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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Novidade!: Site do Perfil Cognitivo



O Perfil Cognitivo do Espaço Educacional agora tem um site! Você pode fazer o teste online gratuitamente e terá um mapa do seu potencial! Confira a novidade já: http://perfilcognitivo.com.br/

O Perfil Cognitivo é uma ferramenta de autoconhecimento estruturada que dá um mapa do potencial da pessoa e de um grupo, identificando habilidades e dificuldades ou desafios baseado no tripé abaixo:

Estilos de Aprendizado - Nos Estilos de Aprendizado, a pessoa tem a oportunidade de descobrir seu estilo predominante e tornar seu aprendizado mais produtivo e prazeroso, bem como adequar a forma de ensinar e transmitir informações para outras pessoas com mais eficácia e personalização.

Estilos de Raciocínio e Comportamento - Nos Estilos de Raciocínio e Comportamento (neurociência), identificam-se a predominância do hemisfério cerebral e estilos, mostrando como a pessoa sente, pensa e age para resolver problemas em qualquer área de sua vida.


Inteligências Múltiplas - Nas Inteligências Múltiplas, quebra-se o paradigma do que é ser inteligente, ampliando esse conceito e identificando as áreas de interesse em que estão localizados os talentos e habilidades de cada pessoa e de um grupo.




quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

4 brincadeiras para agitar as crianças e não se prender à tecnologia



Com a chegada das férias, é importante incentivar as crianças a brincar também sem o uso da tecnologia.“Não precisa demonizar os games, mas é importante que aquelas brincadeiras clássicas dos nossos pais e avós sejam sempre lembradas”, explica a psicopedagoga Sheila Leal, que também é fonoaudióloga e especialista em desenvolvimento infantil. A especialista, criadora do Projeto Filhos Brilhantes, conta que as boas e velhas práticas, como a ciranda e o esconde-esconde, ajudam os pequenos a desenvolverem processos cognitivos, equilíbrio, coordenação motora e outras habilidades importantíssimas.

A psicopedagoga ensina quatro brincadeiras que podem ser feitas na praia, no parque, ou em qualquer outro espaço amplo, e que estimula muito mais o desenvolvimento das crianças. Confira:

1- Amarelinha

Com um simples giz no chão, ou qualquer brinquedo na areia da praia, é possível desenhar os quadrados da que formam o caminho da brincadeira. Após desenhar os quadrados numerados de 1 a 10, Sheila conta que basta uma pedrinha para jogar em algum quadrado, e que vai simbolizar o local onde não se deve pisar. “Já ao desenhar o caminho, as crianças começam a desenvolver a capacidade motora e, dependendo da idade, já aprendem os números”, explica Sheila. “Ao pular em um pé, elas trabalham o equilíbrio e melhoram a percepção de espaço”.

2- Caça ao tesouro

A brincadeira consiste em esconder um prêmio – como um brinquedo ou algum doce, por exemplo – em um lugar, e criar um caminho de dicas para que os pequenos encontrem o tesouro. “Dá para fazer em um espaço grande, como uma casa inteira, mas também dá para adaptar em um único lugar, como um quintal ou uma sala”, explica. Sheila conta que esse tipo de brincadeira estimula a atenção, agilidade, o raciocínio lógico e a concentração. “Se as perguntas ou os desafios forem bem feitos, é possível desenvolver a cooperação das crianças e o conhecimento que elas já adquiriram”, conta a psicopedagoga.

3- Elefantinho colorido

Um participante diz “Elefantinho colorido”, e os outros devem responder: “que cor?”. Assim que ele diz a cor escolhida, os outros que participam da brincadeira devem tocar em algo com a mesma cor antes que o “elefantinho” consiga capturá-los. “É possível fazer isso em um salão ou qualquer outro lugar com itens de várias cores”, conta Sheila Leal. Segundo a especialista, a brincadeira ajuda a desenvolver o conhecimento das cores e a capacidade de observação do ambiente. “Espalhe brinquedos ou quadros coloridos pelo ambiente, e aproveite para brincar com diferentes tons, como azul claro e vinho, por exemplo”, sugere.

4- Cabo de Guerra

A brincadeira é simples e muita gente conhece. Basta pegar uma corda e marcar o meio dela com uma fita. “Em seguida, determine o espaço máximo que ela deve cruzar, colocando duas marcas no chão, e tudo o que as crianças devem fazer é puxar a corda para que o meio dela chegue à marca do chão”, explica. Segundo a especialista, o segredo da brincadeira é, muito mais que trabalhar a força física, desenvolver o espírito competitivo saudável. “Faça com que eles queiram ganhar e se superar, mas procure valorizar o esforço de todos”, conta, destacando também o trabalho em equipe que os pequenos podem desenvolver quando mais de uma criança está de cada lado da corda.

