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quarta-feira, 13 de junho de 2018

O cérebro precisa se “emocionar” para aprender



O Projeto Alfabetização Emocional nasceu para materializar algo que eu sempre acreditei: a importância da inteligência emocional em nossa vida, não importa a faixa etária. Hoje, compartilho com vocês o artigo com o título "O cérebro precisa se 'emocionar' para aprender", que fala justamente sobre esse assunto. O texto é do jornal espanhol El País e foi traduzido, adaptado e publicado no site Psicologias do Brasil

O cérebro precisa se 'emocionar' para aprender
Novas experiências no ensino visam o fim das aulas palestradas. Uma das tendências é a neurodidática

Em 2010, uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Boston, colocou um sensor eletro-térmico no pulso de estudante universitário de 19 anos para medir a atividade elétrica de seu cérebro 24 horas por dia durante sete dias. O experimento produziu um resultado inesperado: a atividade cerebral do aluno quando assistia a uma aula palestrada era a mesma de quando ele assistia televisão; praticamente nulo. Os cientistas poderiam provar que o modelo pedagógico baseado em um aluno como um receptor passivo não funciona.

“O cérebro precisa se mexer para aprender “, explica José Ramón Gamo, um neuropsicólogo infantil e diretor do Mestrado em Neurodidática na Universidade Rey Juan Carlos. Nos últimos cinco anos, diferentes correntes surgiram na Espanha que querem transformar o modelo educacional e uma delas é a neurodidática.

Não é uma metodologia, mas um conjunto de conhecimentos que está contribuindo com a pesquisa científica no campo da neurociência e sua relação com os processos de aprendizagem. “Antes só podíamos observar o comportamento dos alunos, mas agora, graças às máquinas de neuroimagem, podemos ver a atividade cerebral durante a execução das tarefas”, acrescenta Gamo. Essa informação ajuda professores e pedagogos a decidir quais métodos são mais eficazes.

Gamo, que estuda as dificuldades de aprendizagem das pessoas com dislexia ou TDAH por mais de 20 anos, observou que na maioria dos casos esses problemas não estavam relacionados a essas síndromes, mas à metodologia da escola.

Ele e sua equipe identificaram que 50% do tempo em aulas tradicionais na Espanha é baseado na transmissão de informações para os alunos verbalmente, algo que acontece na escola secundária em 60% do tempo e em bacharelado quase 80%. “Perguntamos sobre o que estava acontecendo nas salas de aula e queríamos saber o que a ciência estava dizendo sobre isso, se esse método seria justificado por algum estudo.”

Com base em diferentes investigações científicas e em suas próprias, eles concluíram que, para a aquisição de novas informações, o cérebro tende a processar dados do hemisfério direito – mais relacionados à intuição, criatividade e imagens.

“Nesses casos, o processamento lingüístico não é o protagonista, o que significa que a conversa não funciona. Os gestos faciais e corporais e o contexto desempenham um papel muito importante. Outro exemplo da ineficácia da aula palestrada “, explica Gamo.

Portanto, a neuro-didática propõe uma mudança na metodologia de ensino para substituir as aulas palestradas por suportes visuais, como mapas conceituais ou vídeos com diferentes suportes informativos, como gráficos interativos que exigem a participação do aluno. Outra aposta é o trabalho colaborativo. “O cérebro é um órgão social que aprende fazendo coisas com outras pessoas”, acrescenta.

Nos últimos cinco anos, a Gamo formou trinta professores de escolas públicas em diferentes comunidades autônomas em neurodidáticas.

O principal problema, em sua opinião, é que as escolas não estão tomando a decisão sobre onde querem inovar, isto faz com que que ninguém as acompanhe na implementação das novas metodologias. “”Os esforços dos centros educacionais estão empacados em métodos tradicionais baseados em palestras, memorização e exames escritos.”

