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segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Projeto de Autoconhecimento e Educação Emocional

 

É com alegria que compartilho que vou implantar um Projeto de Autoconhecimento e Educação Emocional na escola Afeto & Cia, em Franca, interior de São Paulo. Neste fim de semana, fiz uma palestra interativa com os pais e foi um sucesso!

O trabalho vai ter uma duração mais longa e, em breve, conto mais detalhes sobre os próximos passos. Gratidão!


Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Como o livro CHAMA ACESA foi construído: uma parceria e dois sonhos


Escrever um livro sempre foi um sonho para mim. E a realização de um sonho acontece no momento certo, quando aquele sonho está forte o suficiente para nascer. 

Um sonho é como uma semente plantada em nosso coração, que vai sendo cuidada e, quando ganha força, rompe a barreira para desabrochar. No entanto, deixa as raízes dentro para garantir a sustentação e para mostrar a importância do processo. 

Posso comparar também um sonho com um passarinho, pois adoro pássaros. Precisa ficar na incubadora, que é o ovo, para se formar, fortalecer e nascer. Nascer para aprender a viver, a cantar, a voar e, por fim, alçar voos mais altos com liberdade e força. 

Eu acredito que esse processo da semente plantada até o desabrochar, do passarinho no ovo incubado até nascer, pode muito bem representar o processo de criação e construção do livro Chama Acesa, que é a minha biografia. 


Entre mim e a Patricia aconteceu uma parceria eficaz, firme e amorosa de duas pessoas com perfis bem diferentes, mas complementares para equilibrar a construção do processo. Uma emocional demais e a outra mais lógica e racional. Uma é mais reservada e a outra extremamente falante e interativa. Uma muito “terra”, a outra muito “água”. 

No entanto, apesar das diferenças, temos em comum uma forte sensibilidade que nos conectou para a criação do livro da forma mais verdadeira possível. O elo que surgiu nessa jornada foi se fortalecendo e resultou em laços de afeto e respeito sólidos. 

Não tem como escrever um livro da vida de uma pessoa sem se colocar no lugar dela, de corpo e alma. As lembranças dos acontecimentos foram guiadas pelas perguntas que a Patricia elaborava e me enviava por e-mail. 

E ela me dizia: "Não se preocupe em ordenar. Lembrou, escreve de forma espontânea". Perguntas essas que buscavam acontecimentos de minha vida no tempo e no espaço, entremeados com diversas emoções, de dores fortes a alegrias intensas. E esse trabalho durou meses. Eu gostava muito de escrever à noite e me perdia no tempo, pois o fluxo vinha com muita naturalidade. Tudo estava pronto para nascer. 

E assim foi... Em alguns dias, ligava para minha irmã pedindo a versão dela sobre algum fato para olhar de outro ângulo o que havia acontecido. Em outros dias, as lembranças me faziam rir ou chorar muito. Algumas eram mais difíceis de lidar e tinha momentos que queria “fugir” delas perguntando para a Patricia: "você já não fez essa pergunta?". E ela respondia: "não tem pergunta repetida". Então, eu concluía que tinha que encarar e buscar as respostas dentro de mim. 

E assim o processo foi se desenvolvendo de dentro pra fora. No início, ela me mandava o que havia escrito de forma mais ordenada para eu revisar, mas, quando eu lia, sempre queria mudar (estilo habilidoso muito forte) e ela percebeu que, dessa maneira, o livro nunca iria terminar. 

De forma segura e firme, optou por não me mandar de volta cada bloco de perguntas respondidas para revisão e prosseguimos o trabalho. Na finalização, reli e revisei tudo. Lembrei de mais alguns detalhes para completar e percebi que algumas partes poderiam ser enxugadas. E o livro foi concluído. 

Hoje, com o Chama Acesa em mãos, sinto que chegou o momento em que eu me sinto apta para fazer um agradecimento especial e justo à Patricia Zwipp, uma jornalista criteriosa, exigente, que ama ler e escrever e que tinha um sonho: escrever um livro. E por que eu me sinto assim? 

- Porque partiu dela começar o livro com o primeiro capítulo dedicado à minha mãe, que foi uma pessoa fundamental em minha vida. 

- Foi ela que me ajudou a materializar o blog e as redes sociais do Projeto Chama Acesa, sintetizando textos e escolhendo imagens, com grande habilidade, desde 2013. 

- Foi a Patricia que teve a perspicácia de transformar o período em que fiquei doente no fio condutor da história, o que acabou originando o nome do livro. 

