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domingo, 23 de fevereiro de 2014

Aprendizado online é mais natural para o cérebro



O aprendizado online é mais natural para o cérebro. Essa é a conclusão do interessante texto apresentado pelo site do Porvir e o Espaço Educacional acredita que a forma não-linear, que foge do tradicional, propicia uma aprendizagem significativa. Confira abaixo a publicação na íntegra e os comentário da pedagoga Jamile Magrin Goulart Coelho, diretora do Espaço Educacional: 

"Ler um livro ou uma história pode parecer uma atividade natural para boa parte das pessoas, mas para o nosso cérebro é questão de treino. Quando, no século 15, o livro passou a ser um instrumento difusor de informação, as pessoas tiveram que ensinar o cérebro a se desconectar do mundo ao redor e mergulhar neste outro universo, senão muito do conteúdo não seria absorvido. É esse o argumento que Jolanta Galecka, especialista em marketing on-line na editora europeia Young Digital Planet, usa para explicar porque a internet entrou com tanta facilidade na vida moderna – principalmente entre as crianças. 'A internet permite que nosso cérebro funcione do jeito que ele mais gosta', defende."

No Espaço Educacional, o estudo dos hemisférios cerebrais sempre esteve presente em nosso dia a dia. Com certeza, o digital atua de forma não-linear, acompanha o ritmo do estudante e sua curiosidade e personaliza o processo de aprendizagem.

"De acordo com a especialista, que esteve nesta semana na Contec Brasil, conferência sobre educação, conteúdo de mídia infantil e tecnologia, o cérebro sempre se desenvolveu em movimento, prestando atenção em tudo que está ao redor. 'É assim que aprendemos com mais facilidade e a internet é um ambiente disperso de aprendizagem, é mais natural para nosso cérebro', argumenta. Até por isso, a introdução desse novo universo é muito difícil em escolas com modelos de ensino tradicional, que não fomentam nos alunos a multiconexão entre conteúdos, informações e experiências de vida."

O digital faz parte da vida das pessoas em diferentes situações: uma pesquisa na internet, pegar um taxi, pagar uma conta, buscar caminhos alternativos para evitar o trânsito, fazer cursos em educação a distância, ou seja, não há como ignorar essa realidade. Por isso, utilizar ferramentas digitais na aprendizagem é uma necessidade. E fica o desafio para os professores que não nasceram na geração digital irem em busca desse aprendizado para poder interagir com os estudantes falando a mesma linguagem e ainda aprender com ele. Afinal, uma geração tem muito a aprender com a outra!

“Se o conteúdo não é ensinado de maneira interativa, o aluno não aprende. O cérebro absorve informações quando constrói seus próprios modelos mentais de conexões. Armazenamos a informação por meio dessas conexões, e elas vão ser feitas de acordo com o conhecimento prévio de cada um”, explica a especialista, que completa: 'Por isso que conexões não podem ser ensinadas, ou mesmo forçadas, da mesma maneira que não se pode dar conhecimento. Podemos dar informação, para que ela seja absorvida. Com base nela é que se constrói o conhecimento'.”

Despertar o interesse e a motivação, explorar o aprendizado sinestésico com experiências interativas e utilizar o conhecimento adquirido em situações do dia a dia, contextualizando a aprendizagem, é o nosso desafio como educador. 

"Entender como o nosso cérebro aprende e como ele responde a estímulos é um grande passo para melhorar a qualidade do processo de ensino e aprendizagem, defende a especialista. 'É aí que o professor estará usando por completo sua habilidade pedagógica, todo o seu potencial. Incitando discussões, instigando a curiosidade, mostrando caminhos para relacionar os conteúdos ao mundo real e a vida fora da escola', afirma Galecka."

O professor é o parceiro do aluno no processo de aprendizagem e a ele cabe a função de tornar o processo significativo, desenvolver habilidades e fazer a ponte entre o conteúdo e a realidade.

"Desse modo, modelos como a sala de aula invertida ou o aprendizado baseado em projetos ganham força, já que trazem melhores resultados no desenvolvimento dessas conexões. 'A sala de aula invertida não é a solução sozinha, assim como trabalhar com projetos também não é. Tudo precisa ser misturado, combinado com uma série de outras práticas que mostrem para os estudantes a relevância do tema que está sendo abordado. É preciso conectá-lo com o mundo real e não apenas replicá-lo porque está no livro ou faz parte do currículo', afirma."

Essa forma não-linear, que foge do tradicional, propicia uma aprendizagem significativa e mantém acesa a motivação e a curiosidade, garantindo uma aprendizagem eficiente. Essa sempre foi a dinâmica de trabalho no Espaço Educacional, que cria um clima de liberdade para os professores e de criatividade para os alunos.

"Ainda segundo a especialista, o principal papel da escola tem que ser fomentar o pensamento crítico e a análise das informações. 'Temos que ensinar as crianças a pensar. É por meio do pensamento que vem a diversidade de informação e opinião. Os alunos tem que saber discernir o que é importante do que não é. Eles têm que saber como usar as informações adquiridas para qualquer propósito que eles queiram, têm que se apoderar delas', conclui."

Ensinar a pensar, vencer o medo de errar, utilizar a ferramenta do brainstorming estimulam a busca de diferentes caminhos ou alternativas diante de qualquer desafio e levam o estudante a se envolver, a participar e a construir os resultados ou soluções. 

Esse artigo da PORVIR, como muitos outros que estou sempre lendo e compartilhando com a equipe do Espaço Educacional, reforça que estamos na direção correta, conectados às necessidades do momento, pois o EE nunca funcionou no modelo tradicional e estamos sempre receptivos a aprender e colocar novos recursos nos projetos.

Fonte: Porvir

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