Tão importante quanto as brincadeiras, que tiram as crianças da mesmice nas férias e ajudam no desenvolvimento, é que os adultos participem e se divirtam juntos. “A presença dos pais nas brincadeiras é muito importante para que eles interajam, e também para que os adultos conheçam mais profundamente as capacidades e dificuldades dos filhos”, conclui a especialista.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Qual o maior prazer?



Qual é a relação entre aprendizado e prazer em sua vida? Confira texto reflexivo sobre o assunto, assinado por Eliana Gavioli:

Música, sexo, gastronomia, turismo, leitura, consumismo seriam as respostas mais comuns a esta pergunta, mas com certeza podemos nos surpreender com a variedade de respostas obtidas. As pessoas realmente conseguem tirar prazer das mais variadas atividades. 

Acontece, que em geral, por mais prazerosas que sejam estas atividades, elas sempre implicam em restrições de toda ordem. Umas mais e outras menos, mas sempre está presente algum fator estraga-prazer, tentando, de alguma forma, restringir o nosso prazer. 

Para algumas, é preciso ter idade para poder começar. Para outras, depois de certa idade já não tem a mesma graça. Existem aquelas que exigem uma boa saúde, e aquelas que sem companhia, perdem totalmente o encanto. Atividades existem que são muito dispendiosas e outras que não se deve realizar em qualquer lugar. E outras ainda são limitadas no tempo de duração.

Com tantas restrições, parece que a vida vai ficando muito curta e os momentos de prazer escassos e fugazes. Assim é preciso descobrir uma maneira inteligente e criativa, para tentar tirar da vida o que ela tem de melhor. 

É extraordinária a experiência de assistir ao processo de desenvolvimento de uma criança. As tensões do dia se desvanecem, assim que adentramos em casa, ao contemplar o balbuciar das primeiras palavras ou assistir ao ensaio dos primeiros passos. É interessante observar que, ninguém está absolutamente preocupado, com o fato de as palavras serem pronunciadas de forma errada ou que o passo possa terminar em um tropeço, que de imediato é amparado por mãos amorosas.

O prazer de aprender acontece de uma forma intensa, completa e inebriante, tanto para a criança, quanto para os pais. Em nenhum momento, os pais se preocupam com a possibilidade do filho falar errado pelo resto da vida ou viver aos tropeções. 

No entanto, este prazer começa a diminuir consideravelmente, quando as novas aprendizagens começam a implicar em fatores determinantes para o futuro sucesso ou fracasso da criança.

É neste ponto que a porca torce o rabo, afinal, quem é que não quer ver o filho formado, bem empregado e realizado? Assim, quando a criança, traz pela primeira vez a famigerada lição de casa, o prazer de aprender começa a ir pro brejo. 

Todos nós passamos por isso, e às vezes levamos toda uma vida para resgatar aquele que pode ser o maior prazer experimentado pela espécie humana. Sim, porque analisado à luz das restrições, aprender é o campeão disparado, entre todos os outros prazeres. 

Desde o primeiro sopro de vida, e mesmo antes disto, até o último suspiro, podemos aprender. Pessoas aprendem até durante um estado de coma profunda.

Mesmo sem saúde, com a perda da visão, da audição e da fala, podemos aprender. 

Aprendemos através da influência de um professor, em meio a um grupo ou sozinhos, como autodidatas. Aprendemos sem a necessidade de recursos, pois podemos aprender observando a natureza ou o comportamento das pessoas. Podemos aprender sempre, desde a hora em que acordamos e até enquanto dormimos. E aprendemos em qualquer lugar.

O processo de aprendizado parte de um estado de ignorância sobre algum assunto, e através do esforço despendido em direção ao conhecimento, nos dá convicção acerca da nossa própria capacidade, além de coragem para enfrentar novos desafios. O conhecimento obtido não ocupa espaço, não exige esforço para ser mantido, nos dá uma maior qualidade de vida e quase sempre implica em ganhos monetários que ao serem investidos, permitem que possamos usufruir de todos os outros prazeres. 

Então, a pergunta que fica é: Como anda a sua relação com o processo de aprendizado e todo o prazer que ele pode te proporcionar?

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Projeto Alfabetização Emocional


O Espaço Educacional realizou o Projeto Alfabetização Emocional (PAE) com crianças do Centro de Criança e Adolescente (CCA) Santa Teresa de Jesus. Confira detalhes sobre a proposta e os ótimos resultados:

O Projeto Alfabetização Emocional nasceu para materializar a importância da inteligência emocional em nossa vida, não importa a faixa etária.