- Foi ela que teve o insight de dividir o livro nas estações do ano, que escreveu a mensagem de cada estação e me ajudou a escolher as fotos. 

- E por último, conquistou a maestria ao tecer como uma obra de arte todos os acontecimentos de minha vida de forma não-linear, ou seja, não escreveu cada etapa separadamente como nos livros biográficos, por ordem cronológica. Optou por utilizar o tempo "Kairós", ou seja, o tempo em que as coisas acontecem por dentro, de forma totalmente interligada. 

É preciso muita conexão e sensibilidade para conseguir fazer isso e, quando vi o resultado, ou seja, o livro pronto, eu chorei. E ela também. Assim, foram dois sonhos que a VIDA magistralmente uniu para nascerem juntos.

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Lançamento da minha biografia


Ontem (2 de setembro) foi um dia muito especial para mim! Lancei a minha biografia no International Happiness Forum, onde também participei de um painel de medicina integrativa e dei o workshop "Alfabetização Emocional - O que as emoções falam de mim".

O livro Chama Acesa conta como a luta contra o câncer e o amor pela minha profissão de educadora me ajudaram a trilhar o caminho de libertação e autoconhecimento. Agradeço a todos que compartilharam este momento de emoção comigo. Em breve, informo as datas das próximas sessões de autógrafos. 
Na foto, as Patricias que tanto colaboraram para o blog e o livro Chama Acesa: Patricia Zwipp, Patricia Gebrim e Dra. Patricia Valentini Melo

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

Palestra de acolhimento e trabalho de autoconhecimento com mulheres refugiadas


No dia 8 de agosto, tive a experiência gratificante de fazer uma palestra de acolhimento com o tema "A força das mulheres na Jornada da Vida" e um trabalho de autoconhecimento a partir do Perfil Cognitivo com as mulheres refugiadas do Congo, da Síria e da Venezuela. Foi um momento de muita emoção ao contribuir e aprender com histórias de vida!


O evento foi realizado pelo Grupo Mulheres do Brasil - Comitê Inserção de Refugiados em parceria com as ONGs ACNUR, PACTO GLOBAL, ONU MULHERES e com representantes da CARITAS e da FOXTIME. 

Confira alguns detalhes do material de apresentação:



Ruptura 
Algo acontece: 
- Dentro da gente 
- Fora da gente 
- Dentro e fora da gente 
- Rompe nosso mundo conhecido 

E sentimos uma sensação de desconforto conosco e com a vida. Nossa base de segurança não funciona mais. A saída do país de origem por um ato “contra a vontade” é difícil. E surge o medo do desconhecido e a URGÊNCIA DO NOVO. 

Responder ao que acontece é difícil porque as dificuldades existem. Sabemos o que precisamos, mas não o que queremos. 

Surge a sensação do VAZIO - o velho já não serve mais, mas o novo ainda não existe para substituí-lo. 

O que nos prende é a DOR ligada ao PASSADO. E esta bagagem temos que deixar para trás para dar lugar ao NOVO.

Passar por esta etapa é ter um encontro simbólico com a morte do que ficou pra trás e o nascimento de um novo ciclo da vida em um outro pais e em uma nova realidade.

Travessia

Não é fácil reaprender a viver a vida cotidiana em outro país e outra cultura. Reconstruir a vida pode ser difícil, trabalhoso e demorado. 

Só que esta jornada pressupõe força de vontade. Construir uma nova forma de viver. 

Persistência na busca de oportunidades e de trabalho. 

Estar aberta para ensinar e aprender.

Aprendizado na nova vida

Aprendizado significa aprender ao longo da jornada. Conhecer nova língua, nova cultura e novos hábitos. 

A vontade de aprender e de superar os obstáculos tem que ser maior do que a dor da perda. Esta etapa exige disciplina, esforço, determinação e paciência.


Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

sábado, 4 de agosto de 2018

Como “nasceu” a capa do livro Chama Acesa


É com muita alegria que conto a vocês que a minha história de vida virou livro! A biografia é a concretização do Projeto Chama Acesa, que nasceu com este blog, em 2013. Em uma viagem de dentro para fora, revelo como a luta contra o câncer e o amor pela profissão de educadora me ajudaram a trilhar o caminho de libertação e autoconhecimento. Foi escrito pela jornalista Patricia Zwipp a partir do meu relato.

