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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Errar é aprender


Nesta semana, compartilho um dos tópicos do texto de Alex Bretas sobre errar e valorizar os erros que cometemos. Confira também minhas reflexões sobre o assunto:

ERRAR É APRENDER
"A forma mais ridiculamente evidente de começar um texto sobre erros é dizer que todo erro pode se desdobrar em um aprendizado. Porém, eu entendo que todo erro já é um aprendizado. Ao sermos capazes de identificar algo como “errado”, seja um erro nosso ou fora da gente, a percepção se transforma. Quando a percepção se transforma, ampliamos nosso terreno conhecido, isto é, aprendemos. Ainda assim, se vamos de fato implementar as consequências daquilo que aprendemos ao errar, ou se vamos insistir na atitude errada, cabe a nós decidir."

Minhas reflexões

Errar, identificar, entender o erro e analisar suas consequências já é um grande aprendizado. Só que hoje, ao fazer esta reflexão, tentei fazer o exercício de falar em primeira pessoa e sabe que não é fácil? 

Me peguei várias vezes voltando a utilizar o “nós” ou “a gente” de forma automática e fazia o caminho de volta. É muito mais fácil usar o ‘nós” do que o "EU". O eu é muito pessoal, expõe, desnuda e me mostra por dentro. E aí novamente aparece o medo, o medo que bloqueia e que impede de caminhar.

Por que então alimentar o MEDO que é o que bloqueia o processo do aprender na vida? Porque o medo ajuda que as pessoas e situações me controlem. Ele bloqueia o meu protagonismo, a minha autonomia e a minha liberdade de fazer escolhas a partir de quem verdadeiramente sou.

Para perder o “medo de errar”, preciso expressar o que sinto, desconstruir crenças e obter a minha permissão interna de continuar errando e acertando, mas aprendendo mais e mais. 

Isto me associa imediatamente ao conceito de “problema”, pois onde existe um problema aconteceu um erro, ou seja, alguma necessidade deixou de ser atendida. 

Quando as pessoas da minha geração - Baby Boomers - falavam em problema, imediatamente vinham ideias negativas na cabeça como dificuldade, sofrimento, porque entrávamos no “drama” e na posição de “vítima” muito facilmente.

À medida que fui vivendo, fui me desconectando desta crença porque comecei a perceber que a cada problema, a cada erro, eu crescia. Comecei a fazer foco no que eu ganhava de conhecimento e de experiência, e aquilo me fortalecia e me estimulava a prosseguir.

Fui aprendendo a conversar com os meus medos. E estes medos aparecem em vários aspectos de minha vida, porque foram sendo construídos por vários grupos sociais dos quais fiz parte: família, escola, religião. E nesta conversa interna, percebi que as pessoas, de forma consciente ou inconsciente, foram nos passando aquilo que receberam, acreditando que estavam fazendo o seu melhor. Portanto, aqui não cabe julgamento.

Só que chegou um momento que ganhei consciência de que eu sou o ponto de partida para que as coisas mudem, que eu posso escolher agir diferente daquilo que é considerado padrão. Eu posso escolher algo que faça sentido pra mim e me desligar deste piloto-automático que me levava às mesmas atitudes como se a vida ainda estivesse acontecendo no passado e não no momento presente. A sensação era de que o controle da minha própria vida não estava comigo. 

Só que o nosso caminho é único, pois cada um tem sua história de vida. Alguns medos venci mais facilmente, outros demoraram mais. E continuo nesta luta continua para não me perder de mim ao fazer escolhas alinhadas com quem eu sou e não com os medos que recebi e que continuo aprendendo a desconstruir no caminho da vida.

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