Neste cenário coexistem centenas de professores e entre eles há aqueles que não se conformam com a didática estabelecido. Chema Lázaro, de 34 anos, dá aulas para alunos do sexto ano em uma escola em Moralzarzal e há dois anos e meio aplica a neurodidática na sala de aula. “Meus alunos sempre me disseram que eu era muito legal, mas que minhas aulas eram uma porcaria”, diz ele. Então começou a pesquisar metodologias alternativas e criou o blog Pizarras Abertas, que em 2013 lhe valeu o prêmio nacional em TIC na sala de aula do Ministério da Educação. Lázaro procurava uma base científica para apoiar sua aposta: fazer seus alunos aprenderem para a vida sem memorizar.

“Meu método respeita o processo pelo qual o cérebro aprende: primeiro vai a motivação, depois a atenção e finalmente a memória. Nessa ordem “. Para explicar o antigo Egito, ele tenta capturar o vínculo emocional das crianças. Através de seu canal no YouTube, apresenta hieróglifos em vídeos com o formato de um trailer de filme. “Com esse material eles estão motivados e por isso tenho alunos atentos”, continua ele. Ele usa gamification e as capitais são aprendidas ganhando pontos na plataforma Kahoot. Para ver as pirâmides, usa vistas de um drone ou do Google Earth.

“Com esse material eles estão motivados e por isso tenho alunos atentos”, continua ele. Ele usa gamification e as capitais são aprendidas ganhando pontos na plataforma Kahoot. Para ver as pirâmides, ele usa vistas de um drone ou do Google Earth.

“Partimos do fato de que o treinamento on-line não funciona, apenas 10% daqueles que se inscrevem em um MOOC – cursos on-line massivos e gratuitos – terminam com isso”. Em uma plataforma tradicional há conteúdo, enquanto em Neurok há debates.

Cuenca e uma equipe de 10 pedagogos e professores universitários e primários aplicaram os formatos Twitter e Facebook à educação. “Antes você sempre sabia quem pedir as anotações do caderno. Agora você decide quem seguir nessa rede social na qual todos os alunos compartilham conteúdo e discutem tópicos diferentes. O professor atua como guia e fornece critérios sobre qual conteúdo é de qualidade “, explica Cuenca. A parte mais difícil desse modelo de aprendizado, reconhece, é a participação. O sistema possui hashtags, menções ou notificações no celular, entre outros serviços. A ideia da Neurok é ser usada como uma plataforma de suporte para aulas presenciais ou diretamente como o suporte de um curso on-line.

É o que acontece com o Mestre em Neurodidática do Rei Juan Carlos, um curso misto no qual 80% do conteúdo é ensinado na rede. Até agora, eles também usaram Neurok na UNED e na Universidade da Extremadura, com a qual eles estão colaborando em uma pesquisa para medir a qualidade dos conteúdos compartilhados pelos alunos e seu nível de interação na plataforma.

“Ainda há muitas pessoas que desconfiam desses métodos, mas em cerca de 15 anos começarão a ver os resultados”, diz Cuenca, que já assessorou mais de 30 escolas públicas de diferentes comunidades autônomas por meio da consultoria educacional Niuco. Para todos aqueles que buscam evidências científicas de neurodidatismo, o professor da Universidade de Barcelona Jesús Guillén disponibiliza em seu blog Escuela con cerebro as últimas pesquisas realizadas em diferentes partes do mundo.

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O que uma geração pode aprender com a outra?


No texto anterior, falamos sobre as características de cada geração: Veteranos, Baby Boomers, Geração X, Y e Z. Agora, é a vez de responder às perguntas: "o que uma geração pode aprender com a outra?" e "como gerir os conflitos entre pessoas de diferentes gerações?". Vamos lá:

O que uma geração pode aprender com a outra?

Generosidade mental - ensinar o que se sabe

Coerência ética - praticar o que se ensina

Humildade intelectual - perguntar o que se ignora

O que gera conflito entre gerações?

As necessidades e expectativas das gerações são diferentes, porque o contexto social, cultural, político e econômico que cada uma viveu gerou um sistema de crenças diferente e, como consequência, um comportamento perante a vida.

Conflito 

O que é? 

Profunda falta de entendimento entre duas ou mais partes. Choque, enfrentamento.

O que causa? 

Julgamento, rótulo e comparação.

Quando acontece? 

Acontece quando as necessidades e expectativas são divergentes.

Onde acontece?