O lançamento ocorrerá no V International Happiness Forum, dia 2 de setembro, em São Paulo. A sessão de autógrafos será realizada a partir das 12h30. No mesmo dia, participarei de um painel de medicina integrativa e darei o workshop "Alfabetização Emocional - O que as emoções falam de mim". Os interessados podem adquirir o ingresso pelo seguinte link:https://goo.gl/YBE1ob

Acho muito importante compartilhar com vocês como tudo foi acontecendo de forma não-intencional e, portanto, muito intuitiva. Hoje, o assunto é a capa do livro.

Eu estava em Portugal porque fui participar de outra edição do IV International Happiness Forum, criado por Eduarda Oliveira, na cidade do Porto. Acabando o fórum, fui com a Eduarda para Coimbra e combinamos de passear no dia seguinte, na Mata do Bussaco, pois ela sabe que amo natureza. 

De manhã, ela me ligou falando que ia conosco mais uma amiga, a fotógrafa Sandra Fonseca. Eu me lembrei dela porque, quando fui no II International Happiness Forum, ela tirou uma foto na minha palestra que mostrou a minha alma. 

Fomos juntas e a Sandra com sua máquina fotográfica em punho. Mas nada havia sido combinado. Passeamos em lugares com uma natureza tão diversificada e encantadora que eu me sentia privilegiada de estar naquele lugar com uma paz e gratidão imensas. 

Em um determinado momento, surgiu a conversa sobre o meu livro e me lembrei que a Patricia Zwipp e a Patricia Gebrim, coincidentemente, haviam me sugerido uma foto andando na natureza que eu tanto amava. E aí aconteceu que a Sandra começou a tirar fotos minhas andando por caminhos entre a natureza, muito especiais. 

De todas as fotos, a escolhida foi esta da capa que mostra o Portal de Coimbra, quem tem uma vista maravilhosa. Desta forma, mais uma etapa da concretização deste sonho se materializava. A capa do livro “nascia” sem planejamento, de forma gratificante e totalmente intuitiva. 

Minha gratidão a Sandra Fonseca, fotógrafa da cidade de Coimbra, em Portugal. Ela tem o dom de descobrir a “alma” que existe dentro de cada pessoa ou situação, transformando-a em uma obra de arte. Contribuiu de forma original e generosa para a construção de uma capa repleta de significado.

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

segunda-feira, 23 de julho de 2018

Índia quer os alunos felizes nas escolas e "Felicidade" passa a ser uma aula


Sempre acreditei na importância da inteligência emocional em nossa vida, não importa a faixa etária. Tanto é que criei o Projeto Alfabetização Emocional, indicado para crianças, jovens e adultos. Para enfatizar o assunto, compartilho com vocês uma notícia de que a Índia aprovou um novo plano curricular, no qual a felicidade e o controle da mente têm grande destaque. Confira o texto do site do canal de televisão português TVI24:

Na Índia um quarto dos jovens entre os 13 e os 15 anos sofre de depressão. O Ministério da Educação aprovou um novo plano curricular, no qual a felicidade e o controle da mente têm grande destaque

55 alunos do sétimo ano tiveram a primeira aula baseada no controlo da mente, de forma a melhorar o bem estar mental e emocional, na Escola Secundária Masculina do Governo, na capital da Índia, Nova Deli. Uma pausa nas tradicionais aulas de matemática, ciência e línguas é o novo plano curricular que visa transmitir inteligência emocional através de meditação, contar histórias e atividades focadas nas necessidades mentais e emocionais dos estudantes, noticia a CNN.

Se eu fizer tudo com o poder e controlo da mente, os meus conhecimentos aumentarão”, diz Suraj Sharma, um dos alunos com 12 anos.

O processo de controlar a mente inclui meditação e exercícios de respiração que ajudam a relaxar a mente, o que permite prestar uma maior atenção às matérias aprendidas na escola. Para evitar sobrecarregar os alunos, a turma não tem notas, livros, testes e trabalhos de casa.

Um dos exercícios desenvolvidos na segunda-feira baseou-se em manter os alunos de olhos fechados e foi-lhes pedido pelos professores que anotassem os sons que ouviam e focarem-se num. A maior parte dos alunos focou-se no próprio batimento cardíaco.

A proposta da existência deste tipo de aulas tem vindo a ser apoiada pelo governo. O Ministro da Educação, Manish Sisodia, anunciou o lançamento do programa em fevereiro e a escola masculina em Ghittorni é um dos mil estabelecimentos de ensino, em Dehli, que começou a lecionar este tipo de aulas, que têm uma duração de 30 a 45 minutos diários, desde segunda-feira.

