma menina que já tinha conexão com sua intenção de vida desde muito cedo e que lutou contra adversidades de forma corajosa, carregada de amor e fé. Ela, como eu, acredita na educação como uma missão de vida. Estamos em países diferentes, em gerações diferentes, mas acreditamos na mesma coisa: que a educação é um ato de amor. Aprendi muito com a Malala e admirei a forma corajosa como enfrentou a escassez e a está transformando em abundância com sua história de vida.

"Malala Yousafzai nasceu em 1997, no vale do Swat, Paquistão, e chamou a atenção do publico ao escrever para a BBC Urdu a respeito da vida sob o Talibã. Em outubro de 2012, foi perseguida e atingida na cabeça por um tiro quando voltava da escola. Contrariamente às expectativas, sobreviveu e agora continua sua campanha por meio do Fundo Malala, uma organização sem fins lucrativos de apoio à educação de meninas em comunidades ao redor do mundo."

Uma garota que amava aprender e que soube lutar por aquilo que acreditava: que todas as meninas tivessem direito à educação. Quebrando paradigmas da cultura de seu país, que proibia as mulheres de estudar. Sempre se apoiando no exemplo de seu pai.

"Há um ano saí de casa para ir à escola e nunca mais voltei. Levei um tiro de um dos homens do Talibã e mergulhei no inconsciente do Paquistão. Algumas pessoas dizem que não porei mais os pés em meu país, mas acredito firmemente que retornarei. Ser arrancada de uma nação que se ama é algo que não se deseja a ninguém."

A minha intuição me diz que ela retornará ao seu país com uma liderança conquistada a partir de seu sacrifício de viver fora de sua terra natal e continuar lutando pelo que acredita.

"Hoje, quando abro os olhos de manhã, anseio por ver meu velho quarto, com as minhas coisas, as roupas todas no chão e os troféus que ganhei na escola nas palestras. Mas agora moro em um país que fica a cinco horas de distancia de minha querida terra natal, o Paquistão, e de minha casa, no vale do Swat."

Por mais conforto que se tenha, o valor das coisas está em fazer parte de nossa história e trazer a bagagem emocional que carregam. O valor está não no objeto, mas em seu significado pra nós.

"Meu coração sorri quando me lembro dos habitantes do Swat. Meu pensamento me leva até a escola e lá eu me reúno com minhas colegas e professoras. Encontro Moniba, minha melhor amiga, e nos sentamos juntas, conversando e brincando, como se eu nunca tivesse saído de lá. Então eu me recordo de que estou em Birmingham, Inglaterra."

Todas as lembranças carregadas de propósito de quem nunca teve nada fácil ficam guardadas no fundo do coração como se ele fosse uma mochila que carregamos com tudo que precisamos para sobreviver e correr atrás de nossos sonhos.

"No dia em que, nasci as pessoas da nossa aldeia tiveram pena de minha mãe, e ninguém deu os parabéns a meu pai. Vim ao mundo durante a madrugada, quando a última estrela se apaga. Meu pai não tinha dinheiro para o hospital ou para uma parteira; então uma vizinha ajudou minha mãe. Nasci menina num lugar onde rifles são disparados em comemoração a um filho, ao passo que as filhas são escondidas atrás de cortinas, sendo seu papel na vida apenas fazer comida e procriar."

Mesmo com toda esta cultura patriarcal que desvaloriza a mulher, nasce uma menina que veio para mudar e quebrar paradigmas. Uma menina que desde a infância já tinha clara a sua intenção de vida de lutar pelo direito à educação.

"Meu pai, Ziauddin, é diferente da maior parte dos homens pachtuns. Pegou a árvore e riscou uma linha a partir de seu nome, no formato de um pirulito. Ao fim da linha escreveu 'Malala'. Disse que olhou nos meus olhos assim que nasci e se apaixonou. Comentou com as pessoas: 'Sei que há algo diferente nessa criança'. Também pediu aos amigos para jogar frutas secas, doces e moedas em meu berço, algo reservado somente aos meninos."