Na vida pessoal e no ambiente de trabalho, onde temos pessoas de diferentes gerações convivendo no dia a dia, resolvendo problemas, interagindo, divergindo, ensinando e aprendendo juntas. 

O que impede ou soluciona o conflito?
Comunicação emocionalmente inteligente, flexibilidade e empatia.

Quais são as inteligências envolvidas na gestão de conflitos entre as gerações? 

Inteligência Intrapessoal (autoconhecimento)



A Inteligência Intrapessoal nos ajuda a ganhar consciência de nossas habilidades e fragilidades, além de fazer escolhas alinhadas com quem verdadeiramente somos. 

O autoconhecimento propicia um novo olhar para: 
- si mesmo e para os outros, com respeito
- as diferenças, como outro ponto de vista
- validar o ponto de vista do outro

Inteligência Interpessoal (empatia)


A Inteligência Interpessoal nos ajuda a sair de “nosso pensar e sentir” para nos colocarmos no lugar do outro e entender o que ele está pensando e sentindo.

A empatia nos ensina a exercitar: um novo olhar, a escutar, a chance de se permitir receber a perspectiva do outro, de conhecer um mundo que não é o seu. Também faz com que aprenda com outro ponto de vista, promovendo conexões entre as pessoas.

A boa notícia é que 98% das pessoas têm a capacidade de desenvolver empatia, de se colocar no lugar do outro, ver o mundo pelos olhos de outra pessoa. Mas nós nem sempre usamos isso. 

A outra boa notícia é que empatia é uma habilidade que se pode aprender e se ensinar. 

Inter+ Intrapessoal ( Inteligência Emocional)


A Inteligência emocional é formada pela junção da Inteligência Intrapessoal e Inteligência Interpessoal.

Inteligência Linguística ou verbal (comunicação)


A comunicação é a forma como vamos expressar o que pensamos e sentimos, nos posicionando diante de situações e pessoas. Uma comunicação emocionalmente inteligente nos ajuda a dar feedbacks honestos e respeitosos, e a evitar ou mediar conflitos.

Conclusões
- Adquirir autoconhecimento e empatia é um processo evolutivo que parte da dependência, caminha para a independência até chegar na interdependência.

- Temos pessoas de diferentes gerações nos três estágios, pois este processo não é linear.

- Embora façamos parte de uma geração pelo critério cronológico, podemos apresentar características de diferentes gerações de acordo com a história de vida e o perfil de cada um. 

- Quanto maior autoconhecimento, empatia e flexibilidade, mais rápido caminharemos para a interdependência. 

- Interdependência é o que o mundo atual exige e ela depende do desenvolvimento da qualidade da comunicação, da inteligência emocional, do colaborar e do compartilhar. Essa é a verdadeira educação. Isso é educar para a vida.

Referências bibliográficas

Empatia - The School of life 

Líder Educador - Prof. Mario Sergio Cortela 

Os 7 hábitos altamente eficazes – Franklin Covey 

Inteligências Múltiplas – Howard Gardner

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

domingo, 29 de abril de 2018

Diferenças entre gerações: dos Veteranos à Geração Z

Veteranos, Baby Boomers, Geração X, Y e Z. Você sabe quais são as diferenças entre as gerações? Compartilho com vocês meu estudo e síntese sobre o assunto: 

Veteranos 

Slogan: “Quem dá a ultima palavra aqui sou eu.” 

Época: pessoas que nasceram entre aproximadamente 1920 e 1943 

Contexto Histórico: pessoas que nasceram entre a 1ª e 2ª guerra mundial. No Brasil é a geração que nasceu sob o signo do Tenentismo, cresceu durante a Revolução de 30 e passou a adolescência na Era Vargas, marcado pela visão de “Ordem e Progresso”. 

Palavras-chave: o trabalho, a família, a moral e o amor à pátria. 

Formação Acadêmica: faculdade era um bem quase inacessível à maioria das pessoas e não havia quase opção de cursos. 

Profissões: Direito, Medicina e Engenharia 

Características: 

· Atitudes rígidas e controladoras 

· Necessidade de segurança 

· Valoriza mais a experiência do que o estudo 

· Respeito e dedicação 

· Lealdade e disciplina 

· Respeito às hierarquias. 

