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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Conquista da maturidade


Seu filho é desorganizado e isso atrapalha a vida escolar? Ou se dispersa facilmente com TV, som, celular, computador e videogame, o que leva a notas baixas? Para ajudar na conquista da maturidade e autonomia, confira dicas da pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional:

- Os direitos e as responsabilidades fazem parte da vida, estão interligados e funcionam como um recurso lógico de “causa e consequência”. Foi criada uma ferramenta, o Plano de Ação e Reação – A conquista da maturidade, que vem sendo utilizada há anos com pais de alunos que frequentam o Espaço Educacional, com um resultado muito positivo. Tem como objetivo principal levar a criança ou o jovem a reconhecer que cada direito corresponde a uma responsabilidade e que essa é uma regra de vida, que funciona para todos da família, independente da idade.

- A proposta é conversar sobre o tema “direitos e responsabilidades”, exemplificando a partir das pessoas de casa. Faça uma lista com direitos e responsabilidades junto com seu filho. Relacione cada direito a uma responsabilidade por ordem de importância. Determine dia e horário para uma avaliação semanal. A cada avaliação, o filho perde, garante ou recupera o direito de acordo com o resultado, de forma objetiva, a partir do que foi combinado em conjunto.

- Não são os pais que estão dando um “castigo” ou “punição”, mas eles, os filhos, que estão perdendo um direito, por um tempo determinado, porque não cumpriram uma responsabilidade. Essa “perda” de direitos deve acontecer imediatamente após a avaliação e por um tempo razoável (uma semana), pois, caso contrário, perde o sentido.

- É importante ficar claro que o direito pode ser recuperado na semana seguinte, caso a responsabilidade correspondente seja cumprida. Essa perda de direitos por um tempo determinado favorece o entendimento de que toda ação conta com uma reação e que ela acontece em função de uma atitude. Logo, atitudes podem ser mudadas e direitos recuperados.

- Se o plano for feito em conjunto, com a participação do pai e da mãe, o efeito é melhor, pois somam-se forças e dividi-se responsabilidades. Os pais precisam acreditar para apresentar a proposta com firmeza e transparência.


- A disciplina no cumprimento do que é proposto, com dias e horários definidos para avaliação, é fundamental para que o plano de ação ganhe credibilidade; caso contrário cai em descrédito e não tem efeito. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O cérebro foi para a escola



“O cérebro foi para a escola” é o nome da reportagem da revista Época que diz que os professores de colégios públicos e particulares agora têm aulas sobre o funcionamento cerebral para desenvolver maneiras eficazes de ensinar (clique aqui para ler). Li e fiquei satisfeita ao constatar que estudos de Neurociência já estão sendo aplicados e experimentados na área educacional, uma vez que estamos trabalhando com esse assunto no Espaço Educacional desde 2007, com um enfoque menos científico e mais voltado para os hemisférios cerebrais.

A equipe do EE foi descobrindo os recursos que o estudo dos hemisférios cerebrais pode agregar ao processo de aprendizado promovendo o envolvimento emocional com o aprender, a motivação (Lado Direito do cérebro) e o domínio de técnicas de estudo (Lado Esquerdo do cérebro), que é sistematizar um processo que deu certo para ganhar em produtividade. 

Segundo Daniel Pink, durante décadas, o mundo priorizou o Hemisfério Cerebral Esquerdo. Hoje, após mais de três décadas de pesquisas sobre os hemisférios cerebrais, os neurocientistas concordam que os dois hemisférios se valem de métodos significativamente diferentes para governar nossas ações, compreender o mundo e reagir a tudo que acontece. Se transferirmos essas informações para a área educacional, podemos perceber que a educação seguiu a mesma trajetória, dando ênfase ao conteúdo e aos métodos.

E hoje, no século XXI, acontece a redescoberta do Hemisfério Cerebral Direito, com todas as suas funções como: criatividade, decodificação da expressão não-verbal ou emocional, capacidade de síntese, insights, entre outras. 

Foi a partir desse e de outros estudos que exploramos cada vez mais os estilos de raciocínio e de comportamento dos hemisférios cerebrais para personalizar o processo de aprendizagem no EE.