Uma pessoa na família que nos ama e que nos enxerga além da aparência e que consegue ver a nossa alma por meio do brilho do olhar era tudo que Malala precisava para viver, crescer e lutar pelos seus sonhos com uma firmeza e convicção que só o amor nos dá. Tudo nasce de uma experiência de amor.

"Meu nome foi escolhido em homenagem a Malalai de Maiwand, a maior heroína do Afeganistão. Os pachtuns são um povo orgulhoso, composto de muitas tribos, dividido entre o Paquistão e o Afeganistão. Vivemos como há séculos, seguindo um código, que nos obriga a oferecer hospitalidade a todos e segundo o qual o valor mais importante é nang, a honra. A pior coisa que pode acontecer a um pachtum é a desonra. A vergonha é algo terrível para um homem pachtum. Temos um ditado: 'Sem honra, o mundo não vale nada'."

O seu nome Malala já era de uma heroína como que para prepará-la para sua missão frente à educação e as crianças que nascerem no Paquistão. E o código dos pachtun valorizando a honra e os valores morais era a base que ela precisava para construir a sua história.

"Meu pai contava a história de Malalai a toda pessoa que viesse à nossa casa. Eu a adorava, assim como amava ouvir as músicas que ele cantava para mim e a maneira como meu nome flutuava ao vento quando alguém o chamava."

Ouvir histórias na infância nos incendeia o coração e cria um terreno fértil para cultivar nossos sonhos. Assim foi com Malala que, ouvindo a história da heroína Malalai, já se identificava e aprendia a relacionar seu nome com música, histórias e lutas, preparando seu coração para a grande batalha que teria pela frente.

"Morávamos no lugar mais lindo do mundo. Meu vale, o vale do Swat, é um reino celestial de montanhas, cachoeiras generosas e lagos de água cristalina. Temos campos de flores silvestres, minas de esmeraldas, rios cheios de truta. As pessoas costumam chamar o Swat de Suíça do Oriente."

O amor pela natureza, identificando-se com ela e seu país, era uma outra forma de amor que a nutria por dentro, valorizando o lugar onde vivia.

"Minha mãe é muito bonita, e meu pai a adora. Trata-a como a um vaso de porcelana chinesa muito frágil, sem jamais encostar-lhe um dedo, ao contrario de como a maioria dos pachtuns trata as mulheres. O nome dela, Tor Pekai, significa 'tranças negras', embora seu cabelo seja castanho."

É impressionante que mesmo com uma forte identificação com o pai, não deixava de olhar de maneira especial sua mãe, traduzindo com palavras leves e carinhosas sua beleza e valorizando uma relação de respeito e de amor que havia entre os dois. Olhar cada pessoa com sua história e nos direcionarmos de forma amorosa, nos ajuda a enxergar o ser humano único, rico e verdadeiro que ali está. Esta atitude que na sociedade ocidental é tão pouco cultivada por causa dos julgamentos para Malala fluía naturalmente.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Parte 2 - Maneiras de preparar novas gerações para a vida



Nesta semana, vamos retomar o assunto sobre as melhores maneiras de preparar as novas gerações para a vida. Confiram abaixo mais algumas dicas da psicóloga Fernanda Furia, listadas em um artigo do site Porvir, e comentários (em negrito) da pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional: 

5 - Construir cidadania digital

“Cidadania Digital é o uso responsável e apropriado da tecnologia” (Mike Ribble-autor de “Raising a Digital Child”).

Cultura digital é um direito de todos, mas isso envolve responsabilidade. Portanto, as novas gerações precisam aprender a viver e a trabalhar nessa nova era de maneira ética e segura. É urgente a criação de programas escolares voltados para o uso adequado da tecnologia. Crianças e adolescentes precisam ter consciência dos riscos do universo digital e do impacto das informações publicadas na internet na vida deles.

Além disso, é importante que as novas gerações não só saibam utilizar as novas tecnologias, mas também conheçam a lógica dos computadores. Assim, estaremos formando cidadãos com mais autonomia digital e controle para criar ferramentas adequadas às necessidades do nosso mundo.

Está crescendo o número de iniciativas que incluem o ensino de programação nas escolas para promover a alfabetização digital.

