Páginas

domingo, 18 de maio de 2014

Temas em debate


O evento Transformar 2014 ocorreu no fim do mês de abril e colocou em pauta assuntos como personalização do ensino, aprendizagem híbrida, games revolucionam a educação e competências para o século 21. Confiram abaixo resumo dos itens e os comentários da pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional:

Personalização: um caminho para cada aluno 

"Uma série de estratégias pedagógicas voltadas a entender e promover o desenvolvimento dos estudantes de maneira individualizada, respeitando as limitações e os talentos de cada um. O conceito leva em consideração que os alunos aprendem de formas e em ritmos diferentes, e que são diversos seus conhecimentos prévios, habilidades e interesses. Com o desenvolvimento tecnológico, foi possível ter personalização em escala e, com isso, ela vem sendo apontada por especialistas como uma importante macrotendência em todas as etapas do ensino."

Personalização sempre foi um conceito-chave trabalhado no Espaço Educacional. O diagnóstico inicial mapeia a trajetória de vida escolar do estudante para entender tudo que aconteceu até o momento. A montagem de um projeto personalizado abrange os aspectos: comportamental (atitudes ou hábitos de disciplina, organização, atenção e concentração e autonomia), cognitivo (estilo de aprendizado predominante, conhecimentos prévios, técnicas de estudo) e emocional (competências socioemocionais frente ao aprender e à vida). Temos a ferramenta exclusiva Perfil Cognitivo utilizada para mapear as habilidades, dificuldades e áreas de interesse, que servem de base para a construção de um projeto personalizado com o intuito de desenvolver as competências cognitivas e socioemocionais. 

Ensino Híbrido: o poder de misturar online e offline 

"O termo ensino híbrido, conhecido em inglês por blended learning, se refere ao conjunto de práticas pedagógicas que combinam o aprendizado presencial com atividades online. Nessa metodologia, os alunos mesclam (por isso o termo blended, do inglês “misturar”) momentos em que estudam sozinhos ou em grupo, com o apoio de ferramentas tecnológicas e comunidades virtuais, com outros em que a aprendizagem ocorre de forma presencial, valorizando a interação entre pares e entre aluno e professor. A proporção dessa mistura varia muito e define subtipos de ensino híbrido. Qualquer que seja o subtipo utilizado, na etapa presencial, o professor ou tutor se torna responsável por propor atividades que valorizem as interações interpessoais." 

No Espaço Educacional, na maioria das aulas já utilizamos o ensino híbrido e reconhecemos a importância de incluir o digital nas aulas, mas sempre com um objetivo claro e com o professor orientando o processo. 

Como os games estão revolucionando a educação 

"Com games, os alunos tanto podem adquirir conhecimentos em disciplinas tradicionais quanto desenvolver competências socioemocionais, como a capacidade de tomar decisões, de resolver problemas e de entender regra; o raciocínio rápido e estratégico; a antecipação, a colaboração e a perseverança. Já que a lógica que rege os games é a de avançar em fases de níveis crescentes de complexidade, o aluno fica tentado a evoluir no jogo, o que significa continuar aprendendo. O erro é aceito e é bem-vindo como parte natural do aprendizado. Errar, inclusive, desafia e motiva. Como nas plataformas adaptativas, os games também registram os passos do aluno, oferecendo ao professor informações importantes quanto ao grau de proficiência dos estudantes em cada conhecimento que precisam dominar." 

Realmente, os games são excelentes recursos motivacionais e trabalham as competências socioemocionais muito importantes na formação dos jovens. Para isso, contratamos uma professora de design de games que dará aula prática para os alunos nesta área digital tão atual e desafiadora. 

Competências para o século 21 

"O termo competências para o século 21 se refere a uma série de conhecimentos, habilidades, hábitos e traços de personalidade que, acreditam os educadores, ajudarão os alunos a serem bem-sucedidos em sua trajetória acadêmica e profissional, mas também em sua vida pessoal e em comunidade. Muitas vezes, o termo é substituído por sinônimos como competências não cognitivas, habilidades interdisciplinares, transversais ou socioemocionais. Essas capacidades transcendem as expectativas de aprendizado relacionadas a conteúdos acadêmicos e podem estar presentes nas rotinas de todas as disciplinas escolares". 