Ele representa o conceito de Educação para a Vida, pois o aprender e o ensinar só acontece quando estamos envolvidos emocionalmente na situação e, da mesma forma que pode estimular o nosso aprendizado, pode também bloquear.

O aprender nos acompanha desde a infância até a maturidade. Estar vivo é manter o brilho nos olhos para aprender em qualquer situação. 

A vida é composta de experiências com erros e acertos, que acionam imediatamente nossas emoções. E estas emoções precisam ser expressadas de diferentes formas para que aprendamos a lidar com elas de forma saudável. 

Aprender a olhar para dentro de si mesmo e acessar pensamentos e sentimentos (Inteligência intrapessoal) e aprender a se colocar no lugar do outro, com empatia, (inteligência interpessoal) é desenvolver a nossa inteligência emocional.

O nosso desafio é trabalhar a alfabetização emocional da infância à maturidade.

Aprendendo com as emoções (resultados)


Medo (dobradura ou origami)
Curiosidade
Aprender com curiosidade, desconstruindo o medo de errar.


Alegria (Cartaz da alegria - recorte e colagem)
Entusiasmo
Brilho nos olhos e motivação em uma situação colaborativa de aprendizado.
Raiva (argila ou massinha - modelagem com as mãos)
Determinação
Persistência para conseguir o que se deseja.

Tristeza (instrumento musical personalizado)
Acolhimento
Capacidade de acolher e expressar a tristeza para transmutar.

Afeto (mandala - dança circular)
Colaboração e união
Aprender a tecer relações com afeto e a construir uma rede de colaboração e união entre as pessoas.

Eu, o outro e a energia das emoções (O que meu nome fala de mim? / Ikebana)
Autoestima, doação e desapego
Aprender a compartilhar, a doar e a desapegar.
Complementos



quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Como lidar com os erros


Como você lida com os erros que comete? Você não os aceita? Pois saiba que encará-los e transformá-los em oportunidade de aprendizado é o caminho para crescer. Esse é o assunto de um texto publicado no site Itaú Mulher Empreendedora. Confira a reflexão:

Errar faz parte! Errar é humano! É errando que se aprende! Quantas e quantas vezes ouvimos essa frase durante a nossa vida, desde crianças. Mas apesar disso, depois de adultos, o erro passa a nos assustar e paralisar. Vivemos uma época em que se cultua o sucesso, as pessoas compartilham o que deu certo, mas, por vergonha, não mencionam os erros cometidos no meio do percurso. É preciso mudar essa postura. Afinal, não há empreendedor que não tenha errado em algum momento. A grande questão é a forma como se encara o insucesso.

Para entender melhor essas questões, conversamos com a educadora Georgya Correa, que há 11 anos fundou, com as sócias Rosa Bertholini e Elaine Naldi, a escola Teia Multicultural. “Valorizamos a educação integral do indivíduo para desenvolver os aspectos emocionais, físicos e cognitivos. Assim, ao invés de apresentar conceitos que devam ser repetidos, fazemos perguntas e os alunos chegam às suas respostas, investigam, descobrem, experimentam, desenvolvendo esses conteúdos de maneiras bem diversas, com prática e registro sistematizado”, conta. Confira, aqui, o que esta expert em educação pensa sobre os erros e acertos da vida.

Você concorda com o ditado: “É errando que se aprende”?

Georgya Correa: Sim. É no exercício do experimentar, perceber o que deu errado, o que não funcionou ou aonde erramos que podemos nos rever, repensar nossos conceitos e nossa prática, transformar o que estava inacabado, incompleto ou errado. Somos todos seres inacabados, em constante aprendizagem e transformação. Quando tomamos consciência dessa verdade e aceitamos nossas imperfeições, podemos melhorar.

Isso é possível de se observar facilmente no dia a dia das crianças, mas também na rotina dos adultos. Estamos sempre aprendendo, revendo, buscando outras maneiras para conseguir chegar aos nossos objetivos. Na nossa história como empresárias, por exemplo, constatamos a importância de repensar estratégias. Quando inauguramos a Teia e nos submetemos à aprovação na Diretoria de Ensino, a Educação Infantil foi aprovada, mas o Ensino Fundamental não. Funcionamos com mandato de segurança e chegamos quase a desistir. Mas resolvemos persistir, rever algumas coisas, reorganizar outras e entramos com o pedido para autorização novamente. Fomos aprovadas e hoje servimos como modelo e fomos indicadas como uma escola Integral e Inovadora pelo MEC.