Os alunos da Escola Secundária Masculina do Governo já começaram a ser regidos pelo novo plano curricular. Após a sessão de segunda-feira foram contadas histórias, que lançaram discussões entre terça-feira e quarta-feira.

"Isto vai ajudar nas preocupações relativas ao nível decrescente de felicidade e bem estar enquanto o nível de stress, ansiedade e depressão continuam a subir”, publicou o ministro no Twitter.

"Crianças felizes têm maior capacidade para aprender, tal como para dormir melhor e ter melhores sistemas de saúde imunitários. Crianças felizes aprendem rápido, pensam de forma mais criativa, tendem a ser mais resilientes face a problemas, têm relações mais fortes e fazem amigos mais facilmente”, palavras de Manish Sisodia.

De acordo com Puroitree Majumdar, um psicólogo clínico da Crianças Primeiro, as crianças enfrentam muito stress em termos académicos.

"Estamos a olhar para uma educação baseada em valores, onde o foco está nos valores em geral, mais no processo das coisas do que no resultado final" acrescenta Majumdar.

De acordo com Rajesh Kumar, chefe do grupo formado para elaborar o plano curricular, o programa agrupa as crianças em três categorias de idade: do jardim de infância ao segundo ano, do terceiro ao quinto ano e do sexto ao oitavo.

Números da Organização Mundial da Saúde indicam que um em cada quatro jovens indianos com idades entre os 13 e 15 anos sofre de depressão. 11 por cento dos adolescentes da Índia entre os 13 e os 15 anos de idade sentem dificuldades em concentrar-se e, além disso, as taxas de suicídio em pessoas com idades entre os 15 e os 29 anos de idade rondavam os 35,5 por cento, em 2012, sendo o valor mais alto da Ásia.

A preparação dos professores

Decorreram sessões de treino com cerca de 21 mil professores, diretores e administradores de escolas num estádio em Nova Deli na última semana, nas quais instrutores explicaram o que é a "felicidade" e como pode ser transmitida aos alunos.

As crianças aprendem com o comportamento e as perspectivas dos professores, especialmente num curso como este. "Devem entrar com um sorriso. Como pode um professor que não conhece hindi ensinar hindi?" questionou Kumar, ilustrando que é preciso haver felicidade para espalhar felicidade.

Os professores receberam instruções de todas as unidades curriculares, como a atenção plena, atividades de valores chave e autoexpressão. A atenção plena permitirá que as crianças tenham uma melhor concentração e sejam menos distraídas. Histórias e atividades devem ajudar no desenvolvimento de valores, tornando-os mais centrados. A autoexpressão ajudará a autoestima e confiança dos alunos.

Alguns professores já tinham tentado implementar este tipo de aulas, mas a falta de unidades curriculares definidas não facilitou o processo.

"As aulas irão dar-lhes algum tempo para serem felizes”, afirma Apra, uma professora que defende o plano curricular considerando-o uma lufada de ar fresco para os alunos, especialmente para aqueles de vêm de famílias economicamente mais fracas e podem lidar com problemas em casa.

Ao fazer algo como o novo modelo de aulas, Majumdar acredita que os professores começarão a olhar para as diferentes áreas de desenvolvimento das crianças e não apenas para o sucesso académico.

O desafio colocado aos professores será agora transmitido aos alunos e o trabalho desenvolvido pelos docentes será analisado por 200 mentores encarregues pelo Governo de vigiar o funcionamento quotidiano dos cursos nas escolas. 

"Guiarão e facilitarão, certificando-se que os professores são sensíveis para com os alunos", conclui Rajesh Kumar.

Sobre mim - Jamile Coelho 
Sou consultora de projetos educacionais e sempre acreditei em educação para a vida, autoconhecimento e inovação. Confira minha história e meu trabalho no site www.jamilecoelho.com.br. Contato: (11) 94171-4477, jamile.coelho6 (Skype) e jcoelho@espacoeducacional.com.br.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Por que atitude é mais importante que inteligência para o sucesso


EDUCAÇÃO EMOCIONAL depende da FORMAÇÃO e não da informação. Um artigo do site da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios destaca essa constatação a partir de uma pesquisa da Universidade de Stanford, que mostra de que o comportamento diante de desafios é mais relevante do que o QI. Confira:

Quando o assunto é sucesso, a percepção geral é de que as pessoas mais inteligentes irão decolar e deixar todos os outros para trás. Mas uma pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford mostra justamente o contrário.

A psicóloga Carol Dweck passou a carreira inteira estudando a relação entre atitude e performance. Seu último estudo mostra que a atitude de uma pessoa é um melhor indicativo de sucesso do que o QI (Quociente de inteligência). 