As competências do século 21 ou competências socioemocionais sempre fizeram parte dos projetos do Espaço Educacional, pois o processo de autoconhecimento e de autoavaliação acontece paralelamente a qualquer atividade pedagógica, sendo responsável pelo desenvolvimento dessas competências.

Fonte: Transformar

domingo, 4 de maio de 2014

"Todas as fases do aprendizado deveriam ser como o jardim de infância"



A leitura da entrevista do site Porvir com Mitchel Resnick, do MIT Media Lab, já sensibiliza pela primeira frase: "Todas as fases do aprendizado deveriam ser como o jardim da infância". Confira abaixo trechos do texto e reflexões da pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional:

"Eu sempre busco inspiração no modo que o ensino é conduzido no jardim de infância. As crianças estão constantemente criando em colaboração e, no processo, eles aprendem coisas importantes. Infelizmente o restante da vida escolar não é assim”, disse Resnick.  

O profissional enfatiza a necessidade de derrubar barreiras, quebrar paradigmas que têm sufocado a escola e os alunos, e bloqueado o processo de aprender com curiosidade, como acontece no jardim da infância. Acrescenta ainda que a tecnologia é uma excelente ferramenta para realizar a revolução que precisa acontecer na área de educação, desde que não seja utilizada para reforçar abordagens educacionais tradicionais e ultrapassadas.

Segundo Resnick, as maiores mudanças no aprendizado não virão apenas de uma melhor entrega de informações ou de um melhor acesso a informações. Devemos dar oportunidade para os alunos criarem e se expressarem de novas formas. 

"A melhor experiência de aprendizado acontece quando estamos envolvidos em criar, fazer, pensar no design das coisas. E pode ser qualquer tipo de coisa: fotos com impressões digitais, um poema, um robô com materiais eletrônicos. (...) Muito do que aprendemos hoje vai estar obsoleto amanhã, mas uma coisa que não vai ficar obsoleta é a habilidade de aprender bem e encontrar soluções criativas."

A habilidade de aprender bem e encontrar soluções criativas precisa ser desenvolvida em alunos e professores. O ponto de partida são os professores. Se o professor não vivenciar esse processo, dificilmente ele levará isso para o aluno e para a sala de aula. Acredito que o Design Thinking é uma excelente ferramenta para ser utilizada com o professor e com os alunos.

"É importante que os professores continuem a ser aprendizes, porque o mundo está em constante mudança e os professores não podem confiar em coisas que eles aprenderam no passado." 

Acredito que essa revolução só acontecerá na medida em que os professores acreditarem e quiserem fazer parte dela. As competências socioemocionais que queremos desenvolver nos alunos precisam antes serem despertadas e desenvolvidas no professor. Quando isso acontecer, alunos e professores serão parceiros no processo de aprendizagem e se sentirão como eternos aprendizes. É algo que vem de dentro para fora. Percebemos, pelo que temos acompanhado no site Porvir, que alguns educadores estão despertando e se aventurando. E que aqueles que fazem este movimento têm colhido resultados muito satisfatórios. No entanto, temos que afirmar que a grande maioria ainda precisa despertar e esse precisa ser o foco.

"Do mesmo modo que vimos o Maker Movement criar novas oportunidades para as pessoas fazerem coisas, nos últimos dois anos podemos observar o começo de um Coder Movement [movimento da programação], provendo oportunidades para que as pessoas aprendam a programar. Os dois têm o mesmo espírito. As pessoas não deveriam usar o computador só para navegação, para conversar e jogar, mas para o design e para a criação. Ensinando as pessoas a programar, estamos as capacitando para que expressem suas ideias com novas tecnologias."

A geração atual convive com a tecnologia desde cedo. A geração dos professores não. Vencer o medo de errar e despertar a motivação para aprender a lidar com a tecnologia, olhando-a como mais uma ferramenta de aprendizagem, é o desafio. E não podemos esquecer que uma geração pode aprender com a outra e isso é muito saudável. Por que não podemos aprender com os alunos?