Até que ponto errar é humano e os erros norteiam o nosso aprendizado? Quando podemos notar que extrapolamos e é hora de parar?

Georgya Correa: Acredito realmente que o erro faz parte da construção, do aprendizado, do crescimento. Mas é essencial aprender com os erros, caso contrário a insistência se torna rebeldia, perde o sentido. A melhor maneira de verificar se estamos no caminho certo é observar os resultados. Analisar se eles estão de acordo com o nosso propósito, com aquilo que acreditamos e almejamos.

Como fazer dos erros um aprendizado realmente eficaz?

Georgya Correa: Tendo, em primeiro lugar, abertura para olharmos para nós mesmos, com tranquilidade, para perceber o que sabemos e onde temos dúvidas e precisamos de ajuda. Essa ajuda pode vir de um estudo, um amigo, um orientador. Percebendo o erro, sem se culpar, apenas aceitando os limites pessoais, procurar ultrapassá-lo. Para ultrapassá-lo é preciso experimentar um novo caminho, talvez outra maneira de fazer a mesma coisa. Algumas vezes, como na escrita de uma criança recém alfabetizada que escreve “caza”, a palavra escrita está certa, o erro está apenas em uma letra! Ou seja, é importante relativizar os erros e fracassos, olhar sobre outra perspectiva.

Então, fica a dica: ao invés de “jogar a toalha” diante do fracasso, aproveite a oportunidade para repensar as estratégias, rever suas escolhas e reavaliar o seu negócio. O erro pode – e deve - ser uma ótima oportunidade de aprendizado. E para a sua empresa crescer e amadurecer, faça um exercício de perseverança. Cair e levantar inúmeras vezes, encarar o não de frente, recomeçar e recomeçar, como fazem as crianças.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

É possível potencializar o aluno? - Entrevista com Jamile Coelho para revista Mestres +


Como melhorar o aprendizado? A proposta do Espaço Educacional é buscar o autoconhecimento por meio do Perfil Cognitivo para saber as habilidades e dificuldades de cada um, ajudando a construir um projeto de estudo personalizado. Jamile Coelho, diretora do EE, deu uma entrevista sobre o assunto à revista Mestres +. Confira trechos da reportagem:

Na teoria, os estudantes são relativamente iguais nas instituições escolas. Recebem a mesma atenção, assistem às mesmas aulas e enfrentam as mesmas cobranças. Na prática, a verdade é bem diferente. Cada aluno tem características peculiares e responde de uma maneira específica aos estímulos. Alguns aprendem com maior facilidade escutando o professor falar em sala de aula, outros reagem melhor quando têm apoio de algum material visual e, por fim, há aqueles que têm maior desenvoltura por meio da interação. Esses são, de maneira resumida e simplificada, os três perfis (auditivo, visual e cinestésico) que integram o Perfil Cognitivo dos indivíduos.

Basicamente, é a partir destes modelos que as informações são processadas pelo cérebro. Claro que um deles sempre predomina nas potencialidades. Mas, se são tantos alunos numa mesma sala de aula, com os perfis de cada indivíduo, como diferenciá-los e potencializar as suas habilidades?  A situação ficou complexa, certo?

Pois é a partir de agora que tudo passa a fazer sentido, como explica Jamile Coelho, que dirige o Espaço Educacional, de São Paulo. A instituição busca analisar os alunos em suas diferentes necessidades. São alunos novos, a partir dos seis anos, até os mais maduros, na terceira idade. O objetivo é identificar o indivíduo. E, a partir destas informações, conseguir ampliar o aprendizado. "É fundamental que o estudante se conheça. O ideal é que a escola faça isso. Porque, somente olhando o perfil cognitivo de cada um, será possível realmente trabalhar as habilidades e potencializar o ensino", destaca.

Com mais de 45 anos de experiência na área de educação, Jamile afirma que parte da dificuldade das escolas em tornar o aprendizado atrativo é por não conseguir estabelecer essa relação com o aluno. "Imagine uma sala de aula em que o professor está explicando um determinado conteúdo. Para os alunos auditivos (que representam em média 20%), esse modelo serve perfeitamente. Ele escuta e grava a informação. Só que os outros 80% acabam tendo dificuldades porque precisam de outros elementos para aprender", enfatiza.