· Acreditar nas possibilidades lógicas e não em lances de sorte. 

Conclusões: 

· Esta geração aprendeu a trabalhar trabalhando, ou seja, na prática. 

· Relações baseadas em uma hierarquia muito rígida em cada uma das esferas sociais. 

· Na família o homem era o provedor e se valia disso para impor o comportamento dos outros membros da família (patriarcado); a mulher cuidava exclusivamente dos afazeres domésticos e da educação dos filhos (submissão). 

Baby Boomers 

Slogan: “Deixa que eu resolvo!" 

Época: pessoas que nasceram entre aproximadamente 1945 e 1960

Contexto Histórico: Filhos dos veteranos, sentiram na pele a necessidade de provar que também tinham valor, apesar de não terem passado pela guerra. Protestaram contra a guerra do Vietnã, contra a ditadura militar, se tornaram altamente politizados e lutaram pela liberação sexual. No Brasil, cresceram sob o eco de “cinquenta anos em cinco” do presidente Juscelino Kubitschek e têm em comum colocar o trabalho em primeiro plano mesmo que tivessem que sacrificar tempo para família e lazer. 

Palavras-chave: Confiança, crença no futuro, estabilidade financeira. 

Formação Acadêmica: Formação Universitária 

Profissões: Economia,Administração,Ciências Contábeis,Marketing, Comércio Exterior 

Características: 

· Engajar-se em questões políticas 

· Acreditar no progresso econômico e social 

· Forte senso de oportunidade 

· Crença no futuro 

· Comportamento otimista diante das adversidades 

· Ser obcecado pelo trabalho, em detrimento da vida familiar 

· Achar-se capaz de resolver tudo sozinho 

Conclusões: 

· Os boomers são, atualmente, maioria nos postos de direção das grandes empresas e nas esferas governamentais. E ainda vão liderar nos próximos anos a maioria das empresas. 

· A mulher começa a se beneficiar da praticidade dos eletrodomésticos comprados pelo dinheiro e já consegue a “permissão” do marido para trabalhar fora (movimento iniciado na década de 30 e que se estende até os dias atuais). 

Geração X 

Slogan: “Eu trabalho para viver, não vivo para trabalhar.” 

Época: pessoas que nasceram entre aproximadamente 1961 e 1980 

Contexto Histórico: Filhos dos boomers, não tinham mais a mãe em casa para cuidar da alimentação deles, pois as mulheres já estavam trabalhando fora, brigando pelo espaço de trabalho. Esses filhos tiveram que aprender a se virar sozinhos, se alimentando de produtos industrializados que o dinheiro dos pais podia comprar. A partir da década de 70, o Brasil passou a ter uma população urbana maior que a rural e a vida nas cidades acentuou o distanciamento das pessoas, que se refletiu nas tribos que coexistiam na década de 80 (Filosofia Yuppie, movimento Punk, New Wave e os Darks) com valores e comportamentos opostos. 

Palavras-chave: Liberdade e autonomia, prazer e sentido na vida pessoal e profissional, autossuficiência. 

Formação Acadêmica: Curso universitário, Pós –graduação, domínio do inglês. 

Profissões: Profissões autônomas 

Características: 

· Autoconfiança e ceticismo 

· Equilíbrio entre vida pessoal e profissional 

· Cumprir objetivos e não prazos 

· Ser informal no modo de vestir-se e de relacionar-se com pessoas. 

· Ter aversão a estruturas hierárquicas muito rígidas. 

· Buscar trabalhos que lhe permitam a liberdade de pensar e agir por conta própria. 

· Necessidade de feedback. 

· Encontrar sentido nas pequenas coisas cotidianas 

· Gostam de ter noção das etapas que compreendem o que eles estão fazendo. 

Conclusões: 

· As atitudes contestadoras desta geração X abriram caminho para questionamentos e comportamentos ainda mais desafiadores que apareceriam na geração posterior. 

· Esta geração foi a primeira a enfrentar a dor de viver em famílias fragmentadas, separadas e essa condição se refletiu em seu comportamento pessoal e profissional. 

