O texto para reflexão desta semana é sobre um movimento que estimula jovens a buscarem a felicidade. O projeto chamado Buena Onda é voltado para autoconhecimento, reflexão e protagonismo em relação a própria vida. Confiram o texto do Porvir:
“As escolas discutem pouco o que é importante de verdade. Somos ensinados a entender a vida como uma luta, uma batalha, mas o mais importante é aprender a viver e não aprender a ganhar a vida”. Esse é o argumento de Rogério Oliveira, ao explicar o movimento que fundou, o Buena Onda, que realiza palestras, aulas e workshops para empresas e escolas sobre felicidade, mudanças e escolhas.
Voltada para jovens que estão prestando vestibular, o movimento participa do Descomplica, um site de videoaulas que prepara estudantes para o Enem, com o intuito de ajudar a tirar o peso que esse momento de escolhas relacionadas a universidade, carreira e profissão representa para o jovem. “É como se isso fosse definir quem eles vão ser para o resto da vida. Por isso, nos propomos a falar o que eles não escutaram durante todos os anos da vida escolar”, argumenta Oliveira.
A aula de mais de duas horas de duração baseia a parte conceitual em um manuscrito de Platão, conta o fundador, e é dividida em três elementos principais que, combinados e colocados em prática, elevam as chances de se levar uma existência mais plena: ser dono da própria vida, a questão da liberdade e sair do piloto automático.
“Ser dono da própria vida quer dizer assumir a responsabilidade, queremos levar a ideia de protagonismo para os jovens”, conta. Sobre a questão da liberdade, o debate é contra a autocensura que muitas pessoas fazem para ou por causa de outras pessoas. “É sobre manter suas crenças em todas as situações, independentemente do julgamento dos outros”, resume Oliveira. Já sair do piloto automático quer estimular os jovens a perceberem o quanto das decisões que tomam são por eles e o quanto são pela formação que tiveram de casa, do bairro, da cidade ou país. “Queremos faze-los questionar se realmente querem fazer o que estão fazendo. Querem mesmo fazer uma faculdade? Querem ter filhos?”, pontua.
“Ser dono da própria vida quer dizer assumir a responsabilidade, queremos levar a ideia de protagonismo para os jovens”
Todo esse trabalho é para fazer os jovens que estão buscando seus próprios caminhos compreenderem que podem trilhar rumos completamente diferentes do padrão, do comum na sociedade. “Somos quase uma linha de montagem, desenhados para funcionar nessa engrenagem, somos programados desde cedo para isso”, argumenta Oliveira, que completa dizendo que o mais valioso é o entendimento que “ser eu mesmo” basta.
Para ele, quanto mais cedo esses questionamentos e reflexões forem feitos, melhores serão os resultados, pois “quanto mais tempo de vida passar, mais treinado estamos para fazer parte dessa engrenagem”.
O movimento está desenvolvendo um projeto para trabalhar com crianças, que será mais voltado para questões de percepção corporal, envolvendo meditação e atividades mais lúdicas. “É como aprender um novo idioma, quanto mais cedo, melhor”, diz Oliveira.
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