Eu não acho que saber programar vá ser mais importante que escrever, mas acredito que possa ter a mesma importância. Do mesmo modo que queremos que as pessoas aprendam a escrever, existem razões similares para querermos que todos aprendam a programar. Muito frequentemente, as pessoas pensam em programação de modo limitado, como se fosse útil apenas para quem quer ser programador. Mas programação é importante, em primeiro lugar, para expressar as ideias. Depois, ajuda a organizar os pensamentos. Existe também uma questão quase política: quando se aprende a programar, sente-se o poder e o controle sobre essas novas tecnologias que são tão importantes para a nossa sociedade.

Adorei essa parte da entrevista e entendi porque eu uso muito o PowerPoint para expressar ideias e imagens que ajudam a visualizar o que estou aprendendo. Eu vivenciei esse processo de aprender movida pela necessidade e hoje quase não faço mais rascunhos. Tudo que faço já é direto no computador. Fui perguntando, tentando, errando e acertando, mas me encantando com essa nova maneira de me expressar. Por isso, acredito que a pessoa precisa vivenciar o processo para “entrar” nele.

"A programação pode ser útil para compartilhar ideias, para desenvolver identidade e voz, para organizar pensamentos e para as pessoas se sentirem participantes da sociedade atual."

Com todas as formas de comunicação digital, inclusive as redes sociais, aprendemos tudo que foi falado acima: compartilhar, criar identidade e voz, e nos sentirmos participantes desse processo que já iniciou e não tem como parar. Ou as pessoas entram ou ficam de fora, ficam à parte da história.

"Acho que temos três grandes metas ao ensinar as pessoas a programar: ajudar as pessoas a pensar criativamente, a pensar sistematicamente e a trabalhar colaborativamente. São fatores importantes para o sucesso e a felicidade individual e para a sociedade."

Essas habilidades de pensar de forma criativa e sistematizar o que criamos para utilizar em beneficio de outras pessoas e da comunidade estimulam o trabalho de colaboração, que é o fator-chave da revolução que já se inicia e começa a acontecer na educação.

"Acredito no ensino baseado em projetos, no qual as pessoas trabalham em projetos significativos que misturam todas as disciplinas. Quando se trabalha em um projeto, é preciso escrever, resolver problemas matemáticos e ter conhecimentos científicos. Essa é a melhor preparação para o tipo de trabalho que fazemos como adultos, na vida. E a maioria das pessoas, não importa se trabalham como jornalistas, gerente de marketing, ou como políticos, todo mundo trabalha com projetos."

Aprender a trabalhar com projetos nos prepara para a vida e faz a ponte entre escola e trabalho que hoje ainda está tão falha e desvinculada. A escola, o vestibular, a preocupação para entrar na faculdade são etapas que acontecem ainda de forma antecipada, estressante e muito pouco gratificante. Onde está o autoconhecimento que nos ajuda a fazer escolhas inteligentes e que têm a ver conosco? Onde estão as habilidades que precisaríamos desenvolver para enfrentar obstáculos e vencer desafios? Como está a autoestima e a motivação do jovem quando pensa em seu futuro?

"Eu gostaria de quebrar as paredes das salas de aula de diferentes maneiras. Não quero uma sala maior, mas fazer as pessoas trabalharem em projetos, que podem durar longos períodos de tempo, que mesclem disciplinas e que sejam significativos para suas vidas fora da escola. Que o que se trabalhe dentro da escola faça sentido também fora dela."

O que acredito é em dar sentido e ter um propósito que nos permita concluir que a educação acontece na vida e não somente na escola. E que, em qualquer faixa etária, sempre podemos aprender e que a curiosidade que temos no jardim da infância não pode se perder. 

Fonte: Porvir

domingo, 27 de abril de 2014

Educação para o século 21


O sistema educacional é compatível com a realidade atual? Confira dados de artigo do site Porvir e os comentários (em negrito) da pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional: 

“Muitos jovens não se encaixam no sistema educacional atual por ele ser muito engessado, voltado para o currículo e para as avaliações. Modelo que, segundo o inglês David Nicoll, diretor executivo da Studio Schools Trust, não permite que os talentos e a criatividade dos jovens sejam estimulados, limitando as possibilidades de sucesso dos estudantes.” 

O sistema educacional precisa ser transformado. Nós, do Espaço Educacional, acreditamos que estas mudanças são urgentes e estamos abertos para a inovação e para a transformação que precisa acontecer. Nós queremos fazer parte desta mudança! Nós vemos todos os dias as consequências dessa situação em jovens desmotivados, com bloqueios para aprender e com medo de errar. Por isso, criamos o Projeto Recomeçar, que resgata a autoestima, o gosto por aprender e o redirecionamento da vida escolar.