Geração Y 

Slogan: “Eu sou dono do meu nariz” 

Época: pessoas que nasceram entre 1981 e 1992 

Contexto Histórico: Filhos da geração X, a expressão mais comum para designar esta geração é: “eles vieram ao mundo com um chip na cabeça”. Esses jovens comportam-se, agem, pensam e tomam decisões na velocidade dos computadores de última geração. Mantendo a metáfora tecnológica, enquanto a geração X opera em sistema analógico, a Y já é totalmente digital. O avanço tecnológico fez com que esta geração crescesse com TV a cabo, controles remotos, videogames, internet e celulares, que os transformaram em seres plugados em um mundo virtual e global que, no entanto, lhes chega fragmentado. 

Palavras-chave: Intuição, criatividade, multifuncionalidade 

Formação Acadêmica: Falam dois ou três idiomas, Intercâmbio, Universidade, Mestrado, Doutorado, MBA. 

Profissões: Profissões diversas, passam por processos seletivos para serem trainees em empresas, são empreendedores. 

Características: 

· Rapidez de raciocínio 

· Capacidade de desenvolver várias tarefas ao mesmo tempo. 

· Adepto de ações coletivas 

· Absorção de um grande número de informações 

· Intuitivos 

· Autoestima e autoconfiança bastante elevadas, às vezes, até superelevadas 

· Posiciona-se contra categorização de raça, sexo, religião e posição social 

· Necessidade de queimar etapas, pois não aprenderam a vivenciar o processo de construir. 

· Dificuldade em correlacionar conteúdos, restando-lhe uma visão fragmentada e desorganizada das informações. 

· Desenvoltura para cobrar seus direitos na família e no trabalho 

· Ser apolítico. 

· Valoriza pessoas que se preocupam com questões sociais e a preservação do planeta. 

Conclusões: 

· A geração Y vive numa sociedade em que tudo é temporário e moldável, pois instituições, quadros de referência, estilos de vida, crenças e convicções mudam antes que tenham tempo de solidificar costumes, hábitos e verdades. Viveu o tempo todo em ação (após a escola, aulas de natação, inglês, computação, etc) e se tornou inquieto, impaciente, ansioso com o excesso de direção. 

· Esta geração quer crescer rapidamente no mercado de trabalho, ocupando cargos de gerentes, diretor, presidente, sem levar em consideração o caminho para chegar até lá. 

· Esta geração precisa de um líder ou tutor que sirva de exemplo, que respeite porque é coerente em seu discurso e ação, que lhe dê feedback, pois é inexperiente em relações humanas e acha mais fácil mudar de rumo do que lidar com dificuldades de relacionamento que lhe for imposta, ou seja, precisa de um trabalho de competência emocional (autoconhecimento e assertividade nas relações humanas). 

Geração Z 

Slogan:”Eu sou plugado” 

Época: Nascidos entre 1993 e 2009 

Contexto Histórico: Seu mundo é tecnológico e virtual. Para eles, é impossível imaginar um mundo sem internet, telefones celulares, computadores, iPods, videogames com gráficos exuberantes, televisores e vídeos em alta definição e cada vez mais novidades neste ramo. Sua vida é regada a muita informação, pois tudo que acontece é noticiado em tempo real e muitas vezes esse volume imenso acaba se tornando obsoleto em pouco tempo. 

Se a vida no virtual é fácil e bem desenvolvida, muitas vezes a vida no real é prejudicada pelo não desenvolvimento de habilidades em relacionamentos interpessoais. Vive-se virtualmente aquilo que a realidade não permite. Talvez daí venha o fascínio dos jovens por jogos fantasiosos onde estes podem ser o que quiserem, sem censura ou reprimenda. 

A Internet promove grandes mudanças sociais e essas gerações têm sido os principais agentes de mudança, dependendo do seu grau de interação social, isto é, da sua capacidade de influenciar pessoas por meio de suas ações na web. 

Para quem não sabe, o “Z” é a denominação comum daquilo que esses jovens fazem de melhor: zapear, saltando com desenvoltura da TV para o telefone; do videogame para alguma rede social na web; ou do MP4 para o e-book. 