A tecnologia nos trouxe uma nova realidade e as novas gerações precisam estar prontas para atuar nela. Por isso, a necessidade de incluir programação nas escolas e formar crianças e adolescentes para o uso da cultura digital de forma consciente e responsável.

6 – Repensar o ambiente físico escolar

Que tipo de ambiente escolar favorece o desenvolvimento das habilidades para o século 21? Espaços amplos, versáteis e com móveis modulares estimulam a colaboração e a interação entre os estudantes e professores. Inovadores educacionais não usam mais a palavra “sala de aula” e sim “ambientes de aprendizagem” ou “estúdios de aprendizagem”. A mudança na arquitetura das escolas reflete a transformação do conceito de ensinar e aprender.

Repensar o ambiente escolar para desenvolver as habilidades do século 21 e transformar as salas de aula em ambientes de aprendizagem é o nosso desafio. O Espaço Educacional já oferece um ambiente de aprendizagem fora do tradicional desde a sua fundação e cada ano reformulamos mais para associar a aprendizagem com produtividade e prazer. Temos o Espaço Interativo para criação de projetos de construção que unem uma área de interesse do aluno com o conteúdo estudado para fazer algo concreto que represente essa construção do aprendizado. E mais mudanças vem para o segundo semestre. Aguardem!

7- Capacitar professores

Professores e educadores no mundo todo estão sendo cada vez mais desafiados. Eles se encontram na linha de frente da educação, tendo de lidar com um cotidiano escolar difícil, cansativo e pouco valorizado. E agora precisam ainda se adaptar às novas tecnologias e usá-las de forma sensata e integrada ao contexto de cada escola.

Mais do que nunca, os professores necessitam de programas de capacitação para incorporar as novas práticas no cotidiano escolar.

No Espaço Educacional, temos capacitação dos professores de forma continuada o ano todo por meio de reuniões semanais e de treinamentos periódicos.

8 – Informar os adultos sobre a revolução na educação 

Ainda há uma falta de informação significativa por parte dos adultos sobre a revolução que está acontecendo na educação ao redor do mundo. Profissionais de diversas áreas, mesmo muito qualificados, muitas vezes nunca ouviram falar nas mudanças pelas quais os sistemas escolares estão passando. Essa situação é preocupante, pois são os adultos que vão contribuir para que essas mudanças se consolidem. Campanhas e ações criativas serão muito bem vindas para informar os adultos sobre as novidades na área da educação.

Informar os pais dessa revolução que está acontecendo é importante, pois muitas vezes eles estimulam que a escola continue nos padrões tradicionais que não preparam os jovens para resolver problemas no século 21.

9 – Proporcionar educação financeira aliada às emoções 

Muitas pessoas chegam na vida adulta sem nenhum preparo para se organizar financeiramente. Isto porque faltou um ensino mais estruturado sobre gestão financeira nos anos escolares. Mais ainda, faltou considerar as emoções na hora de lidar com dinheiro.

Ensinar uma criança a planejar seus gastos, a ter metas financeiras, a economizar e a ficar longe de dívidas é fundamental. Mas junto com tudo isso é necessário ensiná-la também que sentimentos como empolgação excessiva, ansiedade, preocupação e culpa acompanham e influenciam diretamente cada decisão ligada ao dinheiro. Aprender a controlar esses sentimentos previne inúmeros problemas financeiros ao longo da vida.

Educação Financeira tem muito a ver com as emoções como empolgação excessiva, ansiedade, preocupação e culpa. Equilibrar os hemisférios cerebrais é muito importante para lidar com as questões financeiras. Todos nós temos o lado direito do cérebro, que é emocional, e o lado esquerdo, que é racional. Para lidar com o financeiro, temos que trabalhar as emoções (que acabam gerando o desequilíbrio financeiro) para que o lado racional possa atuar adequadamente e equilibrar nossas finanças. A cultura do consumismo nada mais é do que atuar no aspecto emocional para levar a pessoa a comprar aquilo de que não precisa, ou seja, levá-la ao desequilíbrio financeiro e emocional.

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