“'Precisamos trabalhar com o sistema para mudar o próprio sistema. Julgamos que o sucesso de um sistema educacional não é baseado em resultados de exames. Habilidades deveriam ser mais importantes que o conhecimento'”, diz David em entrevista ao Porvir, onde afirma que o sucesso do modelo de ensino deveria ser medido alguns anos após a formação do estudante, levando em conta seu emprego, qualidade de vida e saúde."

Esse é o nosso objetivo e, ao mesmo tempo, nosso desafio: ajudar no desenvolvimento de habilidades que os alunos levarão e utilizarão em sua vida. A aprendizagem acontece em diferentes situações do dia a dia quando nos deparamos com obstáculos a serem ultrapassados, quando interagimos com pessoas com opiniões e habilidades diferentes das nossas e quando precisamos expressar o que pensamos e sentimos diante de situações e pessoas com as quais não concordamos. A inteligência emocional para lidar com essas situações do cotidiano é o grande diferencial do século 21. O desenvolvimento da inteligência depende do autoconhecimento (inteligência intrapessoal) e da capacidade de nos relacionarmos com outras pessoas (inteligência interpessoal).

Fonte: Porvir


domingo, 20 de abril de 2014

A importância do cérebro em nossa vida

Você sabia que...?

- O cérebro é como um músculo? Se você o exercita, está mais protegido contra problemas. Ao que tudo indica, exercitar o cérebro cria uma espécie de proteção a danos. A leitura é um exercício fantástico! Quem não lê está fadado a ter uma memória menos eficiente.

- O cérebro gosta de brincar? A perda da capacidade de brincar produz muitos efeitos negativos na vida das pessoas, sejam crianças ou adultos. É justamente quando se brinca que as células cerebrais formam mais e mais conexões (sinapses), criando uma rede densa de ligações entre neurônios que passam sinais eletroquímicos de uma célula para outra. Ou seja, o ato de brincar e rir estimula e exercita as diferentes funções cerebrais. Brincar, contudo, não é fundamental apenas para o bom desenvolvimento e para manutenção do cérebro. Do ponto de vista psicológico e comportamental, essa atividade tem importância ainda mais profunda e sutil. Manter o bom humor e fazer da vida uma saudável brincadeira são a melhor maneira de exercitar seu cérebro e permanecer sempre jovem. Quanto mais lúdico o exercício, melhor o efeito para a memória. Ou seja, quando você gosta do que faz, aprende melhor. 

- Uma pessoa pode ficar mais inteligente se praticar exercícios físicos? Essa afirmação do Dr. Luís Eugenio Mello, professor de neurofisiologia da Universidade Federal de São Paulo, aponta a atividade física como um dos fatores que estimulam o nascimento de neurônios (neurogênese) no hipocampo, região do cérebro responsável pela memória e aprendizagem, entre outras funções. Um trabalho recente da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, aponta que a região cerebral mais beneficiada pelos esportes ou pela ginástica é o hipocampo. E é bem ali que ficam arquivadas as nossas lembranças. 

- O estresse prejudica o funcionamento de seu cérebro? Assim como os exercícios podem estimular e introduzir o nascimento e a reprodução dos neurônios, o estresse pode fazer com que eles morram ou deixem de nascer. Então, para uma vida cerebral saudável, o importante é cuidar da parte física em conjunto com a psíquica. Isso significa não só realizar atividades físicas, mas também aprender coisas novas. Como fatores redutores de estresse, é aconselhável ainda manter uma alimentação balanceada, um tempo de sono adequado e algumas horas dedicadas ao lazer.