Formação Acadêmica: A Geração Z é um tanto quanto desconfiada quando o assunto é carreira de sucesso e estudos formais, pois para eles isso é um tanto quanto vago e distante. Segundo especialistas, poderá haver uma “escassez” de médicos e cientistas no mundo pós-2020. 

Características 

· Deixar de dar valor às coisas rapidamente 

· Falta de expressividade na comunicação verbal 

· Rapidez de raciocínio e “queima” de etapas no aprendizado seja ele formal ou informal. 

· Eles pensam de uma maneira diferente, encaram o mundo de uma maneira diferente. O que antes valia muito uma hierarquia vertical, hoje funciona na horizontal. Eles falam com o chefe em igualdade de condições mesmo que o outro tenha mais poder que ele, pois não é isso que importa. 

· Menos experiente, mas com mais criatividade. 

· Aptidão para fazer várias tarefas ao mesmo tempo e são movidos por desafios. 

Conclusões 

· Muitos deles sofrem com a falta de expressividade na comunicação verbal, o que acaba por causar diversos problemas principalmente com a Geração Y, anterior a sua. Essa geração também é marcada pela ausência da capacidade de ser ouvinte. 

· Enfim, essa geração - chamada também de Geração Silenciosa, talvez pelo fato de estar sempre com fones de ouvido (seja em ônibus, universidades, em casa...), escutar pouco e falar menos ainda – pode ser definida como aquela que tende ao egocentrismo, preocupando-se somente consigo mesmo na maioria das vezes. A inteligência Linguística ou verbal precisa ser desenvolvida. 

· Esta geração participa e engaja-se em propostas sociais com muita facilidade por meio da internet e acredita que pode mudar realidades pela repercussão e alcance hoje das redes sociais em todos os setores da vida. Ex: aluno que coloca os problemas da escola na internet. 

· A chamada Geração Z é um fenômeno que encanta e surpreende pela sua enorme capacidade de assimilar as transformações tecnológicas em curso, neste mundo 2.0. É a geração da divulgação através do marketing digital, que faz quase que 100% de suas compras online e é muito adepta ao empreendedorismo nesta área que domina como nenhuma outra geração, começando muito cedo um “negócio próprio” na área digital. 

· Contudo, o amadurecimento que vem com o passar dos anos deve trazer também um senso de responsabilidade a estes jovens (que certo dia deixarão de ser jovens) e passarão a se fixar mais em seus objetivos profissionais. Em uma primeira experiência em empresas, apresentam uma tendência de só permanecer se encontram prazer e desafios, o que interfere no comprometimento. O mercado de trabalho recebe essa geração com expectativa de uma autogestão, que realmente saiba administrar a carreira.

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Veja depoimentos de alunos sobre o Perfil Cognitivo aplicado na escola



Perfil Cognitivo, ferramenta de autoconhecimento criada por mim, está em um momento de expansão. É a base do Projeto de Autoconhecimento Araucária, que começou a ser aplicado em alunos da Escola Estadual Marques de Sapucai, de Delfim Moreira, Minas Gerais. 

A parceria surgiu em uma conversa aprofundada sobre o assunto com a professora de português Ana Maria de Paiva Alves e Silva. A partir do teste no site (www.perfilcognitivo.com.br), serão realizadas dinâmicas para explorar a linguagem e a análise do perfil do grupo. A ideia é que o projeto, cujo nome Araucária foi escolhido pelos próprios alunos, dure todo o ano letivo.

É com muita alegria que compartilho o depoimento de alguns estudantes:


Foto: Arquivo Pessoal

“Essa atividade que forma um mapa do aluno é uma forma interessante para aprendermos sobre nós. No começo, quando minha professora falou do mapa cognitivo, eu pensei que seria uma coisa muito chata, porém quando eu comecei a fazer o teste, fui me interessando e acabei gostando. No fim, deu uma resposta que tem super a ver comigo e isso me fez pensar na minha maneira de aprender. É legal pensar em como a gente aprende.” 
Mateus Humberto Siqueira - 1º ano V
Foto: Arquivo Pessoal

“Achei bem legal o modo de marcar as respostas, podendo nos fazer pensar sobre como agimos no dia a dia, saber em quais sentidos somos melhores e até de que modo aprendemos. (...) Foi bastante legal que vocês puderam disponibilizar seu tempo e se preocuparam conosco, com o nosso modo de aprender e como pensamos. E, também, em algumas questões do teste me fizeram refletir e me fizeram ser honesta em alguns pontos em que eu não era honesta comigo mesma. Não menti em nenhuma questão, coloquei o que pensava, ou como agia de fato. Gostaria de agradecer por isso.”

