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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

É possível potencializar o aluno? - Entrevista com Jamile Coelho para revista Mestres +


Como melhorar o aprendizado? A proposta do Espaço Educacional é buscar o autoconhecimento por meio do Perfil Cognitivo para saber as habilidades e dificuldades de cada um, ajudando a construir um projeto de estudo personalizado. Jamile Coelho, diretora do EE, deu uma entrevista sobre o assunto à revista Mestres +. Confira trechos da reportagem:

Na teoria, os estudantes são relativamente iguais nas instituições escolas. Recebem a mesma atenção, assistem às mesmas aulas e enfrentam as mesmas cobranças. Na prática, a verdade é bem diferente. Cada aluno tem características peculiares e responde de uma maneira específica aos estímulos. Alguns aprendem com maior facilidade escutando o professor falar em sala de aula, outros reagem melhor quando têm apoio de algum material visual e, por fim, há aqueles que têm maior desenvoltura por meio da interação. Esses são, de maneira resumida e simplificada, os três perfis (auditivo, visual e cinestésico) que integram o Perfil Cognitivo dos indivíduos.

Basicamente, é a partir destes modelos que as informações são processadas pelo cérebro. Claro que um deles sempre predomina nas potencialidades. Mas, se são tantos alunos numa mesma sala de aula, com os perfis de cada indivíduo, como diferenciá-los e potencializar as suas habilidades?  A situação ficou complexa, certo?

Pois é a partir de agora que tudo passa a fazer sentido, como explica Jamile Coelho, que dirige o Espaço Educacional, de São Paulo. A instituição busca analisar os alunos em suas diferentes necessidades. São alunos novos, a partir dos seis anos, até os mais maduros, na terceira idade. O objetivo é identificar o indivíduo. E, a partir destas informações, conseguir ampliar o aprendizado. "É fundamental que o estudante se conheça. O ideal é que a escola faça isso. Porque, somente olhando o perfil cognitivo de cada um, será possível realmente trabalhar as habilidades e potencializar o ensino", destaca.

Com mais de 45 anos de experiência na área de educação, Jamile afirma que parte da dificuldade das escolas em tornar o aprendizado atrativo é por não conseguir estabelecer essa relação com o aluno. "Imagine uma sala de aula em que o professor está explicando um determinado conteúdo. Para os alunos auditivos (que representam em média 20%), esse modelo serve perfeitamente. Ele escuta e grava a informação. Só que os outros 80% acabam tendo dificuldades porque precisam de outros elementos para aprender", enfatiza.

No Espaço, o conceito mais valorizado é o de "personificação" do aluno. "As pessoas começam a perceber que todas têm habilidades e dificuldades. Assim, juntas se complementam", diz Jamile. E o resultado desse processo é a qualidade do aprendizado. E para ela, essa é a chave para melhorar o aproveitamento dos alunos e a qualidade do ensino.

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