Curiosidades retiradas do livro Mente e Cérebro Poderosos, de Conceição Trucom.


domingo, 13 de abril de 2014

Depoimentos de alunos de 2014



Em uma única frase, como explicaria para alguém o que é o Espaço Educacional? Apresentamos para vocês, com satisfação, as respostas de alguns de nossos alunos:

“O Espaço Educacional é um lugar cheio de vida, cujos professores se adequam para serem os melhores para você.” (Marina Mihály)

“O Espaço Educacional é uma escola que ensina a aprender que estudar pode ser divertido.” (Juliana Aguiar)

“No Espaço Educacional, aprendi que estudar não é só ler e decorar, mas sim aprender e entender.” (Julia dos Santos)

“O Espaço Educacional é um local diferente, muito legal, que eu gosto e tenho prazer em estudar.” (Gabriel Piccirillo)

“O Espaço Educacional é lugar onde se aprende a organizar, estudar, ter autonomia e autoconfiança.” (Eduardo Denser)

“O Espaço Educacional te ajuda a ver o lado bom de estudar.” (Coral Schiller)

“Acredito que o Espaço Educacional seja: surpreendedor.” (Arthur Domeque)

“O Espaço Educacional é um porto seguro.” (Marcelo Mattos)

“O Espaço Educacional é um “brother” escolar.” (Gabriel Nunes)

domingo, 6 de abril de 2014

Como transformar a sala de aula e trabalhar as competências do século 21?



1 - Mudança de um sistema centralizador para um sistema colaborativo de ensino
O espírito de colaboração é algo a ser aprendido e construído por meio de situações que estimulem e incentivem pensar e agir com base no “ganha-ganha”. O colaborar e o compartilhar estão presentes em todas as situações da vida e, inclusive, nas redes sociais, para nos ajudar a quebrar o paradigma: “Quando um ganha, o outro perde”. Por isso, criar situações que propiciem a colaboração, como o projeto “Compartilhando Habilidades” que está acontecendo no Espaço Educacional, é algo incrível, pois traz resultados inusitados.

2 - Os erros passam a ser um caminho para o acerto e não o determinante entre o sucesso e o fracasso. Acontece que aprender com os erros é uma excelente prática!
Toda tentativa não deixa de ser parte do processo de raciocínio para encontrar uma resposta ao desafio apresentado. E a tentativa mal-sucedida faz parte do caminho do aprendizado e não pode e nem deve ser recriminada ou descartada. Realmente, aprender a lidar com o erro de forma leve e desafiadora, ao mesmo tempo, é uma competência que nos prepara para a vida.

3 - A padronização do ensino é derrubada para dar espaço à personalização
Tudo que é formatado restringe, bloqueia e prejudica o processo de aprendizagem. Cada pessoa tem o seu ritmo e seu estilo e pode descobrir uma maneira produtiva e prazerosa de aprender. O aprendizado é uma construção que depende das habilidades de cada um, da bagagem de conhecimento e de experiências que traz. Por isso, a necessidade da personalização. 

4 - A realidade atual exige competências como o pensamento crítico, a empatia, a comunicação, a liderança e a ética
O desenvolvimento dessas habilidades pede que professor e aluno se tornem parceiros no aprendizado, pois não existe uma situação em que apenas um aprende. Toda troca envolve pessoas, com sua bagagem cognitiva e socioemocional. Daí, a necessidade do desenvolvimento dessas competências que, com certeza, também alavancarão os resultados cognitivos.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Estudantes brasileiros ficam entre últimos em teste de raciocínio



A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou hoje o resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que avaliou a capacidade de 85 mil estudantes de 15 anos do mundo inteiro para resolver problemas de matemática aplicados à vida real. O Brasil ficou em 38° lugar, com 428 pontos, em um total de 44 países.

O resultado do Pisa mostrou ainda que só 2% dos alunos brasileiros conseguiram resolver problemas de matemática mais complexos. Entre os estrangeiros, esse número chegou a 11%. (confira a reportagem na íntegra aqui)


Comentário da diretora do Espaço Educacional, Jamile Magrin Goulart Coelho

O resultado desta avaliação mostra o quanto o estudo não está vinculado com a realidade e que a preocupação nas escolas ainda é o conteúdo e a informação. 

Resolver problemas que retratam situações do dia a dia, utilizando o conhecimento multidisciplinar e as habilidades, é o grande desafio atual. As competências socioemocionais funcionam como um motor propulsor, pois é a partir da curiosidade, motivação, determinação e envolvimento com o processo de aprendizagem que tudo acontece. 

Mudança é a palavra-chave para que este cenário da educação se transforme e para que as pessoas que participam deste processo acordem para esta necessidade de interligar o conhecimento às situações-problema, que fazem parte do cotidiano das pessoas e comunidades.