Fernanda Gabriela de Faria - 1º ano V

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quinta-feira, 22 de março de 2018

O que eu aprendi com Oswaldo Oliveira - Caminhada de Aprendizagem

O curso Empreenderse com Oswaldo Oliveira, em 2014, fez uma revolução em minha cabeça e na minha vida. Eram conceitos que conversavam totalmente com meu interior e, embora não tivesse capacidade de absorver profundamente tudo que ouvia, iniciei um processo de olhar para a vida de outra forma e ter a coragem de fazer o exercício de desobstruir fluxos, em que processos disruptivos ampliam o campo de possibilidades. Decidi compartilhar o que aprendi e o tema desta semana é "Jornada - Caminhada de Aprendizagem". Confira:

PROCESSO DE APRENDIZAGEM é a nossa caminhada para aprendermos mais sobre nós mesmos. 

APRENDER é um processo contínuo que não termina nunca e que é comum a todos. 

PROCESSO é, portanto, a ação comum e contínua. 

O processo gera a VIBRAÇÃO

O PRODUTO é uma manifestação do que aconteceu no processo. E está contido no processo. 

O subjetivo e o objetivo são dinâmicos e o processo de aprendizagem nada mais é do que ideação somada com a experiência. 

Sobre mim - Jamile Coelho 
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quarta-feira, 14 de março de 2018

O que eu aprendi com Oswaldo Oliveira - Projetos

O curso Empreenderse com Oswaldo Oliveira, em 2014, fez uma revolução em minha cabeça e na minha vida. Eram conceitos que conversavam totalmente com meu interior e, embora não tivesse capacidade de absorver profundamente tudo que ouvia, iniciei um processo de olhar para a vida de outra forma e ter a coragem de fazer o exercício de desobstruir fluxos, em que processos disruptivos ampliam o campo de possibilidades. Decidi compartilhar o que aprendi e o tema desta semana é "Projetos". Confira:

Vamos olhar os projetos e criar tarefas. Esse é o foco. Tudo pode ser feito de forma distribuída e não centralizada. 

O mais importante é a comunidade e não as ferramentas. Elas ajudam, mas estão no modelo da escassez. 

O ambiente é muito importante e você une espaço físico com espaço virtual, que se tornam ambientes de livre interação. 

Comece fazendo as perguntas: 

Como você se conecta com sua ESSÊNCIA

Como o projeto atende a NECESSIDADE DA REDE

Para que ele possa se abrir é preciso VIBRAÇÃO, pois essa é a forma do projeto ser identificado pela rede. 

E, para conseguir a vibração, é preciso encontrar uma forma de conseguir RELAXAMENTO em cada desconforto.

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terça-feira, 6 de março de 2018

O que eu aprendi com Oswaldo Oliveira - Organização em Rede

O curso Empreenderse com Oswaldo Oliveira, em 2014, fez uma revolução em minha cabeça e na minha vida. Eram conceitos que conversavam totalmente com meu interior e, embora não tivesse capacidade de absorver profundamente tudo que ouvia, iniciei um processo de olhar para a vida de outra forma e ter a coragem de fazer o exercício de desobstruir fluxos, em que processos disruptivos ampliam o campo de possibilidades. Decidi compartilhar o que aprendi e o primeiro tema é ORGANIZAÇÃO EM REDE. Confira:

Tudo é uma organização em rede.

Desde pessoas, instituições, cidades, países, planetas e Universo.

A coisa mais surpreendente é que tudo está conectado e em transformação constante.

O universo está todo conectado e precisamos entender nossa conexão com um sistema maior.

A separação nada mais é do que uma ilusão.

Logo, a vida é uma organização em rede. 



Sobre mim - Jamile Coelho

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