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domingo, 1 de outubro de 2017

Vale da Morte



Fiquei encantada com a lucidez e a capacidade de chegar ao âmago da questão de Betânia Tanure ao escrever o artigo "Vale da Morte". Resolvi fazer uma síntese com foco na forma como ela sugeriu percorrer esse vale, o caminho de mudança frente a crises, que todos nós passamos na vida pessoal e profissional, em determinados momentos de nossas vidas.

Acabei de ler o livro "A Arte da Aprendizagem Autodirigida", de Blake Boles, e me marcou muito a forma simples e didática do autor ao mostrar prisões e chaves que existem na maioria das situações que vivemos.

Portanto, pretendo unir as duas ferramentas que podem nos auxiliar a entender e atravessar o “vale da morte”, quando as mudanças precisam acontecer e não podem esperar mais.

Como percorrer o “Vale da morte” em uma situação de crise para atravessá-lo com a necessária agilidade e ajudar os que o cercam?

FASE 1- NEGAÇÃO

Prisões: Falta de coragem para encarar o problema

· Ignoram-se os problemas ou o tamanho e a complexidade deles;

· Foca-se no passado;

· Justificam-se as dificuldades.

Chaves: Dados de realidade

· Muna-se de informações, confronte e mostre a realidade;

· Detalhe as consequências de não mudar;

· Ofereça exemplos de quem não se mexeu e morreu.

Postura do líder: “ Pulso firme e mão pesada”

FASE 2 – RESISTÊNCIA

Prisões: Foco no espaço- problema

· Pessoas iradas ou em depressão;

· Colocam a culpa no outro;

· Ignoram os instrumentos oferecidos para a resolução de problemas;

· Não conseguem enxergar o que acontece.

Chaves: Empatia e acolhimento

· Ouvir empaticamente: as manifestações raivosas, as lamentações;

· Minimizar as perdas, sempre que possível, sem ignorar que elas sempre existirão;

· Reconhecer a existência desta etapa;

· Drenar os sentimentos de raiva e tristeza e abrir espaço para a nova fase.

Postura do líder: “Ouvir empaticamente e acolher”

FASE 3 – EXPLORAÇÃO

Nasce um novo espaço a ser explorado:

Prisões: O velho ainda não morreu e o novo não nasceu.

· Deslocamento do espaço-problema para o espaço-solução;

· A energia ressurge , mas de forma desorganizada, quase caótica;

· Surge uma multiplicidade de iniciativas, muitas vezes não alinhadas e sem força de sustentação para a nova etapa.

Chaves: Prioridades, energia direcionada.

· O foco tem que ser em metas de curto-prazo;

· Direcionar esforços;

· Energia para contribuir na construção de um novo ciclo

Postura do líder: “Liderança diretiva para estabelecer prioridades e para orientar a energia produtiva”

FASE 4- COMPROMISSO

· Momento certo para construir um novo propósito que magnetize as pessoas;

· A visão é de longo prazo.

· A liderança deve ser situacional no sentido de reconhecer cada fase, agir considerando-as, sem ignorar os valores que realmente importam.

Postura do líder: “Identificar fase a fase onde está você, seu liderado, sua empresa, seu colega ou mesmo seu chefe está”.

Esta competência do líder os ajudará a percorrer mais rapidamente o vale da morte para que o novo ciclo seja construído.

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