A pesquisadora descobriu que existem dois tipos de mentalidades que dão origem a atitudes.

A primeira é uma mentalidade fixa. Ela aparece em indivíduos que acreditam que não são capazes de mudar. Quando desafiados, eles enfrentam problemas porque qualquer coisa que pareça ser maior do que eles podem lidar, faz com que se sintam sem esperança e sobrecarregados.

Já pessoas com o segundo tipo de mentalidade, uma mentalidade de crescimento, acreditam que sempre podem melhorar com o esforço. Elas se saem melhor do que aquelas que têm uma mentalidade fixa – mesmo se tiverem um QI menor. Isso porque abraçam desafios e os tratam como oportunidades de aprender algo novo.

Veja abaixo algumas das principais características dos dois perfis que Carol encontrou em seus estudos:

Mentalidade fixa: evitam desafios, desistem facilmente, não enxergam sentido em desafios e ignoram críticas construtivas.

Mentalidade de crescimento: abraçam desafios, persistem mesmo em condições difíceis, enxergam o esforço como caminho para a maestria e aprendem com críticas.

O fator decisivo para traçar esses dois tipos de personalidade é como uma pessoa reage a desafios e percalços no caminho. De acordo com a pesquisadora, o sucesso tem muito a ver com como a pessoa lida com o fracasso. “O fracasso é uma informação. Nós rotulamos ela de fracasso. Mas pessoas com uma mentalidade de crescimento pensam: ‘isso não funcionou, então ou eu resolvo a situação para que funcione ou eu tentarei outra coisa’”, disse à revista Forbes.

De qualquer maneira, uma mentalidade não é eterna. É possível treinar e desenvolver uma mentalidade de crescimento com o tempo. Para isso, aqui vão algumas estratégias publicadas pela revista:

Não fique desamparado
Todos temos momentos em que nos sentimos assim. O que conta é como reagimos ao desamparo. Podemos aprender ou afundar com ele. Muitas pessoas bem sucedidas hoje enfrentaram momentos difíceis em suas histórias.

Walt Disney foi demitido de seu emprego no jornal Kansas City Star porque seu editor achava que faltavam-lhe boas ideias e imaginação. Henry Ford teve de fechar as portas de duas fabricantes de carros antes de fundar a Ford e transformar a indústria automotiva. Steven Spielberg foi rejeitado várias vezes pela Escola de Artes Cinematográficas da Universidade do Sul da Califórnia.

Imagine o que teria acontecido com qualquer uma dessas pessoas se elas tivessem uma mentalidade fixa. Elas, provavelmente, teriam sucumbido à rejeição e desistido. Pessoas com uma mentalidade de crescimento não se sentem desamparadas porque entendem que, antes do sucesso, é preciso fracassar algumas vezes.

Seja apaixonado
Pessoas com mentalidade de crescimento perseguem suas paixões não importa o que aconteça. Elas sabem que sempre haverá alguém mais inteligente ou talentoso do que elas. A verdade é que é possível compensar a falta de talento com paixão.

É esse o sentimento que faz com que elas busquem e alcancem a excelência. O investidor Warren Buffet dá uma dica de como encontrar a sua verdadeira paixão: faça uma lista com as 25 coisas que você mais se importa. Então, risque todas as últimas 20. As cinco primeiras coisas que você escreveu são suas verdadeiras paixões. O restante é apenas distração.

Vá além
Pessoas com mentalidade de crescimento se dedicam 100%, mesmo em seus piores dias. Elas sempre estão tentando ir além.

Uma história ilustra bem do que se trata essa lição: um dos alunos do instrutor de artes marciais Bruce Lee costumava correr com ele cerca de quatro quilômetros por dia.

Certa vez, eles estavam prestes a atingir o quarto quilômetro, quando Lee disse: “vamos correr mais dois quilômetros”. O aluno estava cansado e respondeu que iria morrer se tivesse de correr mais dois quilômetros. O professor disse então: “então , corra.” O aluno ficou tão bravo que terminou os seis quilômetros. Cansado e furioso, confrontou Lee. Foi assim que o professor explicou: “desista e você pode muito bem morrer. Se você sempre colocar limites em tudo que fizer, fisicamente ou não, isso irá se espalhar por todos os outros aspectos da sua vida. Isso irá se espalhar em seu trabalho, na sua moral, no seu ser. Não existem limites.”


Sobre mim - Jamile Coelho 

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