No Espaço, o conceito mais valorizado é o de "personificação" do aluno. "As pessoas começam a perceber que todas têm habilidades e dificuldades. Assim, juntas se complementam", diz Jamile. E o resultado desse processo é a qualidade do aprendizado. E para ela, essa é a chave para melhorar o aproveitamento dos alunos e a qualidade do ensino.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Infância não é carreira e filho não é troféu



"Infância não é carreira e filho não é troféu". Esse é o título de um artigo reflexivo publicado no site do "Toda Criança Pode Aprender". Confira:

Nesse mundo contemporâneo, ter, ser, saber, parecem fazer parte de uma competição. Nesse mundo, alguns pais e algumas mães acabam acreditando que é preciso que seus filhos saibam sempre mais que os filhos de outros. E isso sim seria então sinal de adequação e o mais importante: de sucesso.

O que uma criança deve saber aos 4 anos de idade? Essa foi a pergunta feita por uma mãe, em um fórum de discussão sobre educação de filhos, preocupada em saber se seu filho sabia o suficiente para a sua idade.

Segundo Alicia Bayer, no artigo publicado em um conhecido portal de notícias americano – The Huffngton Post -, o que não só a entristeceu mas também a irritou foram as respostas, pois ao invés de ajudarem a diminuir a angústia dessa mãe, outras mães indicavam o que seus filhos faziam, numa clara expressão de competição para ver quem tinha o filho que sabia mais coisas com 4 anos. Só algumas poucas indicavam que cada criança possuía um ritmo próprio e que não precisava se preocupar.

Para contrapor às listas indicadas pelas mães, em que constavam itens como: saber o nome dos planetas, escrever o nome e sobrenome, saber contar até 100, Bayer organizou uma lista bem mais interessante para que pais e mães considerem que uma criança deve saber.

Veja alguns exemplos abaixo:

Deve saber que a querem por completo, incondicionalmente e em todos os momentos.
Deve saber que está segura e deve saber como manter-se a salvo em lugares públicos, com outras pessoas e em distintas situações.
Deve saber seus direitos e que sua família sempre a apoiará.
Deve saber rir, fazer-se de boba, ser vilão e utilizar sua imaginação.
Deve saber que nunca acontecerá nada se pintar o céu de laranja ou desenhar gatos com seis patas.
Deve saber que o mundo é mágico e ela também.
Deve saber que é fantástica, inteligente, criativa, compassiva e maravilhosa.
Deve saber que passar o dia ao ar livre fazendo colares de flores, bolos de barro e casinhas de contos de fadas é tão importante como praticar fonética. Melhor dizendo, muito mais importante.

E ainda acrescenta uma lista que considera mais importante. A lista do que os pais devem saber:

Que cada criança aprende a andar, falar, ler e fazer cálculos a seu próprio ritmo, e que isso não tem qualquer influência na forma como irá andar, falar, ler ou fazer cálculos posteriormente.

Que o fator de maior impacto no bom desempenho escolar e boas notas no futuro é que se leia às crianças desde pequenas. Sem tecnologias modernas, nem creches elegantes, nem jogos e computadores chamativos, se não que a mãe ou o pai dediquem um tempo a cada dia ou a cada noite (ou ambos) para sentar-se e ler com ela bons livros.

Que ser a criança mais inteligente ou a mais estudiosa da turma nunca significou ser a mais feliz. Estamos tão obstinados em garantir a nossos filhos todas as “oportunidades” que o que estamos dando são vidas com múltiplas atividades e cheias de tensão como as nossas. Uma das melhores coisas que podemos oferecer a nossos filhos é uma infância simples e despreocupada.

Que nossas crianças merecem viver rodeadas de livros, natureza, materiais artísticos e a liberdade para explorá-los. A maioria de nós poderia se desfazer de 90% dos brinquedos de nossos filhos e eles nem sentiriam falta.

Que nossos filhos necessitam nos ter mais. Vivemos em uma época em que as revistas para pais recomendam que tratemos de dedicar 10 minutos diários a cada filho e prever um sábado ao mês dedicado à família. Que horror! Nossos filhos necessitam do Nintendo, dos computadores, das atividades extraescolares, das aulas de balé, do grupo para jogar futebol muito menos do que necessitam de nós. Necessitam de pais que se sentem para escutar seus relatos do que fizeram durante o dia, de mães que se sentem e façam trabalhos manuais com eles. Necessitam que passeiem com eles nas noites de primavera sem se importar que se ande a 150 metros por hora. Têm direito a ajudar-nos a fazer o jantar mesmo que tardemos o dobro de tempo e tenhamos o dobro de trabalho. Têm o direito de saber que para nós são uma prioridade e que nos encanta verdadeiramente estar com eles.

Então, o que precisa mesmo – de verdade – uma criança de 4 anos?

Muito menos do que pensamos e muito mais!